31/08/2009

"Um carro muito especial" (história curtinha, com uma pitada de ironia)

Conduzindo por uma daquelas estradas difíceis - quando auto-estradas era coisa que por ali ainda não existia – o carro começou a falhar, e de seguida acabou mesmo por imobilizar-se, junto à berma. Ela saiu, dirigiu-se à frente do mesmo, levantou o capot, olhou, e ficou surpreendida, estupefacta, mesmo: o motor não estava lá! Logo a seguir, um outro carro, tal como o dela um Volkswagen “carocha”, vindo em sentido contrário, parou, uma senhora apeou-se e dirigiu-se a ela com o propósito de ajudar. “Devo ter perdido o motor naquele troço de estrada em mau estado; com a trepidação, naturalmente, caiu” , disse ela para a recém-chegada, apontando para o espaço vazio. A outra olhou, e respondeu-lhe: “olhe , não se preocupe, venha comigo”, conduzindo-a até junto à parte de trás do seu carro, e abrindo a tampa da bagageira, disse-lhe: “ Este carro tem um motor sobresselente; a senhora pode levá-lo; não me faz falta, e depois dá-mo”.
Vitor Chuva.
30-08-2009
Vitor Chuva

30/08/2009

Um dos meus encontros com a natureza!

Há muito que digo aos meus amigos que sou um privilegiado, isto por poder usufruir livremente, não só das paisagens idílicas deste Minho, bem como por tudo que o compõe; rio, mar, montanha, aromas, flora, com as mais diversas cores ao longo das estações e fauna. Uma maravilha!
É desta última que vou particularizar.
Como nos meus giros de BTT procuro desfrutar disto tudo, fui fazer um trilho pelo monte, entre a Gávea e Candemil, freguesia de Reborêda, concelho de Vila Nova se Cerveira, uma vez que já há algum tempo que não o percorria.

Assim, logo que entrei no estradão de terra na zona dos moinhos da Gávea, verifiquei que a vegetação estava crescida e que não haviam grandes sinais de pegadas no chão. Isto era sinal que aquele local estava a ser menos utilizado que o normal.
Fui subindo até avistar a figura do emblemático Cervo. Aquela imponente imagem transmite não só uma agressividade particular, como ao mesmo tempo uma segurança quase feudal. Parece dizer “eu domino tudo, quem estiver comigo está protegido”.

Normalmente “giro” sozinho, quando aparecem aqueles obstáculos chamados “técnicos”, ou sofredores, tem-se tempo para tudo… até para filosofar. (Há quem reze).
Nessa altura, no solo, aparecem bastantes vestígios de cascos para além dos fecais. Pensei que alguém a cavalo teria utilizado aquele caminho. Bom gosto, pensei com os meus botões.
Alguns metros acima, avisto ao longe um potro deitado no estradão e logo acima um garrano.
Foi para mim uma enorme surpresa, pois não era habitual nesta zona ver aqueles animais. Continuei a subir, uma vez que, entretanto os dois animais seguiam à frente pelo mesmo trilho. Passados dois ou três minutos, oiço atrás de mim um barulho fora do normal. Poeirada e barulho… de repente, aparece aquele que seria o pai da “criança”.
Foi um flash... na minha memória apareceu o manual de sobrevivência, aquela era uma situação já passada por um companheiro de aventuras, que tinha sido agredido por um animal nas mesmas circunstâncias, felizmente tudo passou pela minha mente numa fracção de segundos. Os casais com filhotes tornam-se agressivos em circunstâncias semelhantes.

Assim para quem passar pela mesma situação, eis as minhas sugestões:
1º Desligar o botão da adrenalina. Os animais pressentem o nosso medo e reagem.
2º Encostar a um dos lados do estradão. Escolher o que tiver menos silvas, para o caso de ter que saltar.
3º Desmontar da” bicla” e colocá-la entre nós e o restante caminho. Se o animal atacar, a “bicla” protege.
4º Esperar a reacção do bicho.

Resultou,felizmente o potro ajudou imenso...deixou que a mãe passasse na frente, passou por mim e foi ter com o pai.
Seguimos, a mãe na frente eu no meio o potro e o pai atrás. Logo que a fêmea virou para uma transversal eu montei a “bicla” e segui o meu caminho.

Foi uma experiência única. Mais um daqueles privilégios.
Para a semana vou novamente.
Estes garranos são uma mais-valia para esta já tão paradisíaca paisagem.
É só vir vê-los, eles estão cá. Desfrutem.




José Ferreira

Nota: para mais imagens ver aqui
Fernanda Ferreira

ONU muito eficaz e rápida!!!

Tendo sido criada há quase 64 anos, em 24 de Outubro de 1945, a ONU reparou agora que na Austrália não se respeitam devidamente os aborígenes e fez o 'adequado' pedido!
Cartoon Bandeira, do Diário de Notícias de 090830
Para ver melhor faça clique na imagem

29/08/2009

Como lhe nasceu o gosto pela leitura

Depois de aqui ter publicado o post «A boa estrela e a tempestade», o velho António entusiasmou-se e quis fazer mais uns desabafos sobre a sua meninice, porque pensa que será interessante relembrar como era a vida na província por altura da II Guerra Mundial.

Segundo ele se recorda com serenidade, na escola primária, tinham o livro de leitura, a tabuada e, nos últimos anos, a Geografia, a História de Portugal e as Ciências Naturais. Eram apenas livros de estudo, num ambiente social de poucas letras, pessoas entregues à agricultura e umas poucas ligadas à vida comercial e empregos diversos, em Viseu.

A professora, D. Fernanda, uma vez por semana, lia contos ou histórias num suplemento do jornal diário «O Século» intitulado «Pim-pam-pum». Em casa do António, havia uns livros antigos, um pouco estragados, principalmente religiosos e, por razões que ele desconhecia, uma gramática da língua francesa. E nada mais.

Só leu o primeiro livro quando já andava no Liceu, requisitou-o na biblioteca e gostou do primeiro contacto com a literatura. Durante o segundo ano, a professora de português e francês, D. Isaura, nos dias em que dava aula na última hora, ficava mais meia hora a ler e a falar de literatura do século XIX, actividade de que dispensava o António por ter de ir para casa, lá longe, a 6 quilómetros, percorridos a pé.

