10/01/2009

LUCIDEZ ALCOÓLICA!




















Serei eu este corpo
Que me cobra a existência,
Este cérebro que confuso já não pensa,
Serei eu quem emana este cheiro a álcool
Que inebria, profana e não acalma!
Serei eu que estou ali no espelho,
Serei aquele olhar vazio,
Aquele rosto velho!
Verei eu a vida distorcida,
Serei a parte fraca
Do Homem que não vive a vida,
Será doença este meu jeito de viver,
Terei eu perdido a força
Ou não a quero ter?

Serei eu quem caminha
Nestas pernas entorpecidas,
E que na débil lucidez que me resta,
Falo àquele que no espelho está
Que o álcool é nocivo,
Que não presta!

Serei eu?


Ana Martins

2 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

O álcool aquece no Inverno e alegra no Verão um povo que não é capaz de mais.

Aqui fica um exemplo de arte barata com a queda dos preços dos alimentos

Adelaide disse...

Querida Ana Martins,

Nasceste com a poesia dentro de ti.
Que mais terás assim com tanta qualidade. Deus foi teu amigo.

Beijinhos desta tua amiga que tanto admira o teu talento.

Mara