Do jornal gratuito «Global Notícias» de hoje, despertou-me interesse o editorial do director, Silva Pires, com o título «Justiça no sistema de portagens». Coloca em causa o critério dos preços em relação aos diversos tipos de viaturas. Se as portagens são uma compensação do desgaste que as viaturas causam ás auto-estradas, seria lógico que os preços fossem relacionados com o peso das mesmas, não propriamente com o peso real na viagem actual, mas com a capacidade máxima de transporte.
Não surge uma explicação lógica de uma moto pagar o mesmo que um automóvel. Nem que os camiões paguem de acordo com o número de eixos, sem ter em consideração o respectivo peso, isto é, com o desgaste provocado no piso da via.
O que falta? As pessoas reclamarem? Ou os responsáveis ligarem os neurónios e raciocinarem na solução mais lógica e justa? Ou criar uma solução viável e fácil para controlar os pagamentos?
Silva Pires refere uma viagem do Alentejo para Lisboa na companhia de um cidadão espanhol ligado ao ramo automóvel, em que não conseguiu explicar-lhe de forma compreensível a lógica dos preços das portagens, não eliminando a sua má impressão sobre este assunto.
Esta é para juntar à incrível «lógica» da sinalização rodoviária que, muitas vezes, só é compreensível para quem vive na zona mas que, por isso, não necessita dela e nem se apercebe de quão caprichosa e imperfeita ela é. Quem ocasionalmente viaja por região pouco conhecida sabe as dificuldades em que se encontra a cada passo.
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