No 3º ano, início do segundo ciclo, o professor de português, Simões Gomes, deu um grande impulso na interpretação de textos e na redacção. Na primeira aula, após as férias, perguntava a cada aluno quais os livros que lera durante as férias e fazia o seu comentário, salientando sempre os melhores autores. Nesse primeiro contacto, o António disse-lhe os nomes de uns livros de pouca qualidade, da colecção azul, que o primo da cidade lhe tinha emprestado, tendo obtido do professor um sinal de menosprezo e a afirmação que não os conhecia e que não deviam ter qualquer interesse. A partir daí, passou a orientar as leituras pelas sugestões que ia recebendo nas aulas, e todas as semanas levava da biblioteca um livro de escritor português, como Júlio Dinis, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Alexandre Herculano, Almeida Garrett, etc.

Fazia parte do programa, o estudo com pormenor de «As Pupilas do Sr Reitor» de Júlio Dinis, de que interpretavam com pormenor várias passagens, dividindo orações, fazendo análise gramatical, preparando em casa resumos de capítulos, etc. Aos fins de semana, cada aluno tinha que fazer uma redacção de tema livre, contando um «caso da semana», sendo na segunda-feira alguns chamados a ler o seu trabalho de casa, para todos ouvirem e criticarem. E assim se aprendia português.

O António confessa que deve a esse professor a facilidade com que pela vida fora redigia, tendo há pouco tempo ouvido um velho colega dizer-lhe «sempre foste uma boa caneta». Conta ele que devido aos momentos que passava na biblioteca, beneficiava do carinho quase maternal da D. Conceição, a bibliotecária.

Mas ele não se esquece que vivia num ambiente rural, embora próximo da cidade, com pessoas alheias aos livros e à cultura e que muitas, por o verem a ler livros à sombra das árvores em vez de andar a brincar com outras crianças (por vezes a fazerem maldades que originavam rixas entre as famílias), alertaram a sua mãe para o perigo de ele poder vir a ficar maluco, por os livros lhe «darem a volta à cabeça» Isto que ele contou do ambiente da aldeia não me surpreendeu, porque ainda hoje é considerado um vício perigoso gostar dos computadores, de ter blogues e de trocar e-mails. É certo que os exageros não são benéficos nem, sequer, nas vitaminas!!!

Prémio Comprometidos Y Más,2009


O Blogue da amiga São, O Renascer da Fenix, decidiu agraciar o nosso Blogue Sempre Jovens com este prémio, na pessoa de todos os seus colaboradores, o que muito nos honra.

Este prémio visa premiar os Blogues que desenvolvam acções na lutam contra a pobreza, pela ajuda humanitária, pelo ambiente, pela liberdade, pela educação, pela justiça, pela solidariedade, pela democracia ou seja, por uma sociedade melhor.
Estou a aceitar um prémio, que repito, foi atribuído a todos os colaboradores do Sempre Jovens e com a devida autorização do nosso administrador e amigo João Soares.
O prémio é oriundo de países da América Latina e aceitá-lo implica: publicar o selo no blogue, fazer referência ao blogue que o entregou, e dar o prémio a 10 outros blogues ou mais, que o mereçam.

Assim, aqui vão os blogues a quem decidimos atribuir este prémio:

Em Prosa e Verso
A mulher e a Poesia
Zé do Cão
Oeiras Local
Contra Corrente Alternativas
Historias Imperfectas
Dali
Tejo Norte Tejo
Ze Carlos Manzano
Erison Lima

Nota importante: Os blogues aqui escolhidos são todos tirados da lista dos nossos seguidores.
Este opção tem naturalmente o mérito de querer premiar todos eles por uma das razões supra citadas, mas também para que se lembrem de que o Sempre Jovens existe e que muito aprecia os vossos comentários.

Parabéns a todos!

Fernanda Ferreira

EU SEI AMOR!

Imagem do Google


Eu sei amor
Que as palavras
Leva-as o vento,
O que fica
São os actos, o sentimento.

Eu sei amor
Que as palavras
Adormecem no tempo,
Mas a nossa história não finda
Nas memórias de cada momento.

Eu sei amor
Que com palavras
Já não te surpreendo,
O que te faz levitar
É o amor com que em ti me prendo.

E eu sei amor
Que sem palavras
Doces e quentes,
Os carinhos que em ti semeio
São searas em semente,
Testemunhos dos meus anseios.


Ana Martins
Escrito a 28 de Junho de 2008

28/08/2009

Falecimento do Carácter

Texto recebido por e-mail sem indicação de autoria. Refere-se ao Brasil, mas é aplicável por todo o lado, na época actual.

Caro(a) Amigo(a),

É com muita tristeza que lhe participamos o falecimento de um amigo muito querido que se chamava CARÁCTER e que viveu muitos e muitos anos entre nós.
Ninguém conhecia com precisão a sua idade porque o registo do seu nascimento foi desclassificado há muito tempo, dada a sua tamanha antiguidade.

Mas lembramo-nos muito bem dele, principalmente pelas suas lições de vida como :
«Nosso direito termina quando começa o direito de alguém»;
«A honestidade não é uma virtude a ser aplaudida, e sim praticada»;
Ou ainda,
«Decência é como gravidez: ou existe, ou não»
E também … «respeite, mesmo se for desrespeitado».

O CARÁTER só vivia com regras simples e práticas como :
«Não existe qualquer tipo de convivência sem RESPEITO»
e de claros princípios básicos como :
«O exemplo vem de cima».

Acontece que o CARÁCTER começou a ficar abalado quando altas personalidades da vida pública deixaram de participar do noticiário político, passando para o policial.

Seu estado se agravou, quando ele soube que dois ex-prefeitos de São Paulo) haviam sido presos (e depois soltos, obviamente) por terem praticado falcatruas no exercício do cargo.

Deteriorou-se

Enfim, o CARÁCTER perdeu a vontade de viver quando percebeu que os ladrões e os criminosos recebiam melhor tratamento do que as suas vítimas.
Também recebeu fortes golpes morais e físicos, quando a Justiça decidiu que era crime defendermo-nos de algum ladrão na nossa própria casa, enquanto a este último é dada a garantia de poder queixar-se por agressão e atentado à integridade física ...
O Carácter perdeu definitivamente toda a confiança e a vontade de viver quando soube que, antigos opositores do Governo (e agora integrantes do Governo) estavam recebendo polpudas indemnizações, por terem feito oposição a um Governo do qual muitos deles chegaram a participar, e em cujas tetas se locupletaram.

