14/11/2011

CONTRA FACTOS...


É imperioso e urgente que o número máximo possível de Portugueses tome conhecimento destas vergonhas! Verdadeiro crime social (entre muitos outros).

Folha salarial da Fundação Cidade de Guimarães

Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos
administradores e de outros figurões, da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012:

- Jorge Sampaio - Presidente do Conselho de Administração:
14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
- Carla Morais - Administradora Executiva
12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- João B. Serra - Administrador Executivo
12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo
2.000 € mensais + 300 € por reunião

Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se
destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €.

Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano (dinheiro injectado pelo Estado Português) em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros!

Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM!

Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!!

Alguém acredita em leis anti-corrupção feita por corruptos?

NOTA:

Estas e outras mostram que o regime tem que mudar

Mais do que as pessoas, o regime precisa de mudar as suas normas de funcionamento. Mas, para isso, são necessárias pessoas honestas e inteiramente dedicadas ao serviço público, aos interesses nacionais, aos grandes desígnios de Portugal.

Há esperança de na Grécia e na Itália virem a ocorrer grandes melhoramentos no sentido de moralizar o regime e acabar com explorações, desequilíbrios e imoralidade administrativa.
Se assim for, os exemplos devem ser aproveitados, já que cá dentro não parece haver iniciativas honestas.


A crise não seria em vão se desse origem a mais justiça social, equidade e equilíbrio e acabasse com corrupção, enriquecimento ilegítimo, mordomias, «robalos» e outros favores que resultam em défice e dívida do património nacional em dinheiro e não só.

O passado tem sido uma vergonha horrorosa e será necessário que se mude muita coisa. E o OE 2012, ainda não mostra tal mudança de conceitos e continua a sacar aos pobres e deixar os ricos na senda da fortuna infinita, por qualquer forma.

João

5 comentários:

Anónimo disse...

Sublinhe-se: administradores que ganham mais do que o PR e o PM; que põem os filhos e não só, na PT, na REN na TAP, nos melhores lugares do Estado que funciona como se fora uma oligarquia ou que aceita, tacitamente, o compadrio partidário, ignorando e discriminando os filhos dos zés dos anzóis. Gestores que ganham mais 20% do que os seus iguais da UE, mas que pagam aos trabalhadores do país menos de metade do que ganham os seus homólogos europeus.
È precisamente por causa desta elite, pseudo democrata, que não abre mão dos seus interesses iníquos, que levou o país a este estado miserável que já se fazem planos anti-motins. A consciência pesa-lhes, mas não o suficiente para mudarem de atitude. Esta realmente só muda, quando o povo decidir abrir os olhos e agir em comformidade.

Luis disse...

Sr Anónimo,
Continuo com pena que se não identifique! De uma maneira geral concordo com o seu comentário, no entanto, penso que a solução do problema será semelhante ao que se passa na Irlanda - que sejam julgados e punidos os responsáveis por estes desmandos! Não é na rua que se resolvem os problemas!

A. João Soares disse...

Caro Luís,

A tua intenção é muito bonita e seria muito interessante que aqui fosse criado um sistema que permitisse a responsabilização dos políticos.
Mas como? O poder de mudar está nas mãos deles e, se eles não querem, seremos sempre este vil país alvo do escárnio do mundo civilizado.

Falou-se em mudar a Constituição e não chegaram a acordo.

Isto só entra nos eixos depois de «alguma» violência e será lamentável que a maioria das vítimas serão pessoas inocentes e de bom carácter.

Abraço
João

Luis disse...

Caríssimo João,
É esse o meu receio - paga o justo pelo pecador...
Na Irlanda não foi necessária a violência porque é que em Portugal não se passa o mesmo?
Acredito que isso venha a acontecer ainda que leve algum tempo.
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Custa-me a ver alguém dizer «acredito que isso venha a acontecer» e ficar à janela à espera de ver chegar o mensageiro com a boa nova. Temos de ser todos a agir para que o mundo tenha uma grande mudança, entre numa NOVA ERA, na IDADE DA LUZ. Se fica à janela, em vez de ver chegar o mensageiro poderá ver a revolução selvagem a destruir o que há de melhor, sem ter eliminado a podridão que eiva a sociedade. Ninguém se deve abster. Como disse Martin Luther King «ou vivemos todos juntos como irmãos ou morremos todos juntos como idiotas».

Para seguir o exemplo da Irlanda e de outros países civilizados é preciso grande mudança e tal «milagre» não será possível se continuarmos a ser geridos por técnicos imbecis que só pensam em dinheiro, em amontoar milhões que vão buscar aos bolsos daqueles que menos têm e que não têm capacidade de resistir e de reagir. Por isso os pobres são cada vez mais pobres e os ricos são cada vez mais ricos.

Mas a mudança não se faz sem que os pobres se organizem e se revoltem porque os que estão no poder não querem nem deixam que o seu bando seja privado das regalias de que tem usufruído por abuso sobre os desprotegidos.

Há no entanto um raio de luz: a Justiça parece ter deixado de ignorar os crimes praticados por ex-políticos e donos de milhões, como mostram as notícias mais recentes. Vejamos se os juízes não virão a ser obrigados a fechar os olhos e argumentarem que não encontraram provas de «ilegalidades». As esperanças da moralização da vida nacional são ainda muito ténues, com poucos sinais positivos no meio de tanta porcaria.

Abraço
João