05/08/2008

ATRAVÉS DOS OLHOS DE UMA CRIANÇA

Um velho homem sentava-se na sua cadeira de balanço, dia após dia. Tinha prometido não sair dali até ver Deus.
Numa bela tarde de primavera, o homem, balançando na sua cadeira, incansável na sua busca visual de Deus, viu uma garotinha brincando do outro lado da rua.
A bola da garota rolou para o seu quintal, e ela correu na sua direcção.
Ao baixar-se para agarrá-la olhou para o homem e disse:
- Eu vejo o senhor todos os dias balançando-se na sua cadeira, e olhando para o vazio. O que está procurando?

- Ah, minha querida, és jovem demais para entender – respondeu o homem.
- Talvez – respondeu a garota. Mas a minha mãe sempre me disse que, se eu tivesse algo na minha cabeça, deveria falar sobre isso, para compreender melhor.
Ela sempre diz: Lisa, compartilha os teus pensamentos. Compartilha, compartilha, compartilha! – é o que ela sempre me diz.
- Bem, Lisa, eu acho que não poderias ajudar-me – resmungou o velho.
- Possivelmente não, senhor. Mas talvez eu possa ajudar, apenas ouvindo.
- Está bem, criança. Eu estou procurando Deus.
- Com o devido respeito, o senhor balança para a frente e para trás nessa cadeira, dia após dia, à procura de Deus? – perguntou Lisa, intrigada .
- Sim. Preciso acreditar, antes da minha morte, que existe um Deus. Preciso de um sinal – respondeu o homem
- Um sinal, senhor? Um sinal??? – disse Lisa, agora bastante confusa com as palavras do velho homem.
Senhor, Deus dá-lhe um sinal quando o senhor respira e sente o cheiro das flores frescas, quando ouve os pássaros cantando, quando todos os bebés nascem.
Ele dá-lhe um sinal quando o senhor ri e chora, quando sente as lágrimas saindo dos seus olhos. Isso é um sinal no seu coração, para abraçar e amar.
Deus dá-lhe um sinal no vento, no arco-íris e na mudança das estações. Todos os sinais estão aí, mas o senhor não acredita neles.
Deus está no senhor mesmo e em mim.
Não existe procura porque, ele, ela, ou seja lá o que for, está aqui o tempo todo.
Com uma das mãos na cintura e brandindo a outra no ar, Lisa continuou:
- Minha mãe sempre diz: “Se estiveres procurando algo monumental, é porque fechaste os olhos, pois ver Deus é ver as coisas simples, ver a vida em tudo”
- Lisa, és muito perspicaz na tua compreensão de Deus, mas o que dizes ainda não é o bastante.
Lisa caminhou até ao velho homem, colocou as suas mãos infantis sobre o coração dele, e falou suavemente ao seu ouvido:
-Senhor, isso vem daqui, não de lá – e apontou para o céu. Encontre-o primeiro no seu coração, no seu próprio exemplo. Então verá os sinais.
Quando atravessava novamente a rua para ir embora, ela virou-se para o homem e sorriu.
Então ao inclinar-se para sentir o cheiro das flores, gritou:
- Minha mãe sempre diz: “Se estiveres procurando algo monumental, é porque fechaste os olhos”

35 comentários:

Zé do Cão disse...

Os velhos, os velhos. Existem na realidade velhos? Ou existem pessoas cansadas, desgostosas da vida, ou doente.
Ainda não há muito tempo no blog de "Silencio Culpado" declarei que não conseguia definir o que era ser velho, porque não me sentia como tal.
Todavia o meu B.I. tinha indicado no espaço reservado ao prazo de validade a palavra "vitalício"
Continuava a não ser velho, mas o documento indicava e até já estou reformado, tendo trabalhado mais 7 anos para além da data indicada para requerer a aposentação.
Quando preencho um documento oficial, coloco a minha profissão e a pessoa a quem o entrego altera para "reformado", tendo já chegado
a comentar que aquela alteração, além de ser errada, seria uma desfeita para o visado.
Nos CTT, ao ler um cartaz na parede que os velhos têm prioridade, perguntei qual era idade para poder respeitar o mesmo. Ninguém me soube responder.
E caso curioso, recentemente tive necessidade de requerer novo B.I. por ter mudado de residência.
E não é que o documento deixou de ser vitalício e passou a ter validade até 2018.
Ver a Deus, não acho provável que alguma vez o veja, já que sou um mortal cheio de pecados e portanto a minha perspectiva quando "bater a bota" é ir direitinho para o inferno. Aí sim, aí terei lugar reservado, tendo a consolação de por lá encontrar muitos filhos da mãe que na vida terrena me ultrapassaram na fazedura de sacanagens.
Portanto não existem velhos, eles morrem é de maduros.