Certamente você já percebeu que a morte do CARÁCTER foi precedida pelo falecimento:
- dos seu pais: a DECÊNCIA e a VERGONHA NA CARA
- da sua mulher HONESTIDADE;
- da sua filha RESPONSABILIDADE e dos filhos BRIO, BOM SENSO e PATRIOTISMO

O CARÁCTER deixa o seu lugar para três falsos irmãos:
- «Vote em Mim»
- «Você Sabe Com Quem Está Falando?»
- «Estou Me Lixando Para a Opinião Pública»

Claro que não haverá multidão no seu enterro, porque já não temos muitas pessoas que o tenham conhecido bem, e poucos se darão conta de que ele partiu.
Mas, se você ainda se recorda dele, caso queira reavivar a sua lembrança, previna todos os seus amigos do desaparecimento do saudoso CARÁCTER fazendo circular esta comunicação…
Senão, não faça nada... deixe tudo como está!!!
E nossos governantes continuarão financiando com o nosso dinheiro as viagens de suas amantes para a Europa...
...e os bandidos continuarão soltos e estuprando nossas esposas e filhas dentro de nossas próprias casas.
Vamos nos mobilizar e saiamos às ruas se preciso for. Quem sabe seressuscitaremos o CARÁCTER.

Os meus amigos Britânicos!

Desde o tempo que comecei a ensinar Português a Britânicos, e já lá vão uns anitos, muitos já abandonaram, por acharem que já sabiam o essencial para se fazerem compreender, o que é verdade, quase todos estão no meu coração. Trocamos frequentemente visitas ou pelo menos e-mails. Há contudo, um casal com quem as relações se foram sempre estreitando e solidificando.

Porque estiveram cá ontem para almoçar comigo e com o José, e ainda porque apareceu o já nosso amigo/vizinho, Sr.Lamas...foi uma festa.

Os Hallam, Peter e Jacky Hallam são mesmo Ingleses e apesar da idade, sobretudo do Peter (78), dos seus problemas cardiovasculares e ainda pelas adversidades que a vida lhes tem provocado (entre outras, terem perdido um filho há uns seis anos com um tumor maligno na cabeça), eles são ambos pessoas lindas, generosas, simpáticas e nada, nada pedantes, tal como eu gosto.

Ontem o almoço foi uma sardinhada...e eles adoraram.
Pois é, devem estar a pensar...mas eles não gostam de peixe, que fará sardinhas???
É verdade que a maioria não gosta mesmo, peixe para eles tem "bones",o que torna o facto de comer peixe muito aborrecido.
"Bones" para peixe ou carne, em Inglês, mas como na carne são mais visíveis, eles preferem carne, pelo menos em Portugal, porque o famoso e típico prato que é vendido em todas as esquinas da Grã-Bretanha, "fish and chips", vem provar um pouco o contrário.

Chegados com a habitual garrafa de vinho (o Peter é um verdadeiro connaisseur), mais um grande e lindo cesto de figos do seu quintal, à hora marcada (a pontualidade Britânica é um facto), acabaram por sair quase à hora de jantar.
Foi mais um dia feliz para todos nós...conversa em dia e muita alegria.
Veja todos os detalhes aqui.
Fernanda Ferreira

27/08/2009

Cogeração – Poupança Energética a Passo de Caracol

Na nossa pequena cidade, chamada Vila Nova de Famalicão, temos um dos melhores exemplos de poupança energética do País: a Continental-Mabor.
O sistema utilizado é a cogeração. A cogeração é o reaproveitamento das energias utilizadas na produção.

A Mabor tem um rendimento 50% superior a qualquer outra indústria, associada na Cogen, ou seja, enquanto as outras conseguem um rendimento na ordem dos 30% de energia, em média, a Mabor consegue 80% de rendimento. Sabendo que para isso, é única a utilizar turbinas de avião e pessoal inteiramente especializado. Com este exemplo único, neste nosso rectângulo à beira mar plantado, já podemos orgulhar-nos de algo. O que quer dizer, que a Mabor Continental evita, por ano, 6 toneladas de CO2, 20% na factura de gás natural e ainda vende a energia restante, à rede nacional de electricidade.

Foi pioneira obtendo acesso, ou direito a esta rede nacional em 2005. Posteriormente outras se lhe juntaram, dando nome à associação COGEN. Indústrias como as cerâmicas, têxteis, alimentar e até centros comerciais, onde os gastos energéticos são elevados, fazem parte desta associação.

O que não se admite, é que desde 2006 a iniciativa da COGERAÇÃO, tenha estagnado por completo. Mais PME´s se lhes querem juntar mas o acesso à Rede Nacional, o Direito de Interligação, está vedado por completo, devido às novas directivas Europeias emitidas em 2006, vejam bem, em 2006! temos na TSF, a entrevista onde explica por completo o problema da COGERAÇÃO em Portugal. Até hoje e passados três anos, o Ministério do Ambiente e o Governo nada fizeram. Aquele Governo, que se diz completamente virado e dedicado às energias renováveis!

Mais um exemplo, do que está ainda por fazer neste País. Um exemplo, onde mais uma vez as Médias e Pequenas Empresas, foram completamente postas de parte, onde se preferiram as aeólicas, hídricas, para benefício das gigantes internacionais como Iberdrola, Gamesa e nacionais como a EDP. Como sempre beneficiam-se as Empresas estrangeiras, em detrimento das Empresas portuguesas. Ouvi também, que todos os esforços foram feitos, por parte da TSF e COGEN, para que um representante do Ministério do Ambiente, estivesse presente nesta entrevista, nem sequer resposta mereceram... é para verem como estão interessados , os políticos, em satisfazer as necessidades dos cidadãos. Nunca é demais e ainda por cima, em época de eleições, denunciar a hipocrisia dos nossos governantes, no que concerne à ecologia.


