26/04/2013

Fatal Ironia





FATAL IRONIA

Poema de Zélia Chamusca


Para onde caminhamos?
Neste caminhar
Para a catástrofe
Lamentável,
Insuportável,
Fatal ironia?!...

Onde iremos parar?!
Paremos neste caminhar
Para pensar
E lutar!...


Não nos deixemos vencer
Neste viver
No mundo dominado
Pelo poder
Desenfreado,
Vestido de cordeiro
No mundo inteiro!…
Lutemos neste mundo
Imundo,
Com a força da razão
Cumprindo nossa missão,
Contra a escravidão!


Não permitamos
Uma nova sociedade
Sem liberdade,
Contra natura,
Impura,
De escravatura,
Em que o Poder
Retira o direito ao Ser
E se apropria
Do que é teu
E do que é meu…

Vençamos a letargia
Não permitamos
A ironia
Do regresso
Ao desumano processo
Que há muito acabou,
E, de novo, se instalou!
Fatal ironia!...

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Poema da obra - A MENSAGEM - Podemos Mudar o Mundo
Chiado Editora

Fonte de imagem - Google

4 comentários:

A. João Soares disse...

Amiga Zélia,

As tristes realidades da vida. Eles estão lá porque os eleitores neles votaram.
As eleições não são verdadeiramente democráticas, pois servem para se escolher uma de entre várias listas candidatas, sem nada se saber dos nomes que delas constam e, depois por vezes, acabamos por saber que alguns são bandidos da pior espécie. As pessoas votam numa das listas ou por gostarem do aspecto físico do cabeça de lista, ou porque sempre votaram nesse partido, ou, os menos ignorantes escolhem o melhor programa com as melhores promessas. Mas estas são rasgadas pelo vencedor logo na noite da contagem dos votos e esquecidas nos actos da governação. O actual Governo não cumpriu minimamente qualquer das suas promessas eleitorais e está a comportar-se como uma DITADURA a prazo, renovável.

Qualquer mudança, para poder ser realmente da vontade do povo, só é possível quando o povo for instruído por forma a saber o que quer, o que lhe interessa, sem precisar de um pastor a conduzi-lo ao pasto ou ao matadouro, como se fossem ovelhas.

Esse esclarecimento do povo deverá ser o primeiro passo para recriar o direito de cidadania. Depois haveria que encerrar os partidos e acabar com as Jotas…

Será um trabalho «ciclópico» e exige uma equipa bem preparada sem interesses ocultos para abrir os olhos ao povo, se este os quiser abrir... Veja-se o post:

Carreira política

Haveria de encerrar estes antros de preparação para a malvadez da corrupção e do enriquecimento por qualquer forma, depressa e em grande quantidade.

Mesmo os poucos referendos praticados não se podem considerar democráticos na forma em que funcionaram. Os deputados acharam que dois ou três temas eram demasiado importantes e não quiseram assumir a responsabilidade de os aprovar, tendo decidido coloca-los à decisão do povo. Mas, logo a seguir, os partidos não deixaram as pessoas pensar e foram lhes ensinar como votar, pressionaram em activa campanha eleitoral, foram dizer aos eleitores VOTEM assim porque nós queremos que esta hipótese ganhe…

Seria mais democrática uma eleição legislativa que funcionasse em três etapas:
1) Nas freguesias seriam escolhidos os «n» cidadãos mais válidos.
2) Depois os eleitos das freguesias, no seu concelho, depois de terem a lista dos eleitos em todas as freguesias escolheriam os «n1» do concelho.
3) Na fase seguinte os eleitos em todos os concelhos, conhecedores da lista de todos os eleitos municipais fariam uma votação para escolher de entre eles os deputados da Nação.
Estas três fases das eleições seriam secretas, não exigindo deslocações, e utilizando as modernas tecnologias, devidamente controladas. Desta forma se evitava que os deputados fossem impostos pelos partidos, segundo obscuros critérios assentes em conivências e cumplicidades.

Embora se diga que o poder sai do povo, este é manipulado Por poderes que lhe escapam, que ele não controla, poderes ocultos inconfessados que o escravizam e torturam. E por mais alterações que se façam nada muda para bem do povo porque esses poderes são intocáveis e absolutos. Tudo se faz a seu gosto, custe o que custar» e doerá sempre aos mais desprotegidos.

Beijos
João

Celle disse...

COLEGA, TEM UM MODO PECULIAR DE DIZER COISAS GRAVES COM A MUSICALIDADE DO SEU DOM O QUE TRANSFORMA SITUAÇÕES GRAVES EM ESTÍMULOS QUE FORTALECEM EMPURRAM AS PESSOAS A BUSCAREM NA RAZÃO, NO SEU INTERIOR, A FORÇA NECESSÁRIA PARA LUTAREM EM FAVOR DA LIBERDADE, DA DEMOCRACIA, CONTRA A ESCRAVIDÃO E SUBMISSÃO.
BJS
CELLE

Zélia Chamusca disse...

Amigo A João Soares,

Eu nem sei que dizer porque nada de bom tenho a dizer em relação ao que está a acontecer...

E, isto porque me ensinaram que quando não tivesse nada de bom para dizer de alguém; não dizer nada.

E o que digo nos poemas é um protesto e um alívio para bem de minha saúde...

Por isso não vou respondetr-lhe porque seria muito desagradável em relação a quem desgoverna este País.

Apenas, faço minhas as palavras e Celle em relação que o João Soares descreve.

Grata e beijinho,

ZCH

A. João Soares disse...

Cara Amiga Zélia,

Não precisa de se justificar. Usa a poesia de forma perfeita como uma sofisticada câmara fotográfica que permite, depois, ao observador meditar nos pormenores e fazer a sua ampliação para aprender melhor as coisas a que se refere, como um desafio à mente de quem a lê.

Parabéns pela sua obra e parabéns ao Sempre Jovens pela obtenção da sua colaboração. Muito obrigado.

Beijos
João