Rafeiro Perfumado disse...

Esse senhor, antes de ser velho em idade, já o era de espírito. Deus, se existe, está à nossa frente, e não ao alcance duma visão.

Um beijo.

RENATA CORDEIRO disse...

"Somos um grão de mostrada", assim disse Jesus, bem como "o reino dos céus é aqui, na Terra". Se todos se convencessem disso, faria o seu reino e reinaria soberano no seu espaço feito do tamanho exato para caber um grão de mostarda. Não haveria guerra, cobiça, inveja, ciúme, avidez, somente a PAZ.
Renata Cordeiro

RENATA CORDEIRO disse...

E nossos olhos de uma criança reside toda a nossa esperança de que cada qual faça o seu reino dos céus aqui na Terra, do contrário morrerá sem saber nada.
Renata Cordeiro

A. João Soares disse...

Minha querida Amiga Mariazita,
Vou dividir este comentário em duas partes.

PRIMEIRA: Felicito a sua decisão de colaborar no Sempre Jovens, o blog do CLUBE VIRTUAL DE SENIORES(CVS) fundado há pouco mais de um ano e que criou este local de expressão e de comunicação com os bloguistas, com vista a manter a vitalidade dos seniores inscritos.
Porém, tem sido notório o pouco interesse, a apatia dos menos jovens ou talvez a falta de coragem de se expor com os seus escritos, ao ponto de o blog ter funcionado com pouca e pouco diversificada colaboração, sendo o senior mais colaborante um tal a. joão soares que aparece por aí em diversos blogs. Imagine que um velho amigo tem a amabilidade de dizer que «acessa» ao blog mas que só deixará um comentário quando julgar oportuno!!! Essa oportunidade ainda não chegou…
Espera-se, agora que os restantes seniores sigam o exemplo da Amiga Mariazita.
Esclareço que do Clube fazem parte pessoas de idade, daquelas que por vezes cedem à tentação de dizer «no meu tempo…» ou «ainda sou do tempo em que…», mas também temos alguns jovens de que agora me recordo, da brasileira Gisele Claudya, a Claudinha, e da portuguesa Alexandra Caracol, nomes bem conhecidos de quem navega pela blogosfera. Pela idade, bem podiam ser filhas de outros seniores do CVS.
Quem desejar, inscrever-se neste grupo de menos jovens, terá apenas de enviar um e-mail a um dos membros do clube, por exemplo, encontra o meu endereço na minha ficha de blogger. No assunto do e-mail deverá colocar CVS, ou por extenso.

