03/09/2008

A Juventude de outrora

Somos nós!...

Um poema de Ana Martins publicado no blog A Voz do Povo que trago para aqui, com a devia vénia, por se adequar ao espírito deste blog criado pelo Clube Virtual de Seniores.
Faz lembrar um post recente «Amanhã, seremos nós os idosos»

Somos nós,
A juventude de outrora,
De um tempo já bem distante,
Da ditadura fogosa
Severa e dominante.

Somos nós,
Os jovens envelhecidos,
Trabalhadores amantes,
Doentes e esquecidos
Pelos nossos governantes.

Somos nós,
Os idosos do nosso País,
Sós e em desatino,
Mas cientes da nossa raiz
Em constante desalinho.

Somos nós,
Que já fracos mas com coragem,
Sem nada já pra temer,
Pedimos à miudagem
Força para VENCER!

Escrito a 1 de Setembro de 2008 -Ana Martins

16 comentários:

Daniel disse...

Olá

Bem, sendo certo, que somos crianças duas vezes, também passamos por dois estádios de juventude.
Então seremos nós (alguns), a juventude de outrora!
Saudações.
Daniel

A. João Soares disse...

Caro Daniel,
Efeitos do tempo que voa. A juventude de outrora são os velhos de hoje, o que significa que os «jovens» de hoje, mesmo que se considerem «sempre jovens», virão a ser velhos, se não se ausentarem antes. Para depois serem merecedores das atenções dos jovens é bom que agora usem e difundam o carinho pelos velhos.
Velho significa sábio, experiente, bom conselheiro mas, infelizmente, não está a ser apreciado como um bom elemento da sociedade.
Abraço
João

victor simoes disse...

"Velhos são os trapos"
-Dizia o Constantino ( personagem do livro, "O Malhadinhas" de Alves Redol.
O respeito pelos mais antigos,é sem dúvida nas sociedades contemporâneas um valor que se tem perdido.
Nunca é demais relembrar a ingratidão desta mesma sociedade, para com os idosos. Mais grave aínda, quando nós filhos deixamos ao abandono, quem por nós deu tudo o que tinha e muitas vezes o que não tinha. Temos obrigação moral, de devolver em carinho e muito amor, esse mesmo amor e carinho que nos dedicaram.
Bonita mensagem esta. Parabéns à Ana pelos versos que dedica aos Jovens do Passado. E obrigado ao João Soares, por ajudar a divulgar este belo escrito.

Mariazita disse...

Caro João
Este poema é lindíssimo.
Profundo, bem construído, com uma forte mensagem.
Gostei! Muito!
Tudo o que se possa dizer sobre os idosos nunca é demais.
Muitos despresados pela própria família e pela sociedade em geral, todos esquecidos pelos governantes.
Muito boa a ideia de publicá-lo aqui.
Beijos
Mariazita

Unknown disse...

Caro João Soares,

Muito me honra, ter publicado aqui o meu poema.
Acarinhar os nossos jovens de outrora, nunca é demais, são eles que têm a faculdade da vida, que lutaram sempre com a mesma fé e força para que tivessemos o que eles não tiveram.
É agora nosso dever amá-los e respeitá-los com a mesma intensidade com que o fizeram.

Beijinhos,
Ana Martins

Ana Maria disse...

Somos a juventude de outrora, somos os jovens renovados,
somos sempre jovens.
Somos eternas crianças.
Hoje digo com orgulho:
Tenho 58 anos e me sinto uma jovem, uma adolescente, danço bastante, tenho muito vigor.
Lindo poema "A Juventude de Outrora".
Obrigada pelas visitas nos 3 blogs.
Beijinhos.

Táxi Pluvioso disse...

E que nenhum catraio nos carjack o carro.

Já que estou com a mão na massa, vou adiccionar este blog aos links do meu, antes que o endereço desapareça da drop box.

A. João Soares disse...

Aos comentadores, em geral
Tenho que dizer que os méritos deste poema pertencem totalmente à autora Ana Martins. Apenas tive o mérito de lhe reconhecer interesse para este blog.
O amigo Victor Simões, como muita gente, não gosta da palavra velhos. «Meu pai, meu velho, meu amigo», disse o poeta. Numa conferência de Jaime Nogueira Pinto este, que considero um jovem, disse ser velho, e que considera esta palavra mais nobre e sincera do que idoso.
O artista brasileiro Paulo Autran, já falecido, disse um dia, na RTP, que o tratavam por velho e que gostava desse tratamento, de ser velho e que queria ser ainda mais velho, sinal de continuar vivo.
Velho não deprime, pode ser sinal de carinho, de ternura. Idoso, nunca é sinal de nada positivo.
Meus velhos, tragam para este blog, do Clube Virtual de Seniores CVS, as vossas meditações sobre a idade, a experiência, o saber acumulado, e o respeito que os velhos devem merecer aos mais jovens.
Abraços
João

Pena disse...

