28/04/2008
Lutemos pelo Abril ainda por fazer
(soneto de Manuel Alegre, que fecha com chave de ouro)
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vire
como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
26/04/2008
IVA sobre carros: Governo assume pré-contencioso com CE
De Diário digital
A Comissão Europeia (CE) poderá condenar e levar o Governo português ao Tribunal das Comunidades já na segunda metade do ano por acrescentar o IVA ao imposto sobre os veículos (ISV), o ex-imposto automóvel (IA), refere o Diário de Notícias esta sexta-feira.
Ontem, as Finanças admitiram a existência de um «pré-contencioso» com Bruxelas e nos meios fiscais admite-se já a necessidade de alterar as tabelas de impostos no sector (ISV e IUC), já em Junho.
19/04/2008
Experiência erótica
No dia seguinte, disse a noiva:
- Quando meu namorado me viu usando o corpete de couro, botas com 12cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse: ' Você é a mulher da minha vida, eu te amo'. E fizemos amor apaixonadamente.
A amante contou a sua versão:
- Encontrei meu amante no escritório, com o equipamento completo! Quando abri a capa, ele não disse nada, me agarrou e trepamos a noite toda, na mesa, no chão, de pé, na janela, até no hall do elevador!
E aí a casada contou sua história:
- Mandei as crianças para a casa da minha mãe, dei folga para empregada, fiz depilação completa, as unhas, escova, passei creme no corpo inteiro, perfume em lugares estratégicos, e caprichei: capa preta, corpete de couro, botas com salto de 15 cm, máscara sobre os olhos e um batom vermelho que nunca tinha usado. Para incrementar, comprei uma calcinha de lycra preta com um lacinho de cetim no ponto G!. Ainda apaguei todas as luzes da casa e deixei só velas iluminando tudo.
Meu marido chegou, me olhou de cima abaixo e disse: Fala aí, Batman, o que temos para o jantar?
15/04/2008
Que se passa. Poema de Vicky
QUE SE PASSA ?
Afinal isto não é uma ameaça,
É antes o prelúdio da desgraça
Que a falta de decoro e de respeito,
De algum modo assim se denuncia
Nas palavras de um Homem insuspeito
Que veio por a nu a hipocrisia
Que and´aí a torto e a direito
A encher “bocas” com a Democracia.
Como s´esta palavra, com efeito,
Não fosse de conceitos tão vazia
Que´o Zé Povo simples e escorreito
Nela já só vê demagogia….
E por mais que lhe digam qu´é perfeito
O sistema que a poucos privilegia,
Em contrição, bate com a mão no peito
E jura com um ar insatisfeito,
A que empresta alguma ironia,
Que jamais votará na utopia.
Pois quem quer que venha a ser eleito,
Outro não é, senão mais um sujeito,
Que “come” da mesma confraria,
Uns milhõezitos que são uma ninharia.
Viçoso Caetano (O Poeta de Fornos de Algodres)
Fev2008
09/04/2008
A saúde em Portugal
Depois de fazer o aquecimento começou a sentir dor na perna esquerda.
A professora, apercebendo-se, aconselhou-o a parar.
Porque se trata de um “jovem lutador”, que não desiste facilmente, resolveu insistir.
Ao fazer a 3ª.chamada para o último salto, já na elevação, sentiu o osso da perna, a tíbia, deslocar-se, sentindo uma dor de tal modo violenta que o fez cair em cima do colchão, sem poder mover-se.
De imediato acorreu a professora, que logo se apercebeu da gravidade da situação, diligenciando a chamada de uma ambulância.
Ao mesmo tempo um colega avisou a mãe do jovem, que acorreu prontamente.
Quando a ambulância chegou, foram prestados os primeiros socorros, imobilizando a perna, e transportando-o para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Chegado ao Hospital, ainda na triagem, foram-lhe administrados analgésicos.
Visto por um pediatra, foi mandado fazer Raio X.
Feito o exame regressou à triagem, onde uma enfermeira informou: vamos contactar um ortopedista para decidir o que fazer.
A ortopedista (era uma médica) analisou o exame, e concluiu que era necessário operar com urgência. Mas, contra o que pareceria lógico, mandou engessar a perna e voltar lá na 2ª.feira, dia 7, para a consulta. Nessa altura “se veria quando era possível realizar a cirurgia”.