Outra matéria que gostaria de mencionar, é que os grandes Lobbies, EDP, GALP, BES, já tomaram para si, este tão melindroso tema: A SUSTENTABILIDADE, como se fossem os salvadores das Espécies e do Planeta, esquecendo-se porém, que andam aí portugueses, de menor "envergadura" económica, a gritar para o vazio e a ouvir apenas o seu próprio eco! Querem colaborar e todos os acessos lhes são vedados. Isto, é que é preciso denunciar!

Sr. Ministro, ouça a voz dos que querem participar, para melhorar a qualidade de vida do nosso País, como a COGEN, que segundo a TSF, só terá a 12ª conferência com o Poder Político em Novembro, (do ano que passou!) sem esperança à vista, de que façam algo para, que possam aceder à Interligação da Rede Nacional. E acertaram! Até hoje!... Nada! Mesmo agora, (2009) que vai ser construída uma fábrica, de componentes aeronáuticos, no Alentejo! Uma forma eficaz de poupar energia e criar postos de trabalho! Vamos deixar entrar uns raios de sol no nosso País, sim?

TSF : "Mais Cedo Ou Mais Tarde" entrevista em 6 Junho 2008 - Cogeração
Publicada por Fada do bosque
Mais um excelente texto e um assunto da máxima importância que o Blogue amigo sustentabilidadenaoepalavraeaccao, nos dá a oportunidade de divulgar.
Bem hajam
Fernanda Ferreira

26/08/2009

"Alberto e o Torrão de Acúcar"



O Alberto e eu fomos colegas de trabalho numa Siderurgia, durante vários anos, desempenhando ambos, durante algum tempo, a função de chefia de turno. Quando acontecia ser eu a rendê-lo, uns minutos antes das 08:00 , de imediato ele abandonava o local de trabalho; àquela hora, qual mecanismo programado, lá estava ele a “picar o cartão”; nem um minuto mais tarde, a menos que isso fosse completamente inevitável. Contudo, a esta rígida regra de conduta, que ele fazia questão de religiosamente cumprir, Alberto abria, ocasionalmente, uma excepção e essa acontecia quando os resultados do turno superavam claramente os objectivos estabelecidos, indo para além daquilo que era expectável e dele exigido; eram, por razões óbvias, boas notícias para todas as pessoas envolvidas!
Sempre que isto acontecia, o colega Alberto arranjava sempre um pretexto para ficar lá pelo gabinete durante mais alguns minutos, os suficientes para que o nosso superior hierárquico chegasse e tomasse conhecimento dos bons resultados por ele obtidos. Assistindo, então, à cena, não podia deixar de sentir-me tentado a estabelecer comparação entre o que via e o comportamento de outros animais, menos racionais, em circunstâncias equivalentes. Não que eu o tenha presenciado, mas arriscaria em afirmar que ele terá recebido o seu “torrãozinho-de–açúcar” , já que , pessoa por natureza calada, metida consigo mesmo, fechado, de repente todo ele era sorrisos, falador, sociável, exibindo um ar de enorme satisfação, “só não abanando o rabo porque não tinha”, pensava eu: verdadeira metamorfose a sofrida pelo Alberto, agora completamente alheado da marcha do relógio; nenhuma pressa em partir, saboreando a “glória” do sucesso recentemente alcançado.
Ocorreu-me então que, inconscientemente, ou se calhar nem por isso, também eu tinha feito exactamente o mesmo em circunstâncias semelhantes; outros colegas igualmente o teriam feito. Recebermos o nosso “torrão–de-açúcar” no final duma corrida em que demos boa conta de nós é algo que achamos que nos é devido, nosso por direito próprio, e certamente que todos nos sentiremos bem ao receber o dito quando acreditamos ter feito por merecê-lo, ainda que, por vezes, possamos sentir alguma relutância ou menos à vontade em admiti-lo, perante outros.
A nossa auto-estima sofrerá certamente um empurrãozinho para cima; correremos, porventura, o risco de que o ego possa ficar um pouquinho inchado, mas daí também não virá , certamente, grande mal ao mundo: nada que não possamos resolver.
No fundo, no fundo, julgo que todos os “Albertos” desejarão que momentos como estes lhes possam acontecer, já que nada de mal daqui poderá resultar; afinal, “um torrão–de-açúcar”, se pensarmos bem, é apenas um pequeno doce … e, às vezes, sabe tão bem!
Vitor Chuva
26-08-2009

As mãos da minha avó !!!

A minha avó que tinha mais de 90 anos, estava sentada num banco na varanda, e tinha um aspecto fraco.
Ela não se mexia, estava apenas sentada a fixar as mãos.
Quando me sentei ao pé dela, nem sequer se mexeu, não teve nenhuma reação.
Eu não a queria perturbar, mas ao fim dum certo tempo perguntei-lhe se ela estava bem.
Ela levantou a cabeça e sorriu para mim.
- Sim, eu estou bem, não te preocupes, respondeu ela com uma voz forte e clara.
- Eu não a queria incomodar, mas você estava aí com o olhar fixado nas suas mãos, e eu apenas pretendi saber se estava tudo bem consigo.
- Já alguma vez viste bem as tuas mãos ? perguntou-me ela.
Quer dizer, vê-las como deve de ser.
Então eu olhei para as minhas mãos e fixei-as.
Sem compreender bem o que ela queria dizer, respondi que não, nunca tinha olhado bem para as minhas mãos.
A minha avó sorriu para mim e contou-me o seguinte:
Pára um bocadinho e pensa bem como as tuas mãos te têm servido desde a tua nascença.
- As minhas mãos cheias de rugas, secas e fracas, foram as ferramentas que eu utilizei para abraçar a vida
Elas permitiram agarrar-me a qualquer coisa para evitar de cair antes de eu aprender a andar.
Elas levaram a comida à minha boca e vestiram-me
Quando era criança a minha mãe mostrou-me como uni-las para rezar.
Elas ataram as minhas botas e meus sapatos.
Elas tocaram no meu marido e enxugaram as minhas lágrimas quando ele foi para a guerra.
Elas já estiveram sujas, cortadas, enrugadas e inchadas.
Elas não tiveram jeito nenhum quando tentei segurar o meu primeiro filho.
Decoradas com a aliança de casamento, elas mostraram ao mundo que eu amava alguém único e especial.
Elas escreveram cartas ao teu avô, e tremeram quando ele foi enterrado.
Elas seguraram os meus filhos, depois os meus netos, consolaram os vizinhos e também tremeram de raiva quando havia alguma coisa que eu não compreendia.
Elas cobriram a minha cara, pentearam os meus cabelos e lavaram o meu corpo.
Elas já estiveram pegajosas, úmidas, secas e com rugas.
Hoje como nada funciona como dantes para mim, elas continuam a amparar-me e eu ainda as uno para orar.
Estas mãos contêm a história da minha vida.
Mas o mais importante é que serão estas mesmas mãos que um dia Deus segurará para me levar com ele para o seu Paraíso.
Com elas, Ele me colocará a Seu lado.
E lá eu poderei utilizá-las para tocar na face de Cristo.
- Pensativo eu olhava para as nossas mãos.
Nunca mais as verei da mesma maneira.
Mais tarde Deus estendeu as Suas mãos e levou a minha avó para Ele.
Quando eu me aleijo nas mãos, quando elas são sensíveis, quando acarinho os meus filhos, ou a minha esposa, penso sempre na minha avó.
Apesar da sua idade avançada, ainda teve inteligência suficiente para me fazer compreender o valor das minhas mãos.