SEGUNDA: Parabéns à amiga Mariazita pelo tema escolhido. Muito indicado para as intenções do Clube. Ao ler pareceu-me estar a reler o livro Conversas com Deus, que já referi muitas vezes e que agora está emprestado a uma amiga.
Sobre o reparo do amigo Zé do Cão, ouvi há uns meses o Prof Jaime Nogueira Pinto intitular-se de velho, que prefere a idoso que considera menos respeitoso. Também o actor brasileiro Paulo Autran, agora já falecido, numa entrevista a uma das nossas TVs, disse que os colegas o tratavam por velho o que ele achava carinhoso e acrescentou que gostava de ser velho e queria ser ainda mais velho, sinal de que continuaria vivo. Velho é sinónimo de sábio, cheio de experiência e de saber bem digerido. Idoso é apenas sinónimo de ter muitos anos de vida, como qualquer pedra da serra.
É pena que a nossa sociedade cheia de incríveis preconceitos escolha idoso e sénior para evitar dizer velho, com aquele respeito que deve haver para com os sábios! Mas outra coisa não se espera de uma gente que gosta de dizer palavras com mais de três sílabas para mostrar intelectualidade: Hoje ninguém diz «grave» que «substitui por «gravoso». Porquê? Para quê?
Ao Amigo Zé do Cão, que no melhor sentido, é um velho, cheio de saber e de sensibilidade, desejo que venha a ser muito mais velho e que em 2018 renove o seu actual BI, com saúde e alegria de viver, para nos fazer companhia com os seus comentários e o seu blog. Pela minha idade, que encontram na ficha de blogger, não parece forçar a nota nem ser vaidoso se me considerar um velho.

Desculpe Mariazita pela extensão do comentário, mas trata-se de um momento muito importante para a existência do CVS que acaba de entrar no segundo ano de existência.

Cumprimentos a todos os comentadores e um beijo para a novata como colaboradora
João

Daniel disse...

Olá

O velho e a criança. Um conto educacional, edificantemente gizado, com todo o sentido.
Deixar algo didáctico, é de muita conveniência!
Daniel

sagitario disse...

Deus é grandeza que absorve.

Tenho muita pena de não ter tido o chamamento para estar nume religião, mas sinceramente o significado do Criador é muito mais que ser ou não religioso, nas mais pequenas coisas podemos encontrar um motivo de incentivo, para mim quando estou triste ou desmotivada, encontro uma grande paz quando vejo o mar ou a natureza, pois sei que alguem me dá energias positivas e me acalma, só pode ser um ser superior,
Mas falando de idade, eu já nem sei quantos anos tenho, mas sei que vivi muito e tentei fazer o meu melhor, só que sei que o meu melhor foi muito pouco.
Agora que já fiz 60, vivo um dia de cada vez e quando as pessoas que eu amo e me amam estão felizes então eu também estou feliz.
Há um pensamento que eu tento seguir que diz:

coração agradecido fala directamente com Deus.

Anónimo disse...

Acredite que gostaria, de todo o coração, ser um criacionista.
Para mal dos meus pecados ainda não consegui regressar aos tempos em que me colocaram na catequese e onde me ensinaram a acreditar (sem perguntas) em Deus.
Várias leituras sobre alguns comportamentos do Vaticano ao longo da sua história - e não só dessa cúpula da igreja - e outros ensinamentos que (voluntariamente)fui adquirindo, levaram-me a abandonar a crença do criacionismo.
É assim: sou um evolucionista pela inteligência e simultaneamente o criacionista pelo coração.
Será que pode ser?
Já agora deixo aqui este link sobre Evolucionismo e Criativismo:
http://www.youtube.com/watch?v=cEOYTJczY4M

Desejo o melhor para este Blogue.

Mariazita disse...

Olá, Zé
O seu comentário é muito interessante, e levanta uma questão bem pertinente: existem velhos?
Existem, sim.
Não os desgostosos, cansados, etc., mas os que pararam de lutar, os que se assustam com o que é novo.
"Quem não acredita na idade não envelhecerá até ao fim dos seus dias".
Em 2018 voltaremos a falar neste assunto. E, não sei porquê...tenho a impressão que o Zé vai levantar novamente esta questão!
Um abraço
Mariazita

Mariazita disse...

Caro Rafeiro
A verdadeira velhice é exactamente essa: a de espírito.
Vê o caso de Fernando Pessa - faleceu com 100 anos feitos - era velho???
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Renata
Querer "ver" Deus parece-me pretensioso.
O pobre homem não sabia, ou não o sentia, em si mesmo.
Da boca das crianças se ouvem grandes verdades.
Um grande beijinho, com votos de boas melhoras.
Mariazita

Mariazita disse...

