21/04/2013

Investigação VISÃO




Estado contrata grandes devedores do BPN

Contas feitas por baixo, a Galilei - grupo que sucedeu à SLN, ex-dona do BPN - já cobrou ao Serviço Nacional de Saúde mais de €50 milhões. Isto apesar da dívida, superior a €1,5 mil milhões, que o Tesouro atribui àquela holding e aos seus acionistas de referência, em créditos e ativos tóxicos

Parecia que estávamos a tratar de segredos de Estado. Após dias a fio de troca de "e-mails" e telefonemas, o gabinete do ministro da Saúde, Paulo Macedo, lá "libertou" a informação de que o SNS, em 2011 e 2012, tinha pago, no âmbito dos cuidados primários (Unidades de Saúde Familiar/Centros de Saúde), perto de €5 milhões à IMI e à Cedima, clínicas de exames complementares de diagnóstico detidas a 100% pela Galilei, que as herdou da SLN.
Mas a VISÃO, através de fontes absolutamente fidedignas, descobriria, numa escala financeira bem maior, mais €46,5 milhões em contratos hospitalares públicos com a Galilei, que até incluem uma PPP e a gestão de um Serviço de Imagiologia. Assunto polémico - no mínimo.

RECORDE QUEM SÃO E QUE NEGÓCIOS TÊM OS EX-DONOS DO BPN


1 comentário:

A. João Soares disse...

Amigo Luís,

Os políticos, salvo eventuais excepções, cada vez nos mostram mais que o grande motivo que os levou para esta «profissão» é a ambição do enriquecimento rápido por qualquer forma, e toda a sua actividade está coordenadamente orientada para essa finalidade pessoal. Tudo resto - ostentação, palavras bonitas sem verdade nem conteúdo, promessas «asseguradas» e «garantidas» que depois resultam em mais desgraça para o povo, servem apenas para eles se governarem.
A estrutura do Estado, a feitura das leis, a burocracia excessiva actuam em conjunto para lhes facilitar a vida na procura rápida do seu objectivo pessoal. Nada fazem para tornar o Estado mais simples e mais honesto, antes evitam ferir as negociatas de cúmplices amigalhaços, não tocando nos seus interesses.

Verifica, e hoje é fácil a partir dos arquivos da Internet, as palavras ditas desde há vários anos que lançaram tanta poeira para os nossos olhos que estávamos esperançados de estarmos hoje em boa posição na vida individual e na colectividade internacional, mas, pelo contrário, temos caminhado decididamente para um buraco sem fundo, sem a mínima eseperança de um futuro melhor.

Este texto do post contraria as promessas repetidas de Reforma do Estado e de Redução das Despesas, das fundações, dos observatórios e das empresas públicas e municipais desnecessárias e da criação de Justiça Social.

Caro Luís, fica a interrogação angustiante: o que nos reserva o dia de amanhã, para nós e para as gerações mais novas?

Abraço
João