25/08/2009

Como apagar FOGO EM ÓLEO QUENTE

IMPORTANTE - Como apagar fogo em óleo quente. ALERTA!!! É bom saber como agir... Caso se esqueça ao lume uma panela ou frigideira com óleo, e essa pegue fogo NÃO ENTRE EM PÂNICO.Siga as instruções abaixo.

1. DESLIGUE O FOGO 2. MOLHE um pano, torça-o, retirando o excesso de água, para que este NÃO PINGUE. 3. Coloque o pano sobre a panela/frigideira e espere até que esfrie (não saia mais vapor). 4. NUNCA TENTE MOVER A PANELA ou FRIGIDEIRA. 5. NUNCA, NUNCA, NUNCA, NUNCA JOGUE ÁGUA, pois os respingos provocarão fogo junto e os efeitos são devastadores. Veja o filme. Não guarde essa informação só para você.


Fernanda Ferreira

A boa estrela e a tempestade

O septuagenário António conta pausadamente, saboreando as palavras, a recordação de uma tarde da sua infância, em Maio de 1947. Era ainda criança e frequentava o Liceu Alves Martins em Viseu, tendo de percorrer diariamente, duas vezes, a pé, a distância entre o liceu e a sua casa numa aldeia próxima, a cerca de seis quilómetros. O percurso era fácil e seguro por o trânsito ser reduzido e, se avaliado pelos valores de hoje, quase nulo. Havia dias em que corria, desde o alto do Viso até à «curva da morte» à entrada da Póvoa de Sobrinhos, à velocidade de um berlinde evitando que ele saísse do alcatrão para qualquer dos lados.

Mas naquela sexta-feira, o céu apresentava-se estranho e, embora não chovesse, ameaçava com mau tempo de dimensões invulgares. Habituado a suportar todas as condições meteorológicas, sabia que era sensato acelerar o passo para aumentar a probabilidade de evitar ao máximo uma molha valente.

Apesar de ir depressa, as suas pequenas pernas não evitaram que, por altura do portão da mata do Fontelo, ao início da recta do Viso, fosse ultrapassado por dois soldados do Regimento de Infantaria 14 que, pela conversa que iam desenvolvendo, iam passar o fim-de-semana a Trancoso, tomando o comboio da Beira Alta na estação de Cubos, para lá de Mangualde. Levavam um passo muito rápido, mas o miúdo seduzido pelo exemplo dos militares e, como queria chegar a casa cedo, fez todos os esforços para não se deixar atrasar, tendo de ,ocasionalmente, dar uma corrida para reduzir a distância aos líderes da maratona.

E a viagem diária ia correndo sem problemas com um recorde de velocidade notável, acabando por demorar bastante menos de uma hora quando era costume ir além da uma e um quarto. Mas era também ajudado pela esperança de quando a chuva viesse já estar perto de casa e não se molhar muito. Depois de passar a Póvoa de Sobrinhos, no primeiro cruzamento virou à esquerda, deixando a companhia dos soldados que continuaram a percorrer os cerca de 10 quilómetros que ainda lhes faltavam.

Mesmo sozinho, como as nuvens estavam cada vez mais negras e descontínuas, sentia-se decidido a não abrandar o passo. Mais cerca de 15 minutos e entrou em casa, cansado nas seco e aliviado por o susto não se ter concretizado. Mas este alívio não foi total porque, mal fechou a porta de casa começou uma tempestade de forma invulgar, caindo pedradas violentas no telhado, com granizo que chegava a ter o tamanho de ovos de galinha. E os pais não estavam em casa. Como iriam resistir a tal intempérie? Ele fora salvo por a sua boa estrela lhe ter enviado aquelas lebres que o incitaram a acelerar ao máximo. E eles?

Mas agora não podia contactar os pais, saber como estavam. Ainda não havia telemóvel que viria cerca de 40 anos depois. Aliás na aldeia nem sequer havia electricidade, nem telefone, da televisão só se viria a falar cerca de 10 anos depois em Lisboa e mesmo rádio só havia um na taberna-mercearia do Manuel Custódio, a funcionar com uma bateria de automóvel. Sem qualquer meio de comunicar com os pais, o António tinha que procurar limitar-se a desejar o melhor e a esperar pela sorte.

Mas a tempestade, como sempre, teve um fim rápido, após a bátega de granizo gigante ter destruído toda a agricultura destroçando rama de pinheiros, árvores de fruto e tudo o que não fosse tão duro como o aço. E, passados poucos minutos, apareceram os pais que se tinham abrigado passado durante a parte mais perigosa da queda de granizo na casa de apoio da principal propriedade. Não precisaram de falar muito para se perceber o grande susto que sofreram pelo receio do que o filho estaria a passar sob a tempestade, pois aquela hora era suposto ele ainda vir a caminho. Mas foi bem visível a alegria de verem que ele estava inteiro e nas melhores condições físicas.