Querido amigo João
Obrigada pela felicitações.
Tentarei colocar aqui um post semanalmente, em princípio à terça feira. Bom seria que os outros elementos colaborassem. O João tem cumprido mais que bem a sua parte...
De facto as pessoas, dum modo geral, não gostam da palavra "velho".
Se a associassem a sabedoria, experiência, riqueza de conhecimentos, e tantas outras coisas que só com a idade se adquirem, gostariam, por certo, de ser velhos.
E a ternura que se sente quando um flho, (ou uma flha) dizem «o meu velho». E quando a mulher diz ao marido/companheiro - dá cá um beijo, meu velho!
Eu quero ser muito velha e receber muito carinho!
Está desculpado, meu VELHO amigo, pela extensão do seu comentário... :-))))
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, Daniel
Obrigada por suas gentis palavras.
Espero continuar a merecer as suas visitas.
Um abraço
Mariazita

José Lopes disse...

Velho para mim é significado de sábio, e eu ainda não cheguei lá, apesar de cá estar há alguns anos e de até ter conseguido a reforma, ainda que com mais dois anitos do que os que eram requeridos.
Gostei da história, como aliás gosto de outras histórias, desde que elas me façam rir, ou tenham algum conteúdo que é o caso.
Gostei.
Cumps

Mariazita disse...

Olá, Ana
Já algumas vezes afirmei que "respeito todas as religiões". Contudo não considero necessário estar-se ligado a qualquer uma para se proceder de acordo com os ensinamentos que são comuns a todas elas.
Como diz a criança do texto:
"ele, ela, ou seja lá o que for"
... tem que estar dentro de nós.
Para mim, o princípio fundamental é: "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti."

Que bom que a Ana não sabe a idade que tem! Isso é uma benção!
Quem é feliz espalha felicidade em seu redor.
Uma noite boa para si.
Beijinhos
Mariazita

Pena disse...

Simpática Amiga:
Um texto profundo e muito belo. Repleto de ternura.
Um objectivo bem definido e que comporta uma mensagem linda.
Realço um pormenor terno, admirável e extraordinário, quando diz:
"...Senhor, isso vem daqui, não de lá – e apontou para o céu. Encontre-o primeiro no seu coração, no seu próprio exemplo. Então verá os sinais..."

Repleto de encanto e ternura.
Parabéns sinceros. Gostei muito.
Bj amigos de estima, muito respeito e consideração.
Sempre a admirá-la

pena

OBRIGADO!
Até 17 de Agosto.
Não podia deixar de responder às simpáticas palavras expressas lá, no meu "cantinho".
OBRIGADO, amiga!

Táxi Pluvioso disse...

Talvez se veja alguma coisa depois de operado às cataratas.

São disse...

Gostei da estória.
Já agora , aqui fica o convite para visitar e comentar em OPINIÕES, cujo link está nas minhas Netamizades e onde também faço parte de uma equipa preocupada com a vida e as pessoas.
Tudo de bom.

Mariazita disse...

Olá, Zeca
Ter ou não ter fé não depende da vontade de cada um. Se dependesse, alguém quereria não ter fé???

Na resposta ao comentário de Sagitário eu disse que "respeito todas sa religiões"; faltou-me acrescentar "não discuto religião".

Não serei a pessoa indicada para lhe responder se pode ou não ser evolucionista e criacionista ao mesmo tempo, mas creio que sim.
O coração leva-o a crer que foi Deus que criou a vida; a inteligência "diz-lhe" que esse mesmo Deus permitiu que a vida evoluísse.
Vistas as coisas por este prima podemos dizer que você é partidário do evolucionismo criacionista.
Provavelmente a minha resposta não ajuda, em nada, a desfazer as suas dúvidas...mas mais do que isto não sei dizer-lhe.
Volte sempre
Um abraço
Mariazita

Mariazita disse...

Olá José (Guardião)
Todos nós temos em vista alcançar a sabedoria, mas isso só se consegue quando se é MUITO velho!
(e mesmo assim, nem sempre...)
Portanto, não desespere. Continue tentando. Quem sabe não consegue lá chegar???
Gostei de o ver por cá. Volte sempre.
Um abraço
Mariazita

Mariazita disse...