Perante a estranheza dos pais, que acompanhavam o jovem em sofrimento, a médica, um tanto bruscamente, esclareceu que “urgência urgente” é para casos de fractura exposta.
E com esta resposta se retiraram.
À saída do Hospital Garcia de Orta o pai do jovem contactou o British Hospital, em Lisboa, expondo a situação. Foi-lhe dito que levasse o filho imediatamente para lá.
Atendido por um ortopedista, foi feito novo Raio X, TAC, e outros exames complementares, que o levaram a confirmar ser necessária a cirurgia.
A lesão era bastante grave. A tíbia, ao deslocar-se para cima, provocara estiramento de ligamentos, e sofrera uma pequena fractura ao empurrar para cima um osso do joelho, abaixo da rótula. Isto significa que havia fractura da “cabeça da tíbia”, estiramento de ligamentos e um osso deslocado.
O cirurgião, especialista em joelhos, marcou a operação para sexta-feira, dia 4.
Compreensivelmente nervosa e apreensiva, a mãe decidiu ouvir mais uma opinião, e foi consultar o médico ortopedista que acompanha o jovem desde tenra idade.
Este manifestou o seu assombro perante a atitude do Hospital Garcia de Orta, adiando para “data a anunciar” um caso manifestamente urgente.
Este relato foi feito de acordo com os testemunhos dos intervenientes: a minha filha e o meu neto, Carlos.
Com o recurso a assistência médica em Hospital privado, o Carlos foi operado na sexta-feira, dia 4, encontrando-se já em recuperação.
Isto aconteceu porque os pais puderam disponibilizar, não sem alguma dificuldade, os meios necessários para recorrer a esta solução.
Contudo, não podemos esquecer que a maioria da população não tem capacidade económica para o fazer, tendo que sujeitar-se a esperas e demoras que o sistema impõe.
Não posso e não vou falar de negligência médica.
No entanto, parece-me, no mínimo, leviano, o comportamento do Hospital Garcia de Orta, na pessoa da médica ortopedista que atendeu o Carlos: depois de considerar “urgente”, tratou como “normal” um caso de evidente urgência.
Como atenuante ao seu procedimento podemos admitir que o Hospital não tenha capacidade de resposta para todos os casos urgentes.
E ainda, seguindo esta linha de raciocínio, que a sua “brusquidão” se deva ao facto de ela própria se sentir desconfortável por não poder solucionar o caso atempadamente.
A avaliação feita, quer pelo médico que o operou, quer pelo ortopedista que o acompanha desde criança, indica que a decisão tomada pelo Hospital Garcia de Orta parece não ter sido a mais correcta.
Quanto tempo este jovem, em sofrimento, teria de esperar pela cirurgia?
Quais as sequelas que poderiam advir do facto da não intervenção rápida?
São incógnitas para as quais nunca teremos resposta.
Transcrito do Blog A casa da Mariquinhas
http://acasadamariazita.blogspot.com/
04/04/2008
Regra para a avaliação
Vitalino Canas, porta-voz do Partido Socialista, 12.Março.2008
Requerimento
Senhora Ministra da Avaliação,
Venho, por este meio, solicitar a V. Ex.cia autorização para aplicar, na minha auto-avaliação, o mesmo critério utilizado pelo partido político que sustenta o Governo na avaliação que fez do seu próprio desempenho.
Recebido por e-mail
Para a querida Milu
OLÁ
Para a minha querida Milu, do fundo do coração.
SONETO À MANEIRA DE CAMÕES
Tão mesquinha e tão vil, tu que pariste
As normas do estatuto do docente,
Não tens nada de humano, não és gente,
Nada mais que injustiças produziste.
Se lá nesse poleiro aonde subiste
O estado do ensino tens presente,
Repara como és incompetente,
Como a classe docente destruíste.
Se pensas que esta gente está domada,
Te aceita a ti, ao Valter e ao Pedreira,
Estás perfeitamente equivocada:
Em breve encontraremos a maneira
De vos correr p'ra longe à cacetada,
Limpando a educação de tanta asneira!