A vida é feita de pequenas oportunidades, inesperadas coincidências, que ou se aproveitam ou se perdem e, desta vez, a boa estrela empurrou o miúdo para a solução correcta.

A tempestade foi realmente forte e, além dos estragos na vegetação e nos telhados, houve pessoas com «galos» na cabeça por serem atingidos pelo granizo. O acidente mais grave foi o do Manuel Custódio que ficou com a cabeça a sangrar devido a uma forte pedrada.

Tal tempestade ficou gravada para toda a vida na memória dos que a viveram e o velho António relembra esta tarde com um misto da emoção dessa época e da lição de realismo que a experiência da vida lhe ensinou.

25 de Agosto de 2009
A. João Soares

24/08/2009

Mais cientistas em destaque

Somos um povo amargurado, minado por um pessimismo mórbido que dificilmente olha para o que há de mais positivo e gerador potencial de esperança em melhor futuro. Hoje surge a notícia «Portugueses produzem sensor inovador de ADN» que tenho o prazer de aqui juntar às anteriormente publicadas «Cientista português honra o País» e «Cientistas portugueses em destaque» e a outras mais antigas.

Segundo revelou ontem Elvira Fortunato, professora, investigadora, conhecida especialista em micro-electrónica, do Departamento de Ciência dos Materiais e directora do Centro de Investigação de Materiais da Universidade Nova de Lisboa, Investigadores portugueses produziram pela primeira vez um método de detecção de ADN usando uma vulgar impressora de jacto de tinta, com recurso a materiais e tecnologia de baixo custo e amigos do ambiente.
Este novo sensor sensor, desenvolvido por uma equipa conjunta dos departamentos de Ciência dos Materiais e Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foi aceite para publicação próxima pela revista "Biosensors and Bioelectronics", o que deve constituir motivo de orgulhos para os portugueses.

Foi um trabalho feito por cientistas portugueses e em Portugal, ou "made in e made by" como gosta de dizer a investigadora, que dirige a equipa, tendo esta já em 2006 criado um sensor para detectar ADN, mas que era baseado em silício, o semi-condutor convencional usado em electrónica. Agora foi dado um grande passo em frente.

Em conclusão, há em Portugal cérebros privilegiados, que honram a memória dos heróis doe descobrimentos e que, se bem apoiados, podem alcandorar o nosso País ao nível dos mais desenvolvidos. Mas é pena que os políticos que temos aturado careçam de inteligência, capacidade, sentido da responsabilidade, dedicação aos mais altos valores éticos e tenham arrastado a imagem da Política para a lama, a ponto de cultivar a mediocridade e não ter criatividade suficiente para renovar as equipas com o que houver de melhor na camada mais jovem, na senda da excelência. Valerá a pena analisar as listas para as próximas eleições, procurar detectar os novos nomes e indagar quais as suas «qualidades» que lhes deram jus à inclusão nas listas. Isso dará ideia do que os actuais políticos pretendem do futuro de Portugal.

Dois aninhos...

Cheia de entusiasmo,
Confiante no não reparar
Medíocres rimas
Aqui, ouso publicar!

Blog “Sempre Jovens,”Clube virtual de seniores...
A casa da melhor Idade!
Meio ambiente, Cultura, Civismo, Humor, Artes
Aqui são tratados com regularidade!

Cumprimentos,
Elogios, Mensagens de felicitações,
Por ocasião de seu aniversário
Chegaram aos montões.!

Querendo um mundo melhor
Um mundo mais “Sim” do que” Não”
Sonhou o João poder com seu Blog
Tornar o mundo mais irmão!

Agradeço-lhe meu amigo, a chance
De entre seus seguidores estar
E com eles aprender
Minhas mensagens publicar!

Parabéns! Felicidades!
Sucessos, João, nosso comandante.
Também, aos novos amigos que já se fizeram irmãos!

Avante... “Sempre Jovens”!!!

TENHO UMA ESTRELA!

Imagem da net


Eu pedi ao Céu que me desse uma Estrela,
Não precisava ser a maior, a mais bela,
Queria somente a luz que perdi
Quando sem luz pai me despedi de ti.

Eu pedi ao Céu que a Estrela brilhasse,
Que não fosse cadente, que não se apagasse,
Que tivesse nos vértices faíscas de cor,
Que fosse uma Estrela de paz e amor.

O Céu me ofereceu uma Estrela pequenina,
Que a todos encanta e a mim ilumina,
No meio o teu nome baila tão lindo...

E não é um sonho, tenho uma Estrela,
Brilha no Céu e sou Filha dela!
Na luz que reflecte me vejo sorrindo...


Ana Martins
Escrito a 14 de Agosto de 2009

23/08/2009

"Marinheiro à Deriva" (história curtinha, com uma pitada de ironia)




Este nosso colega não era exactamente conhecido por ter grande afinidade por livros escolares , e muito menos por estudar o seu conteúdo; ele tinha sempre coisas mais interessantes apara fazer, e em que pensar… Um dia, de pé, frente a um largo desenho onde era mostrada uma turbina a vapor, foi - lhe “pedido” que descrevesse o que via. Mas, ao invés disso, ele permaneceu silencioso, contemplando-o, como que enfeitiçado: de seguida experimentou dar um passo atrás, ensaiou olhar de um ângulo … depois doutro; virou-se para nós com ar suplicante, de novo olhou para o desenho, fixando-o, imóvel, sempre mudo - perdido.
Quebrando o longo e pesado silêncio, o professor, num meigo tom de voz, perguntou-lhe, então: “Vasco, o que é que tu queres ser na vida: maquinista naval ou espírita?”
Vitor Chuva
23-08-2009


Vitor Chuva

A MARCHA MUNDIAL: UMA PROPOSTA HUMANISTA

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência terá início em Portugal a 1 de Novembro em Valença e a 10 de Novembro em Évora, para chegarem a Lisboa a 12 de Novembro.

Gostaria de um mundo com paz e sem violência? então diga-o, junte-se a esta marcha.








A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência foi lançada durante o Simpósio do Centro Mundial de Estudos Humanistas no Parque de Estudo e Reflexão Punta de Vacas (Argentina), em 15 de novembro de 2008.

