15/01/2014

Tenho vergonha desta sociedade


 


Tenho vergonha
de viver numa sociedade
em que se perdeu a moral;
não se distingue o bem do mal.
 

Tenho vergonha
sem vergonha
para denunciar
o desrespeito,
a desonestidade
duma  sociedade
sem moralidade,
onde não existem valores
éticos e  morais,
que regem a conduta humana! 
 

Tenho vergonha
duma sociedade
onde não há respeito
honra, seriedade,
humanidade!
 

Tenho vergonha
duma sociedade
onde não existem normas morais,
comportamentais,
onde se rompe a ética,
o respeito, o compromisso,
a moral, a honestidade!
 

Tenho vergonha
duma sociedade
governada, sem lei,
que recusa cumprir a lei!
 

Tenho vergonha
duma sociedade
gerida pela vingança,
pela malvadez,
pela insensatez,
pela crueldade
que  faz recair sobre o mais fraco,
sobre o pobre e sobre o velho,
sobre o indefeso!…
 

Tenho vergonha
duma sociedade
dominada pela corrupção
que tornou o país e nação
falidos pelo capitalismo!
 

Tenho vergonha
duma sociedade sem escrúpulos
onde se baixam salários,
onde se rompem contratos,
legalmente estabelecidos,
entre entidade patronal
e trabalhador,
a favor do capital!
 

Tenho vergonha
duma sociedade
que não respeita o idoso
que deu à sociedade
condições  que ele nunca pode usufruir,
e que, é, agora,  pela mesma sociedade,
desrespeitado, humilhado,
torturado, espoliado  e escravizado!...
 

Tudo para salvar a corrupção
que destruiu o país e a nação!
 

Tenho vergonha desta sociedade!
                         

 
Poema de - Zélia Chamusca
Fonte de imagem - Google

3 comentários:

A. João Soares disse...

Cara Amiga Zélia,

Belo poema. Mas vou contrariar a sua atitude «depressiva»!!! Em vez de ter vergonha passe a ter orgulho, vaidade, auto-estima de estar a lutar heroicamente para fazer desaparecer tudo aquilo que lhe causa vergonha. fazer respeitar valores e princípios, tornar a sociedade mais positiva, construtiva, substituir o pecado pela virtude em todo o ser humano.
É isso mesmo que está fazendo e este poema é uma das suas atitudes inseridas nesta luta, na sua intervenção.
Parabéns pela sua campanha heróica
a que tenho procurado dar incentivo e elogiar o seu mérito.

Muito obrigado. Beijo
João

Zéfoz disse...

Lindo! Só que ter vergonha não chega. Daí a pertinência do comentário de J. Soares.

A. João Soares disse...

Atenção querida Zélia. A minha primeira expressão foi de ironia para dar abertura ao meu ponto de vista diferente, com intenção construtiva, em desafio a medidas que nos possam encher de auto-estima.

Agradeço ao Amigo Zéfoz o realce que deu a esse nmeu gesto. O poema é mais um passo no sentido da sua luta patriótica a que me referi no comentário anterior.

Beijo
João