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16/09/2009

A saúde perante as alterações climáticas

Como este blogue se dedica também a cuidados com a saúde, não podia deixar de transcrever o artigo que enfatiza os efeitos doa desgastes do ambiente nas alterações do clima e, na sequência, na saúde, já publicado em Saúde e Alimentação.

Líderes dos médicos defendem que “o que é bom para o clima é bom para a saúde”
Público. 15.09.2009

Copenhaga também vai ter impacto na forma como o mundo vai viver as doenças

O mundo vai enfrentar um “catástrofe global de saúde” se os governos falharem num acordo de um corte profundo nas emissões de gases com o efeito de estufa, durante o encontro das Nações Unidas em Copenhaga, em Dezembro, disseram dois médicos de ponta. “O que é bom para o clima é bom para a saúde”, adianta um editorial publicado hoje no British Medical Journal da Lancet.

Um forte acordo das 190 nações em Copenhaga para diminuir as emissões ajudaria a evitar ondas de calor, inundações e a desertificação, que iria interromper o fornecimento de águas e causar má nutrição e doenças, especialmente nos países em desenvolvimento.

“Uma falha para o acordo de uma redução radical das emissões vai enviar o mundo para uma catástrofe da saúde”, escreveu Michael Jay, que preside à instituição de caridade Merlin e Michael Marmot, director do Instituto Internacional para a Sociedade e Saúde. “As medidas necessárias para o combate às alterações climáticas coincidem com as que são necessárias para assegurar uma população mais saudável e reduzir o custo dos serviços de saúde. Uma economia de baixo consumo de carbono significa menos poluição”, disse o editorial. “Uma dieta baixa em carbono (especialmente comendo menos carne) e mais exercício vai traduzir-se em menos cancro, obesidade, diabetes e doenças do coração. Oportunidades, seguramente, não custo”, escreveram.

Separadamente, um grupo de presidentes de universidades das academias de médicos de nações que incluem os Estados Unidos, Austrália, Hong Kong, Canadá, Tailândia, Inglaterra, Nigéria pediu aos médicos para exigirem mais acção por parte dos governos.

O grupo também evidenciou que os impactos na saúde podiam ser “catastróficos” e apontou, numa carta enviada a duas revistas médicas, que um relatório em Maio concluiu que as alterações climáticas eram a maior ameaça à saúde do século XXI. “Enquanto os mais pobres no mundo vão ser os primeiros a serem afectados, ninguém vai ser poupado”, escreveram. “Os médicos continuam a ser vistos com respeito e independência, têm uma grande confiança entre os seus doentes e nas sociedades onde fazem a sua prática. Como líderes dos médicos em vários países, pedimos aos médicos que exijam que os políticos ouçam os factos claros que foram identificados em relação às alterações climáticas e ajam agora”, disse o grupo.