Pena, meu amigo
Não esperava vê-lo já por aqui, por causa das férias.
Fiquei feliz por ter gostado.
Este género de histórias, sempre que envolvem crianças, contêm muita ternura.
Umas boas férias, e um bom regresso.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Táxi pluvioso
Conhece, por certo, a frase: "o maior cego é o que não quer ver".
Neste caso, eu diria - "é o que não tem capacidade para ver".
Em casos assim...não há operação às cataratas que lhe possa valer!
Cump.
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, São
Gosto do seu blog. Vou, com certeza, gostar também do OPINIÕES, onde irei brevemente deixar a minha "opinião".
Obrigada por ter vindo.
Bjs
Mariazita

Zé do Cão disse...

Irei, sim, irei. Já estive na China.
Outras terras, outras culturas, outras gentes.
Sobre os velhos destas paragens irei oportunamente escrever alguma coisa.

Bj.

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”. Apesar de estar na casa dos 50... ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”. Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Querida Maraizita,

Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Canduxa. diz:
Querida Maraizita,
Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

Anónimo disse...

Canduxa. diz:
Querida Maraizita,
Lindo post para te iniciares como participante deste blog. Parabéns!
Uma história simples e bela que nos faz pensar.
Pena que os seres humanos escondam lá no fundo a sua criança interior.
Acredito que só através dela temos acesso às pequenas coisas que nos revelam a existência de um Ser Superior. Somos pequenas gotículas de luz que unidas fazem um Todo.
E, “velhos” são os trapos. O nosso espírito não tem idade, por isso todos nós somos e seremos “sempre jovens”.Apesar de estar na casa dos 50 ainda me sinto com espírito de 20, tal como tu.
A minha admiração por ti e por todos aqueles que têm consciência de que não existem "velhos".
Beijinhos
Canduxa

C.R. disse...

Num momento de desplante, passei para seguir as frases que escreveu, desconsiderando como sempre o que aprendi e desprendendo-me do que ainda tenho para saber para esquecer de novo. Fui criado por “velhos”, uns com menos ou mais sabedorias, outros mais crentes outros tão imbuídos de si próprios que nem os distanciamentos sabiam que podiam existir. Um velho homem, pelo desprendimento, e resignação, não é um homem velho, é uma sepultura extemporânea. Para a maioria dos velhos que vejo, de olhar fixo, vazio, evacuado pelo brusco sentimento de desaparecimento, um vaso dando forma ao nada. Comparo a juventude dos que serão dentro em breve velhos e que não consideram ser as mesmas criaturas. Fui velho, serei jovem, serei e fui o que quiserem, o que mais desejo é que não me perturbem com a cristalização de fantasias levianas. Não tive tempo a perder com adolescências ou maturidades infantilizadas. Dêem-me apenas a oportunidade de um dia deixar a barba crescer, fumar o cachimbo junto ao borralho e contar aos meus netos as historias que Deus nunca me deixou viver.

C.R. disse...

Num momento de desplante, passei para seguir as frases que escreveu, desconsiderando como sempre o que aprendi e desprendendo-me do que ainda tenho para saber para esquecer de novo. Fui criado por “velhos”, uns com menos ou mais sabedorias, outros mais crentes outros tão imbuídos de si próprios que nem os distanciamentos sabiam que podiam existir. Um velho homem, pelo desprendimento, e resignação, não é um homem velho, é uma sepultura extemporânea. Para a maioria dos velhos que vejo, de olhar fixo, vazio, evacuado pelo brusco sentimento de desaparecimento, um vaso dando forma ao nada. Comparo a juventude dos que serão dentro em breve velhos e que não consideram ser as mesmas criaturas. Fui velho, serei jovem, serei e fui o que quiserem, o que mais desejo é que não me perturbem com a cristalização de fantasias levianas. Não tive tempo a perder com adolescências ou maturidades infantilizadas. Dêem-me apenas a oportunidade de um dia deixar a barba crescer, fumar o cachimbo junto ao borralho e contar aos meus netos as historias que Deus nunca me deixou viver.