Estava-se no Outono e, os Índios de uma reserva americana perguntaram ao novo Chefe se o Inverno iria ser muito rigoroso ou se, pelo contrário, poderia ser mais suave. Tratando-se de um Chefe Índio mas da era moderna, ele não conseguia interpretar os sinais que lhe permitissem prever o tempo, no entanto, para não correr muitos riscos, foi dizendo que sim senhor, deveriam estar preparados e cortar a lenha suficiente para aguentar um Inverno frio.
Mas como também era um líder prático e preocupado, alguns dias depois teve uma ideia. Dirigiu-se à cabine telefónica pública, ligou para o Serviço Meteorológico Nacional e perguntou:
"O próximo Inverno vai ser frio?"
"Parece que na realidade este Inverno vai ser mesmo frio" respondeu o meteorologista de serviço.
O Chefe voltou para o seu povo e mandou que cortassem mais lenha. Uma semana mais tarde, voltou a falar para o Serviço Meteorológico:
"Vai ser um Inverno muito frio?"
"Sim," responderam novamente do outro lado, "O Inverno vai ser mesmo muito frio".
Mais uma vez o Chefe voltou para o seu povo e mandou que apanhassem toda a lenha que pudessem sem desperdiçar sequer as pequenas cavacas. Duas semanas mais tarde voltou a falar para o Serviço Meteorológico Nacional:
"Vocês têm a certeza que este Inverno vai ser mesmo muito frio?"
"Absolutamente"- respondeu o homem - "Vai ser um dos Invernos mais frios de sempre."
"Como podem ter tanto a certeza?" perguntou o Chefe.
O meteorologista respondeu:
"Os Indios estão a aprovisionar lenha que parecem uns doidos."
É assim que funciona o mercado de acções. Simples!
NOTA: Esta história, de autor desconhecido, recebida por e-mail, mostra-nos como somos induzidos em erro, quando a informação não é de fonte segura e os serviços não a analisam nem comparam e não concluem. O texto inicial vinha com um comentário referente ao mercado de acções, e subentende-se, à origem da actual crise financeira. Mas isto não se aplica apenas à economia de mercado, à livre concorrência, ao regime capitalista do neoliberalismo, pois assenta que nem uma luva em todas as decisões. Veja-se as enormes despesas feitas com «estudos» encomendados para demonstrar que o aeroporto na Ota era a melhor solução. Sem dúvida que era, para aqueles que ali tinham comprado terrenos baratos com intenção de serem expropriados por alto preço. Alguém, nesse caso, serviu de índios na colheita da lenha!!!
E isto não invalida que a actual crise é resultado de especulações nas bolsas e no mercado de empréstimos bancários com garantias virtuais, não concretizáveis. Falta de senso? Ausência de valores morais, éticos e sociais? Já neste espaço foi referida a importância destes valores e o perigo da sua ausência.
4 comentários:
Tenha uma segunda repleta de sucesso!
Amiga espero você nos meus 4 blogs.
Seu comentário faz muita diferença, me ajuda a crescer.
Bjs!
Meu caro João
Esta história é muito interessante.
Circulou na Net apenas a parte não conectada à política, ou seja, terminava com o comentário do meteorologista sobre a recolha de lenha dos índios.
Mas os seus comentários, na Nota final, adaptam-se perfeitamente e são motivo para reflexão.
Beijinhos
Mariazita
Cara Ana Maria,
Não respondi ainda ao seu comentário porque ao tratar-me por Amiga, pensei que fosse dirigido à Mariazita, por lapso e que ela se lhe referisse. Mas ela não fez, por que não reparou.
Muito obrigado pela visita e pelo comentário. Tenho andado às voltas com o meu computador que teve um colapso no software e que agora tem programas diferentes a que me estou a habituar. O Office 2007 é muito diferente dos anteriores.
Beijos
João
Querida Mariazita,
A minha filosofia consiste em tirar lições de tudo, para todas as finalidades compatíveis. Com efeito, na Natureza há interacções entre praticamente tudo, num equilíbrio perfeito. Se uma espécie desaparece o sistema ecológico fica doente e procura outro equilíbrio.
Nos meus textos, costumo relacionar coisas que para muita gente nada têm entre si.
Veja o último post «Ex-combatentes Vs toxicodependentes». Parece que nada tem a ver uma coisa com a outra, mas desenvolvo o tema.
Beijos
João
Enviar um comentário