Esta Marcha pretende criar consciência frente à perigosa situação mundial que atravessamos, marcada pela grande probabilidade de conflito nuclear, pelo armamentismo e pela violenta ocupação militar de territórios.

Esta é uma proposta de mobilização social sem precedentes, impulsionada pelo Movimento Humanista através de um de seus organismos, o Mundo sem Guerras.

A proposta inicial se desenvolveu muito rapidamente. Em poucos meses, a Marcha Mundial já suscitou a adesão de milhares de pessoas, agrupações pacifistas e não-violentas, diversas instituições, personalidades do mundo da ciência, da cultura e da política, sensíveis à urgência do momento. Também inspirou uma grande diversidade de iniciativas em mais de 100 países, configurando um fenômeno humano em veloz crescimento (www.theworldmarch.org).

Leia mais, informe-se =aqui, increva-se _aqui

Nota: Gostaria de agradecer à amiga Manuela Araújo do Blogue Sustentabilidade não é Palavra é Acção pelo envio de toda a informação.
Fernanda Ferreira

O dinheiro não é tudo

Soube agora, através de documentos muitíssimo secretos (!!!) que, há alguns anos, Sua Santidade o Papa rejeitou uma proposta de uma grande empresa alemã para à semelhança da expressão FIAT LUX fosse introduzida nos formulários religiosos utilizados nas missas e outras cerimónias de grande audiência a expressão MERCEDES BENZ. A empresa entregaria periodicamente ao Vaticano uma elevada soma.

Talvez Sua Santidade não gostasse de uma mulher (Mercedes) a benzer.

22/08/2009

Eu vim para ficar

Conforme prometido à nova colaboradora Maria José Areal, ausente do país e em férias, como ela própria oportunamente avisou, estou aqui para publicar, de minha livre escolha, este poema de sua autoria, por achar o seu título sugestivo neste dia.
Espero que ela aprove a escolha e que vos agrade.


















Eu vim para ficar
não se vão ver livres de mim!
Encharco os cantos da alma
com a água desta fraga,
amanho as leiras do corpo
com perfume a rosmaninho,
percorro de mansinho
os regos da epiderme
que recortam e bordejam
a textura que me cobre e me encobre
do tempo que passou por mim.
Mas, eu vim para ficar
não se vão ver livres de mim.
Mesmo que a lua não apareça
e tenha hipotecado o luar,
mesmo atirada para um canto
sem cantos e sem lamentos,
avançarei para dentro de mim
com a força de trovão
e a vontade da madrugada.

Eu vim para ficar
e não se vão ver livres de mim!

Do livro "Sabor a Sal e a Mel" de Maio de 2006.
Um beijinho de parabéns para todos em seu nome.


DIA DE ANIVERSÁRIO

Hoje, 22 de Agosto, o blog Sempre Jovens completa dois anos.
Não fora eu colaboradora deste blog (ainda que, ultimamente, pouco colaborante…) e diria “dois gloriosos anos”.
É, portanto, Dia de Festa!

Apesar de, ultimamente, eu ter “brilhado pela ausência”, esta data eu não podia deixar passar “em brancas nuvens”, e por isso decidi abrir uma excepção à minha abstinência dos últimos tempos.

Como gosto muito de histórias, a minha colaboração de hoje será precisamente uma linda história que, como todas as histórias, começa por: era uma vez…

Era uma vez… um pastor chamado João que vivia na encosta dos Montes Hermínios. Era um homem feliz.
Apascentava as suas ovelhas encaminhando-as cuidadosamente para os lugares mais férteis e aprazíveis.
Vivia na paz de Deus.

Uma noite, depois de acomodados os animais, e de ele próprio ter tratado das habituais tarefas, foi-se deitar, cansado mas satisfeito consigo mesmo.
Pouco depois estava já nos braços de Morfeu.
E teve um sonho luminoso: viu-se frente a um monitor, com um teclado à sua disposição, sobre o qual se moviam rapidamente os seus dedos, num verdadeiro frenesim.
Era tal a velocidade com que sobrevoava as teclas que o coração começou a bater apressado, e, com a aceleração, ele acordou.
Sentando-se rapidamente na cama, surgiu-lhe a ideia da sua vida: criar um blog.
E se bem o pensou, melhor o fez. Em breve não era um, nem dois, nem três, mas uma meia dúzia bem contada de blogs, que brilhavam no firmamento da blogosfera.
Sorriu, satisfeito. Todas aquelas luzinhas a brilhar faziam-lhe lembrar as estrelinhas lá dos “Montes”, naquelas noites serenas em que apenas se ouvia o som dos grilos e cigarras.

Um dia, perscrutando os céus blogosféricos, João reparou numa pequenina luz tremeluzindo lá ao longe, que ele supôs tratar-se duma estrelinha. Aproximando-a com o seu óculo de longo alcance, verificou tratar-se de um pequeno satélite. Reconheceu-o. Afinal, ele ajudara-o a nascer! Era nem mais nem menos do que a Casa da Mariquinhas.

Já que ele assistira ao parto, tinha todo o direito a entrar e sair, todas as vezes que lhe apetecesse, naquela humilde casa.
Tornou-se, pois, visita habitual, dando conselhos, opiniões, fazendo sugestões…que a dona da casa aceitava e seguia, agradecida.

A amizade que já existia anteriormente foi-se fortalecendo.
E um belo dia o João convidou a dona da casa, a Mariazita, para colaborar com ele no Sempre Jovens, o blog do Clube Virtual de Seniores, de que ambos são sócios, e que, até à data, vinha sendo “alimentado” quase exclusivamente por ele.
Ela, sentindo-se honrada com o convite, aceitou. Contudo, Informou logo o seu amigo de que a sua colaboração iria ser muito reduzida, dado que, como dona de casa que era, não dispunha de muito tempo livre.
Colaborou, portanto, com um post semanal durante uma agradável meia dúzia de meses.

Entretanto a Mariazita assumiu outros compromissos para os quais necessitaria de 48 horas em vez de 24, por dia.
Como até hoje ninguém conseguiu esticar assim tanto o tempo, e vendo que, entretanto, o João se rodeara de excelentes colaboradora(e)s, resolveu pedir uma licença ilimitada sem vencimento.
O João foi “forçado” a aceitar; mas, gentil como sempre foi, manifestou o seu descontentamento, fazendo-lhe notar que ela “iria fazer falta ao blog”.
Sei que o fez por uma questão de simpatia, de gentileza, mas fez muito bem ao meu ego, a suposta “tristeza” do João.
Fraquezas femininas…
Qual a mulher que não é sensível a uma gentileza masculina???

