09/07/2012

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos


 A lista está muito incompleta… porque é interminável… 

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Vítor Constâncio que não viu, ou não quis ver o buraco do BPN; 

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Teixeira dos Santos que não viu, ou não quis ver o buraco da Madeira; 

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Alberto João Jardim que criou "às escondidas para os do continente não cortarem nas tranches" um buraco de seis mil milhões de euros; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos da Assembleia da República que auferiram só em ajudas de custo no no de 2010 a módica quantia de três milhões de euros, fora os salários e demais benefícios; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que gerem, continuamente, em prejuízo as empresas públicas como a Metro do Porto, CP, ANACOM, REFER, REN, CARRIS, EDP, PT, Estradas de Portugal, Águas de Portugal, a lista é interminável, mas não abdicam das viaturas topo de gama, telemóveis, talões de combustível; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos das Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais que ganham por cada reunião assistida; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos da Assembleia da República, já reformados, com as suas subvenções vitalícias por meros 6 anos de "serviço". Reformados alguns com apenas 40 anos de idade! Quantos são desde 1974? Enfim, a lista é interminável. 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que presidem Fundações como a Guimarães 2012 com salários imorais, na ordem dos milhares de euros. Quantas são? Enfim, a lista é interminável; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que adjudicam pareceres jurídicos a empresas de advogados, quando podiam solicitar o mesmo serviço às Universidades, pagando dez vezes menos, ajudando dez vezes mais as finanças das mesmas; 

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que adjudicaram obras permitindo as famosas "derrapagens financeiras". 

E quem paga? É o Estado! E o Estado somos todos nós… Etc., etc., etc.. 

Sim, a culpa da crise é desses funcionários públicos, e não dos funcionários públicos que trabalham arduamente para alimentar estes pulhas. 

Fernando Ramos

6 comentários:

Brown Eyes disse...

Coitados dos funcionários públicos, têm as costas largas. Falta muita gente nessa lista que é infindável. Os governantes foram e são os maiores culpados. Mário Monti não recebe qualquer contrapartida da sua função, diz ele que Itália está em crise e esse é o seu contributo e aqui? Alguém conhece algum que não receba? Alguém conhece algum que ande de transportes públicos ou algo idêntico? Não, no entanto continuam a dizer que custe o que custar o défice ser+a cumprido. Pudera não são eles que andam de cuecas.Eles continuam a viver à grande.

A. João Soares disse...

Caro Luís e cara Brown Eyes,

Se é verdae que os funcionários nem sempre são eficientes, são como a generalidade dos «bons» portugueses, fazendo o menos possível e devagar.
Mas eles, com este governo, estão transformados nas maiores vítimas do mau regime, como os judeus o foram com o Hitler ou os judeus no tempo dos reis católicos.
Para os sacrificar, o governo não deixou de retirar direitos adquiridos nem de romper contratos e acordos constantes da lei, como aconteceu com os subsídios.
Mas o mesmo governo para proteger os amigalhaços das PPP, das fundações, das comissões e dos observatórios, que apenas servem para enriquecer os coniventes, alega que n
ao é legal retirar direitos adquiridos nem rasgar contratos mesmo que estes estejam a exaurir Portugal. Eles NÃO QUEREM lesar os interesses dos compadres, dos cúmplices. Para o compreender, veja-se a forma como, salvo eventuais excepções, chegaram ao Poder, lendo o post
Carreira política

Pretendem os votos , para atingis as cadeiras do Poder, depois procuram com a ajuda dos cúmplices manter-se o máximo tempo, e, entretanto arranja,m o máximo de riqueza por qualquer meio. Este é o seu verdadeiro móbil. A ele tudo sacrificam. A prova está em que não há nenhum ex-político a viver com dificuldade.
À abnegação do Italiano Mário Monmti, podemos juntar a do primeiro PR português Dr Manuel de Arriaga e de António Salazar que não buscaram riqueza à custa dos impostos dos cidadãos.

Isto não pode mudar pela mão dos políticos viciados no regime das impunidades e das imunidades. O povo que se cuide.

Cumprimentos
João

Brown Eyes disse...

Sou funcionária pública e sei bem o quanto estamos a pagar e continuaremos a pagar. A seguir virão os despedimentos ou a mobilidade para nos porem a mexer. A mobilidade servir+a para isso porque nós não temos dinheiro para nos movermos nem um metro quanto mais quilómetros. Seremos então obrigados, entre aspas, a irmos para a rua. Infelizmente pertenço a essa classe e enquanto há anos ia trabalhar com vontade e andava feliz hoje começo logo por ficar com dor de cabeça quando o despertador toca. Roubaram-nos mais que euros, roubaram-nos a dignidade.Os funcionários nem sempre são eficientes mas foram trabalhar no Carnaval e os privados fecharam. Eficiência nasce muitas vezes da motivação. Eu andei anos a estudar para tirar uma licenciatura, paga do meu bolso, não do bolso dos paizinhos e vejo fulanos que a têm sem lá porem os pés e ganham rios de dinheiro e eu ganho uma miséria. Esta é a motivação que temos em Portugal
Beijinhos

A. João Soares disse...

Cara Brown Eyes,

Só por si , o corte dos subsídios de férias e de Natal, representa 14,28% do total de salário a que por lei se tem direito. Mas não consta que algum gestor público ou algum ex-políticos com reformas douradas (e acumuladas) tenha sofrido Ttal corte. Os governantes não assumem a sua obrigação de procurar a maior comodidade para as pessoas sobre quem têm influência. Pensam apenas nos seus próprios benefícios e dos seus comparsas. Quando tomam decisões de grande impacto na população, não as precedem de estudos cuidadosos sobre as boas e más implicações nas vidas das pessoas, para escolherem as melhores alternativas ou hipóteses. Agem por palpite ou por impulso onírico.
Os protegidos do bando não só não têm esses cortes, mas também conseguem fugir impunemente aos imperativos da lei como se vê pelas notícias:

Finanças detectam falhas nos cortes salariais dos dirigentes públicos

Governo não divulga sanções a dirigentes que escaparam aos cortes salariais
Cara Amiga, não há palavras que sirvam para traduzirmos o que devemos pensar de quem gere os destinos dos cidadãos. E estes começam a mostrar desagrado através de vaias e assobios aos responsáveis dos mais elevados cargos. Oxalá isto não sejam prenúncios de violência generalizada.

Beijos
João

Luis disse...

Meus Bons Amigos,
Como os compreendo! Daí o meu Pensamento do Dia! A Teia foi montada para que este "Sistema" não possa acabar... Temos que a limpar se quisermos sobreviver!
Saudações solidarias.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Haja esperança na geração que hoje tem entre 30 e 40 anos, porque esses já têm maturidade e sentido das responsabilidades e têm esperança de muitos anos de vida para os quais têm de criar condições de serem felizes e ter uma vida com comodidade.

Para isso têm que usar um bom raticida ou pesticida ou insecticida que limpem todo o lixo que tem tornado difícil a vida dos cidadãos bons. E não se esqueçam que quem criou a crise não pode ter capacidade nem vontade de a curar.

Abraço
João