Caros Amigos
Espero que estas reflexões mereçam a vossa atenção. Estou receptivo aos vossos comentários, bem intencionados, para melhorar a intenção do texto.
Desde o início da humanidade, as pessoas mais inteligentes e dedicadas à felicidade do povo procuraram sistemas que contribuíssem para essa generosa finalidade e, para isso, criaram a religião. Cada povo, de cada região criou a sua. Primeiro houve a politeísmo, com um Deus para explicar fenómenos naturais cuja origem e realidade não era conhecida, o Sol, a Lua, a Chuva, o Vento etc.
Depois a ciência começou a desenvolver-se e tais fenómenos passaram a ser conhecidos nas suas origens e funcionamento, e a existência de muitos dos Deuses anteriormente criados deixaram de ter razão de existir. E criou-se o monoteísmo em que o Cristianismo se destacou, com os mandamentos e outros preceitos que obtiveram a colaboração de muitos filósofos.
Mas parece que se perdeu a ideia inicial de que tais preceitos existem com a finalidade de serem postos em prática na vida real para melhorar o comportamento social, criando mais harmonia e paz entre as pessoas. «Amai os outros como a vós mesmos».
Conheço um indivíduo que se considera católico e exagera ao ponto de afixar, na porta da capela do lar onde se encontra, textos com cópias de escritos antigos, sem explicar o seu interesse na melhoria do comportamento social. E ele próprio não cumpre os mandamentos e é conflituoso, intolerante egoísta ao ponto de, numa conversa à mesa, ter ameaçado um companheiro com «três murros na cara».
Publicou uma explicação do «Pai Nosso» deixando a ideia de que devemos pedir a Deus, porque ele dá tudo. Ora, está largamente escrito que Deus não dá nada material mas aconselha a comportamentos dignos e adequados para obtermos o necessário para satisfazermos as nossas necessidades, evitando ambição e outras tentações, respeitando os outros sem invejas, ódios ou ameaças, para se criar bom entendimento, tolerância e aceitação das diferenças de opinião, para se criar boa harmonia geral.
Cada um terá o resultado do seu trabalho. Mas, por vezes, há pecadores que usam meios ilegítimos e contra os direitos dos outros. Mas errar é humano...
Votos de boa saúde e felicidade
António João Soares
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