02/01/2009

O vagalume e a serpente

Uma lenda interessante que ajuda a melhor compreender alguns aspectos das relações humanas

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este fugia rápido da feroz predadora, e a serpente não desistia.

Primeiro dia, ela o seguia . Segundo dia, ela o seguia... No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e falou á serpente :

-Posso te fazer tres perguntas ?

- Não estou acostumada a dar este precedente a ninguém porém como vou te devorar, podes perguntar. Contestou a serpente !!

- Pertenço a tua cadeia alimentícia ? Perguntou o Vaga lume.

- Não, respondeu a serpente.

- Eu te fiz algum mal ? Diz o vaga-lume.

- Não. Tornou a responder a serpente.

- Então por que queres acabar comigo ???

- Porque não suporto ver-te brilhar.

Conclusões

Muitas vezes nos envolvemos em situações nas quais nos perguntamos: Por que é que isso me acontece se não fiz nada de mal, nem causei dano a ninguém?

Certamente a resposta seria: Porque não suportam ver-te brilhar... !

Quando isso acontecer, não deixes diminuir o teu brilho. Continua sendo tu mesmo! Segue fazendo o melhor! Não permitas que te lastimem, nem que te retardem. Segue brilhando e não poderão tocar-te... Porque a tua luz continuará intacta.

A tua essência permanecerá, aconteça o que acontecer...

Sê sempre autêntico, embora a tua luz incomode os predadores!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Caro amigo João,
é uma lenda, mas muito certa e verdadeira.
A inveja é dos piores sentimentos que se pode ter.
Costumo dizer que me sinto feliz porque não sei o que isso é.
Inveja é pecado que não tenho!

Beijinhos

A. João Soares disse...

Querida Amiga e colega Ana Martins,
Infelizmente, é uma realidade muito visível, a inveja a vontade de destruir aquilo que tem mais valor.
Camões que foi um grande sábio, como sabe quem leu cuidadosamente os Lusíadas, teve a arte de apontar o dedo a este fenómeno, encerrando os Lusíadas com a palavra inveja no fim da estrofe 156 do canto décimo do poema épico. Não o fez por acaso.
A seguir ao 25 de Abril, a turba desenfreada teve como único objectivo destruir e anular aquilo que havia de melhor no País, começando por «eliminar» e os chefes mais eficientes e os colegas que mais se distinguiam pelo seu desempenho. Daí não resultou benefício para ninguém, porque, como diz o povo «nunca o invejoso medrou nem quem ao pá dele morou».
Temos que procurar continuar a brilhar, ignorando os invejosos.
Beijos
João