Segundo artigo do Jornal de Notícias, a Dinamarca volta a encimar a lista de países com os povos mais felizes, o Zimbabwe situa-se no extremo oposto e Portugal, de entre muitos parceiros europeus, tem vindo a descer muito gradualmente desde meados da década de 80, ficando ainda no pelotão dos trigésimos lugares e um pouco acima dos cinco pontos.
Como a felicidade é uma sensação muito subjectiva, esta abordagem enferma desse mal. Trata-se de um inquérito coordenado pela Universidade de Michigan e que se repete desde 1981 baseado nas respostas, numa escala de um a dez, à pergunta se cada respondente é muitíssimo, muito, pouco ou nada feliz. A seguir à Dinamarca, surgem Islândia, Suíça, Holanda e Canadá. Segundo os responsáveis pelo estudo (World Values Survey) os resultados indicam que os cidadãos cada vez mais valorizam a liberdade de escolherem a sua própria vida, e também que a prosperidade económica, a democratização e a tolerância social aumentam os índices.
Do post «Fosso entre ricos e pobres aumenta»
http://domirante.blogspot.com/2008/06/fosso-entre-ricos-e-pobres-aumenta.html inferia-se que não temos muitas razões para a maior parte da população se sentir feliz, segundo o critério apontado neste estudo!
Entretanto, segundo o «Público» (artigos «Pobreza é uma ‘violação dos direitos humanos’" e «É pobre quem vive com menos de 366 euros por mês»), a pobreza vai ser declarada na AR como uma violação dos direitos humanos e quem propicie e permita a sua existência deverá, no futuro, ficar sujeito a sanções legais. (Como, com que provas, com que sanções? Isso não e dito no jornal). Como será conseguido que esta decisão do parlamento venha a "ter consequências práticas»?
Aponta-se como desejável o princípio "tendo capacidade e não fazendo, é-se sancionado", mas como se passará da teoria à prática? Como será materializada tão pia intenção?
Segundo o INE, em 2006, 18 por cento dos residentes em Portugal estavam em risco de pobreza. Actualmente, o limiar nacional de pobreza é estabelecido, segundo as normas fixadas pela Comissão Europeia, e corresponde a 60 por cento da média nacional do rendimento por adulto, o que em Portugal dará cerca de 366 euros por mês.
Fica-se assim esclarecido de que os deputados estão sensibilizados para o problema da pobreza, mas resta saber se conseguirão resultados práticos, melhores do que com as intenções de reduzir as mortes na estrada, a existência de armas de fogo em profusão e em más mãos, a diminuição dos fogos florestais, a insegurança, a corrupção, a toxicodependência, etc.
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