05/08/2010

(DES)IGUALDADE

Imagem da net



A seara de preconceitos
em debandada no redondel da altivez
Distorcida cinzela a escarpa
Que se abomina de quando em vez...
E o fosso que se cava
Na imperfeição da igualdade
Continua intocável
No credo em que se debate!


27/07/2010

4 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Ana!

Nitidamente um poema de intervenção cujo teor é muito relevante e reprova a desigualdade social, a qual é infelizmente cada vez mais galopante.
O problema não é só o dos pobres estarem mais pobres, mas muito mais o dos ricos estarem ainda mais ricos, trocando as voltas às tentativas de criar uma sociedade mais justa e equilibrda.
Pelo contrário, o que acontece é que se vem a agravar cada vez mais o fosso entre uns e outros.

Obrigada
Beijinhos

A. João Soares disse...

Querida Ana,

A igualdade pode ser um verdadeiro desejo colectivo, mas não passará de desejo. Na mão temos cinco dedos todos diferentes. Mas o seu poema, muito sentido, mostra que as desigualdades sociais devem ser discretamente disfarçadas e, persistentemente reduzidas, nunca devendo haver uma rua como a da imagem em que ela seja um fosso entre uns e outros.
Cada um deve ter o prémio do seu mérito, das suas capacidades, mas não deve haver prémios tão exagerados.

Sugiro uma visita ao post
Simplicidade de vida e justiça social

Beijos
João
Só imagens

Luis disse...

Querida Ana,
Vim num "saltinho" para lhe dizer que o seu poema de intervenção está bem posto mas lembro que antigamente junto dos Solares haviam as casas mais pequenas onde moravam muitos dos trabalhadores desses Solares e não como agora que fazem os chamados "Bairros Sociais" e os "Condominios Fechados" criando-se autênticos "guetos" como a "Zona Jota" e outros do mesmo genero que nas grandes cidades são alfobres de delinquentes e criminosos. Pessoalmente defendo uma cidade humanizada sem esses "guetos" de pobres e de ricos criando fossos difíceis de superar. Na minha perspectiva essa cidade humanizada até criava postos de trabalho que de outra forma se perdem.
Um beijinho amigo.

J.Ferreira disse...

Amiga Ana!

Desculpe se não sou pessoa de fazer muitos comentários.
Não estou habituado e nada tem de pessoal, como suponho ter já percebido.

Este seu poema tem cariz político-social de muito valor.
Retrata cada vez mais o que se passa não só em Portugal como no Mundo inteiro.
Infelizmente o fosso aumenta desmedidamente, incontornavelmente!

Gostei muito.
Parabéns
J.Ferreira