01/05/2013

Europa Comunitária





EUROPA COMUNITARIA

Zélia Chamusca 

Neste mundo conturbado
Há um velho continente
Em que um povo magoado
Vive pobre, descontente!

 
É a Europa Comunitária
Que de comum nada tem
Em nada é solidária
P’la ambição os pobres detém!
 

Comum? Conversa fiada!
Porque uns comem sempre tudo,
E outros nunca comem nada!
É a injustiça, sobretudo!...
 

Como é isto Comunidade?
Onde paira a corrupção!
Onde não há fraternidade
E aos pobres roubam o pão!
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Da obra - A  MENSAGEM - Podemos Mudar o Mundo
Chiado Editora

5 comentários:

A. João Soares disse...

Amiga Zélia,

Este tema é muito importante e merece meditação. Os pais da ideia pretendiam terminar com os atritos entre Alemanha e França, que tinham estado na origem de diversas guerras, inclusivamente as duas Mundiais.

Sugiro a leitura do discurso a sehguir linkado e que foi lido no Congresso do SPD, 4 de Dezembro de 2011, em Berlim
Helmut Schmidt: Lição à Alemanha.

O entusiasmo inicial de que Helmut Scmidt participou não teve seguimento por, nos anos posteriores, não ter havido políticos competentes para concretizar as várias fases do projecto.

Provavelmente, a Europa não irá conhecer as vantagens da União inicialmente desejada. Os egoísmos e a defesa dos interesses particulares e das soberanias, não irão deixar florescer uma unidade política com voz bem audível na arena mundial.

As gerações mais jovens, ou deitarão mão sábia ao leme ou afundar-se-ão na crise manipulada pelos altos poderes do capitalismo internacional, em que a voz do Clube Bilderberg se fará ouvir e será seguida por outras, colaborantes.

Beijos
João

Celle disse...

Colega, denunciar os desacertos desta maneira suave e harmoniosa é admirável mas, hoje em dia infelizmente,os corações estão surdos e cegos, insensíveis, mas, não podemos desistir, cada um use as armas que possui, com confiança e esperança. Parabens!
Celle

Zélia Chamusca disse...

Celle, nestes poemas de intervenção tenho a certeza de que sou até dura, mas mais dura é a injustiça causada pelos que nos governam e que devemos denunciar. A poesia serva também para denunciar o mal que prolifera pelo mundo e neste caso o que nos atinge a nós, na Europa.
Grata por seu comentário,
ZCH

Zélia Chamusca disse...

Caro Amigo, A. João Soares,

Tudo se encaminha para a mesma finalidade - Predomínio da Alemanha em relação à Europa.
Caminhamos para o caos...
E, tão celeremente, que nunca pensei que chegássemos a este estado.
Desculpe eu não falar nada mas já nem tenho palavras. Estes poemas escrevi, no ano passado. Agora já tenho dificuldade em escrever algo que se possa ler porque o que escrevo é demasiado desagradável.
Grata por sua atenção e ensinamento contribuindo com seu conhecimento para minha cultura.
Beijinho,
ZCH

A. João Soares disse...

Cara Amiga Zélia,

Não podemos perder a esperança de podermos, com o nosso esforço, contribuir para um mundo melhor. O desânimo, a desistência, o «deixar andar» é uma cobardia e, infelizmente, presenciamo-la em pessoas em cargos de alta responsabilidade.
A vida real é como a roseira que tem lindas flores mas também tem espinhos. Entrámos na vida chorando e depois para aprender a andar caímos muitas vezes mas não nos deixámos ficar no chão.

A história mostra muitas situações críticas que foram ultrapassadas pelo patriotismo, o heroísmo de pessoas com coragem e movidas por pensamentos elevado, generosos e amor à humanidade, às pessoas. Neste momento, o Ocidente e principalmente a Europa e os seus países do Sul, estão a ser explorados, mal geridos por pessoas sem preparação nem sentimentos válidos. É preciso que surja um herói que se decida a arriscar a sua comodidade em favor das pessoas que têm sido mais sacrificadas. E quanto mais for adiada tal cirurgia salvadora, mais tempo iremos sofrer e mais se agrava o estado patológico da sociedade e se torna difícil a recuperação.
POde não atingir o resultado desejado mas dará o abanão que levará os Estados para a rota mais correcta. Mao Tse Tung, não atingiu totalmente o seu objectivo, mas deu o pontapé de saída para a recuperação da China, porque desertou as pessoas válidas, levou-as a pensar e a agir da melhor forma, aproveitando os recursos nacionais para um desenvolvimento continuado. Nós em Portugal e na Europa, temos cérebros muito dotados que precisam de um empurrão para a frente. E hão ter o necessário impulso, quando perderem o receio cómodo de se meterem naquilo que hoje é tão desprezado e desprezível, a «política»

Beijos
João