20/06/2012

Sobrepesca e seus efeitos.


O apetite das pessoas por peixe está a ultrapassar os limites ecológicos dos oceanos, com impactos devastadores para os ecossistemas marítimos.

Os cientistas têm avisado que a sobrepesca cria alterações profundas nos oceanos, modificando-os, por vezes, para sempre.

A realidade da pesca moderna é dominada por embarcações de pesca que excedem largamente a capacidade da natureza em repor o peixe. Os navios gigantes, que usam sonares de ponta na busca de peixe, podem localizar cardumes com precisão, de uma forma rápida e exacta.


Há navios de arrasto com redes com uma abertura até cerca de 23 000 m2, o equivalente a 4 campos de futebol e suficientemente grandes para levarem 3 aviões 'Jumbo' – o que corresponde a mais de 500 toneladas de peixe.

As populações de predadores de topo estão a desaparecer a um ritmo assustador, e 90% dos peixes de grande dimensão, como o atum, o peixe-espada, o espadarte, o bacalhau, a raia e a solha – foram dizimados desde que a pesca industrial de grande escala se iniciou nos anos 50. O desaparecimento dessas espécies de predadores de topo irá provocar alterações profundas nos ecossistemas dos oceanos interiores. Alguns cientistas alertam para o colapso de todos os tipos de espécies de peixe em menos de 50 anos.

Em 2008 foram capturadas 61 000 toneladas de atum-rabilho – um número 6 vezes superior ao limite inicialmente recomendado pelos cientistas.

Os
políticos têm ignorado os avisos dos cientistas sobre o modo como os recursos piscícolas continuam a ser geridos e a necessidade de a pesca das espécies ameaçadas ser feita de modo sustentável.





fonte: O Único Planeta que Temos

5 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

A consciência ambiental sucumbe perante a voracidade do capitalismo, hábil em fugir a tudo que contrarie a sua insaciável ganância... nem por tudo isso se verifica que haja menos fome...

Enquanto isso, a conferência RIO+20 irá encerrar sem que nenhum país se comprometa com um mundo melhor...

Há que saímos do paradigma ou será ele que nos vai excluir do mundo.

Celle disse...

Fê, devemos continuar denunciando a falta de consciência ambiental sem esmorecimento.Conhece bem o resultado dos pingos d'agua na pedra dura, um dia conseguiremos, nada é fácil neste mundo...
bjs
celle

A. João Soares disse...

Querida Fê,

Não doam as mãos a quem bate nestas situações. As actividades económicas mais para o ambiente e que colocam em risco a sobrevivência da Natureza e da Humanidade estão controladas por poderosos grupos financeiros para quem o lucro, por qualquer forma, é o principal objectivo. Isso está em conformidade com a degradação da Humanidade. Mas competiria aos governantes legislar e controlar apertadamente os exageros nocivos ao ambiente, o que infelizmente não existe porque os políticos não querem desagradar aos donos do dinheiro, viciados na corrupção mais ou menos visível, na qual se enquadram os tachos para garantir uma velhice de nababos.


Com tais governantes, não é fácil evitar que a Humanidade, pela mão dos poderosos viciados em dinheiro, e a falta de sentido de responsabilidade de políticos, avance para a sua total autodestruição.

Entre o desaparecimento do Homem e o dos Dinossauros haverá uma grande diferença, estes acabaram devido a causas estranhas e não por sua própria culpa !!!

Beijos
João

A. João Soares disse...

Sobre este tema, sugiro a leitura de

Um "cardume" unido contra a sobrepesca

Anónimo disse...

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