04/04/2014

Cortes




O Governo corta, corta,
Porém, corta tão enviesado,
Que vendo a linha tão torta;
Vai cortar para outro lado.

Corta, corta, nas reformas
Só corta aos velhos, às cegas,
Não segue nenhuma norma 
Só tu, pobre, é que carregas.

Finalmente, já pensou
Que tem noutros que cortar,
Aos ricos já decretou
Terem mais que descontar.

E essas reformas douradas
P’ra não virem a acabar
Serão mesmo descontadas
Verbas p’ra complementar.

Complementar os descontos
Que serão de quarenta anos
Não mais enganar os tontos
Que descontam tantos anos.

Para todos há equidade
Isto é uma democracia
Onde está a moralidade?
Se em direitos diferencia?
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                         Zélia Chamusca





Fonte de imagem- Google

3 comentários:

Unknown disse...

Verdades que gritam e palavras carregadas de verdade.

Unknown disse...

A cegueira do poder faz cortes sempre nos mais fracos e indefesos.
Passemos todos à acção. Já nas próximas eleições para as europeias - Voto Nulo - Traçar o boletim de ponta a ponta.
O presidente deverá marcar novas eleições e com partidos diferentes que defendam os interesses e o bem do povo.
Precisamos de acabar com "a mama" dos políticos.

Zélia Chamusca disse...

Luis Rodrigues Coelho Coelho,

Já surgiram mais dois partidos e devemos votar num partido que não tenha estado no poder e dar-lhe o privilégio da dúvida; nestes, já não podemos acreditar. Peço desculpa por me repetir, tantas vezes, relativamente a não votar e no caso da sua sugestão inutilizar o voto. Se fizermos isso irão vencer de novo os que estão no poder. Temos a arma na mão - o voto. Devemos votar contra. Votar noutros. Muito grata por seu comentário e por ter apreciado o que escrevi que não é poema; é um grito de revolta que,apenas, tem a forma poética .

Depende de nós derrubá-los,
ZCH