05/01/2013

A PEDRA


O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.


Este poema foi publicado em 1999 no livro: Essência.

Autor: Antonio Pereira



Em todos os exemplos a diferença não estava na pedra, mas sim no tipo de homem!
Não existe pedra no teu caminho que não possas usar para teu próprio benefício.

3 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

"Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou fazer um castelo ..."

Anónimo disse...

Meu castelo já está quase pronto, rsrsrs! Bjssss

A. João Soares disse...

Amiga Fê,

Agradeço esta sua mensagem neste início de um Novo Ano que desejamos seja melhor, o melhor de sempre.

Esta lição faz-me recordar a da água do rio que segue sempre a sua linha estratégica que a leva ao objectivo pretendido a foz no mar, noutro rio ou num lago. Contorna as pedras que se lhe deparam, alisa-as tornando-as mais belas. Se elas, em barragem, lhe procuram parar a marcha, e ela não as pode contornar, pára, espera o reforço da sua multidão para ter força e poder passar por cima. Só a paragem lhe causa a morte no pântano e, então, é o seu fim, a morte, porque «parar é morrer», sem movimento não há vida.

Cada pedra, cada oportunidade, deve ser aproveitada para a finalidade mais adequada e esta depende da personalidade do utilizador. Que bom seria se cada um, todos, soubéssemos e quiséssemos usar as pedras, as oportunidades, as energias, os estímulos, para construir um mundo melhor com um relacionamento mais harmonioso entre todos os seres vivos. Será bom que façamos um pouco em cada dia para tal finalidade e, dessa forma, o futuro será mais sorridente.

Beijos
João