.jpg)
O ser dito racional
Na sociedade atual
Recusa quem já viveu
E que muito aprendeu.
Aquele que trabalhou
E que o saber conquistou
Depois de estar realizado
Vem a ser discriminado.
Quem o saber possuir
P´ra socialmente intervir,
Já não é como outrora…
Recusado é agora…
Era o mestre, era o senhor,
Mas, pela ausência de amor,
Por todos é recusado,
Aviltado e maltratado.
«»
Poema de - Zélia ChamuscaFonte de imagem - Google
3 comentários:
Cara Amiga Zélia,
Este seu belo poema, sobre um tema muito actual, faz recordar a seguinte frase de Albert Einstein
“Tenho medo do dia em que a tecnologia vai se sobrepor à interacção humana. O mundo terá uma geração de idiotas.”
Esse dia chegou !!!
Há poucos anos num Congresso do PS em Espinho, Almeida Santos apresentou uma moção sobre a Eutanásia. Há poucos dias o deputado Carlos Peixoto atribuía os males de Portugal à Peste Grisalha, pelo que foi devidamente zurzido.
Mas estes dois sinais devem ser inseridos no conjunto de notícias sobre os cortes nas pensões, os aumentos de custos e dificuldades nos apoios de saúde, as restrições de subsídios e apoios sociais, etc.
Parece terem sido profecia as palavras de um tipo que dizia que irão desaparecer deficientes, pobres, desempregados e reformados, que são um peso no orçamento do Estado, e apontava a solução que será a eutanásia por imposição a todos os não produtivos, exceptuando os políticos e seus cúmplices e coniventes.
Como estará este rectângulo nas próximas décadas???
Beijos
João
Ilustre Amigo A João Soares,
Pretendi com este meu poema atingir a consciência humana no sentido da perda de moralidade, da perda de valores humanos.
Eu fui educada a respeitar os mais velhos. Até na primária nos ensinavam isso. Eu sempre gostei das pessoas mais velhas porque sentia que eram elas que tinham o saber que eu gostava que me transmitissem. Hoje, não há respeito por ninguém.
É uma verdade que o governo dá o exemplo. E, relativamente a este, João Soares já se pronunciou e muito mais haveria a dizer.
Mas, são os pais que transmitem aos filhos a ausência desses valores que perderam. E, paradoxalmente, são estes mesmos pais que sofrem o reflexo dessa falta de valores morais e humanos dos filhos em relação aos próprios pais.
É esta ausência que mais me impressiona nos nossos dias.
Muito haveria para dizer, mas temos que ficar por aqui.
Grata e beijinho,
ZCH
Cara Amiga Zélia,
Este assunto não pode ser colocado de lado levianamente, porque a solução para a futura sociedade reside na forma como ele for encarado. Luiz Santilli Jr autor do livro Factor J de que lhe falei noutro comentário sintetiza a lição de Cristo da frase Respeitai os outros tal como quereis ser respeitados, ou amai os outros como a vós mesmos.
Esse princípio deve ser incutido nas crianças com as primeiras mamadas. Mas hoje as mães não educam os filhos, primeiro porque não têm educação a transmitir, depois porque os entregam a infantários onde apenas brincam sob a vigilância que lhes evite acidentes físicos.
Alterar a função dos pais é tarefa difícil e demorada e, por isso, terão de ser as escolas a preparar os professores de forma a surprir a missão dos pais. É missão que o Estado tem que assumir muito a sério, reformando o funcionamento do ensino, por forma a preparar os cidadãos de amanhã para saberem gerir a própria vida quer privada quer em sociedade.
Como não há manuais que contenham esses comportamentos tradicionais das famílias e como já não há quem os possua, teremos que ir aprender muito com os animais que o homem, arrogantemente, denominou de irracionais. Na selva, existe disciplina no grupo familiar e no bando, em sociedade. Há respeito pelos que mais sabem e mais podem, com eles se aprende o necessário para ser adulto em pleno.
Entre eles têm conflitos, mas não inventaram armas nem tradicionais nem nucleares ou atómicas!!!
Veja como os animais de uma qualquer selva, evitam conflitos como o que se passou no Norte de África, no Iraque, na Síria, agora na Turquia e no Brasil.
O ser humano tem muito a aprender com os restantes animais que estão a evidenciar mais sensatez, mais racionalidade, mais civismo, mais sentido de solidariedade, mais caridade cristã.
Muita gente pode chamar-me louco ao dizer estas coisas desta forma, mas tenho repetido isto e estou convicto de que não exagero muito...
Beijos
João
Enviar um comentário