Linda Amiga "Ana Martins":
Um poema sublime de encanto.
"A Juventude de Outrora", brilhante e admirável poema escrito e pensado com ternura e deslumbre.
A sua pureza e beleza difunde harmonia e bem-estar quando diz:
"...Somos nós,
Que já fracos mas com coragem,
Sem nada já pra temer,
Pedimos à miudagem
Força para VENCER!..."

Fabuloso. Esperançoso. Belo.
Beijinhos de liberdade e carinho. Sempre a respeitá-la e a considerá-la
Deslumbrante poetisar, terna amiga.
Profunda existência a sua, de uma magia poética sensível e doce

pena

Parabéns, amigo brilhante e genial JOÃO SOARES por dar vida à vida. Ela é bela e poderosa. Enorme e repleta de encanto e beleza. Excelente, amigo talentoso.

Abraço

José Lopes disse...

Os anos passam, bastantes para dizer a verdade, mas sinto-me sempre um jovem, um pouco mais vivido e dentro de uma carcaça já com alguma "ferrugem". Gostei do poema.
Cumps

xistosa, josé torres disse...

Bem, se o blog é para velhos, idosos ou gastos, vou demitir-me de visitá-lo.
Eu não sou velho, ou quer dizer ...
Sou, estou e vou continuar a ser velho, mas no BI que há dias fui renovar.
Afinal não sou tão velho assim, porque era suposto o BI ser vitalício.
Tenho que lá voltar em 2019.
Invejo a qualidade dos nossos serviços públicos, onde trabalhei mais de trinta anos.
Como sabem e adivinham que estou vivo em 2019.
Afinal eu sempre acreditei em premonições e os zelosos funcionários também.

Gosto de fazer uns poemecos e já tenho um saco cheio que era, (ERA!!!), para tentar publicar.
Mas não dá para o trabalho.
Se fizer tudo legal, pagando impostos e direitos de não sei quê, talvez de autor, (tiro o dinheiro do bolso direito e meto-o no esquerdo), não sei quem recebe e paga ...
Pois se fizer tudo isso, com um bocado de sorte, recebo de 3 a 5 %, não é engano, (TRÊS a CINCO por cento), do preço de capa do livro.

Como não tenho gatos nem cães, não dou milho às pombas, também não sustento outra bicharada.

É assim a vida neste rincão tão aprazível para os intermediários.

A. João Soares disse...

Caros amigos,
Nesta tertúlia de gente jovem, com espírito activo e generoso, não podemos deixar de apreciar estes pedacinhos de ideias materializadas por escrito, verso ou prosa. Só era dispensável a última parte do comentário do Pena, mas agradeço a sua boa vontade.
Essa de o autor de um livro apenas receber 3 a 5% do valor de capa é fenomenal. Quer dizer que de todo o circuito que a obra percorre, o que tem menos valor é o autor! A vil comercialização é melhor remunerada do que a criação, a «obra», o labor intelectual!!!
Valha-nos Deus.
Assim, nem é para agradecer que nos dêem um BI válido até daqui a dez anos. Velhos sim, mas com dignidade e sem explorações abusivas. Respeitar os velhos não pode resumir-se a dar-lhes essa esperança virtual de vida!
Abraços, saúde e pouco reumático para todos, com os «brains» sempre activos.
João

Vanuza Pantaleão disse...

João, meu jovem amigo!
Só pra ilustrar o que você disse: uma vez vi na TV uma idosa, muito idosa mesmo e sabe o que ela fazia? Ela ajudava outras idosas em depressão, visitava asilos, hospitais, parecia uma menina...Na verdade, era uma menina!
Abraços!!!

A. João Soares disse...

Cara Vanuza,
Essa senhora não era apenas idosa (número de anos) mas era velha, isto é tinha uma cabeça válida com muito saber, sensatez e sensibilidade aprendida por muita experiência da vida. Ser velho e ser sábio no que toca a humanidade.
Dei aulas em três «universidades para a terceira idade, gratuitamente, voluntário e vi pessoas velhas que eram um amor e vi idosos rabujentos, sem capacidade para conviver e aprender. Idoso é qualquer um que vive muitos anos, velhos só conseguem ser alguns.
Mas uns e outros merecem muito carinho e compreensão, porque a carroçaria da sua máquina já precisa de muitos cuidados.
Beijos
João

a d´almeida nunes disse...

Como um jovem de outrora, sinto-me muito comovido pela intensidade deste belíssimo poema.
Lá está-
A poesia sente-se
Não se fabrica.

Um grande beijinho de simpatia.
Sou capaz de o retransmitir no meu blogue. Se, entretanto, não me esquecer...ehehehh bem, acho que ainda não cheguei a esse ponto, mas...para lá caminho.
António.

Anónimo disse...

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