E assim termina a história que me propus contar-vos.

Resta-me apresentar os parabéns ao blog SEMPRE JOVENS e a toda(os) que lhe dão o melhor de si mesma(o)s, tornando-o um local de qualidade notável, que brilha intensamente no espaço da blogosfera.

Um abraço e beijos para toda(o)s – perdoem-me se destaco o “meu” amigo João, para quem deixo um beijinho muito especial.
Mariazita – 22.08.09

Parabéns aos Sempre Jovens pelo seu segundo aniversário!


Sendo também uma das mais recentes colaboradoras desta equipa, desde 21 de Março de 2009, não gostaria de deixar passar esta data tão importante sem uma palavra de agradecimento.
Primeiro pelo acolhimento e carinho que sempre me dedicaram, segundo pela amizade demonstrada e comprovada, e finalmente pela compreensão e tolerância em momentos menos fáceis.

Gostaria de agradecer a muita gente, a toda a gente, mas na impossibilidade de o fazer, começo pelo anfitrião mor, o nosso "general" e grande amigo João Soares, que com uma capacidade acima da média, especialmente para enfrentar algumas contrariedades, ainda com enorme saber, e sempre, sempre na procura do melhor para o Blogue, tem sido o timoneiro que leva este barco a bom rumo. Bem-haja.

Não posso ainda deixar de agradecer a Todos, colegas e leitores, os que me estimularam, quer com os seus generosos comentários ou ainda com muitas outras provas de muita amizade. A blogosfera, e este espaço em particular, proporcionaram-me mais amigos, virtuais e alguns já reais que muito admiro e que simultaneamente alteraram a minha vida, sem dúvida, para muito melhor.
São as pessoas que preenchem as nossas vidas que a tornam mais valiosa, muitas dessas pessoas são todos vocês. Obrigada!

Lembrem-se de que a vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas por todos os momentos que a vida nos reservou que nos cortaram a respiração. Eu vivi, em tão pouco tempo, muitos desses momentos convosco.
Sejamos felizes! Sejamos Sempre Jovens! Parabéns! Muitos Parabéns!!!
Fernanda Ferreira

Segundo ANIVERSÁRIO

O Sempre Jovens completa hoje dois anos de publicação, como órgão do Clube Virtual de Seniores. Sempre fiel a um ideário de civismo, de defesa de valores éticos e sociais e de contribuição para a cultura dos que nos visitam, ao mesmo tempo que se difunde algum humor e esperança para amenizar as dificuldades da vida. O meu abraço muito fraternal ao amigo Fernando Vouga que, há dois anos, criou este espaço de que foi administrador durante cerca de um ano, mesmo tendo imensos problemas de tempo devido a estar a preparar a segunda edição revista e aumentada do seu livro.

A equipa de autores a quem o blogue deve a sua existência tem variado e sido diversificada, obedecendo ao princípio de que as pessoas estão aqui por prazer sem a mínima obrigação de agradar ou fazer favores. Daí que alguns, por motivos pessoais, tenham suspendido a sua actividade no blogue, mas têm regressado logo que foi ultrapassado o motivo da interrupção da colaboração. O ambiente tem sido de amizade e familiaridade, chegando ao ponto de haver quem ache o blogue como uma conversa em família, focando assuntos privados acima do debate de ideias. Mas é assim que os autores desejam e eles são soberanos, pois estão aqui sem compromissos, só por prazer. A eles se deve aquilo que o Sempre Jovens é. E há que dirigir uma palavra de reconhecimento aos leitores que nos têm mimado com as suas visitas e os comentários, sendo de distinguir com uma menção especial os 68 seguidores que nos estimulam a fazer sempre melhor. O número médio de visitantes por dia anda próximo dos 200.

Vamos agora iniciar o terceiro ano, com o mesmo ânimo que nos tem sustentado nos últimos tempos. Haja saúde e alimento espiritual.

A todos os autores, parabéns por esta obra colectiva e votos de boa continuação com saúde e óptima disposição.

Abraços de muita amizade a todos e a cada um, apesar de ter de ser apenas virtual!!!

21/08/2009

Parabéns, "Sempre Jovens"!

2007 marcou
Este blogue que é seu,
Que tanto tema focou,
E tanta gente comoveu.
De seu nome "Sempre Jovens",
De qualidade, excelente!
Tanto Senhoras como Homens,
Cada um, escreve o que sente.
O seu líder, o João,
É alguém que muito aspira
Mentalizar a Nação,
Para uma luta, sem ira,
Mas muita convicção.
Porque as coisas, no País,
Estão a mudar, oh se estão ...,
Com contornos subtis.
Na pintura, uma Senhora,
De competência, também,
Mostra seus quadros, embora
Também escreva muito bem.

Para alimentar o Amor,
Que existe por Portugal,
Temos alguém, com valor
Que, dum modo especial,
Nos escreve sobre terras,
Que muitos desconheciam,
Mostrando vales e serras,
Onde,até então, não iam.
Conselhos sôbre Saúde
E outros sôbre o Amor,
Versos cheios de virtude,
Histórinhas com muito humor,
Estão num conjunto de textos
Que, ao "Sempre Jovens" dão cor,
Sem vaidade, sem o pretexto,
De ser mais do que amador.
Que haja força e perícia,
P'ra continuar a escrever,
Sobre os males que são notícia
E o bem que 'inda possa haver.

22/08/2009
Maria Letra

"O Segundo Aninho"




Sendo que todos os aniversários são datas importantes, os primeiros sê-lo-ão certamente mais, sobretudo para os pais, já que correspondem a um período da vida do rebento permeado de naturais dúvidas, receios, expectativas, alguma ansiedade - tudo sentimentos próprios de quem não está habilitado a adivinhar o futuro. Todavia, à medida que o tempo avança, a caminhada passa a ser mais tranquila, boa parte da ansiedade foi ficando pelo caminho; já dá para fazer o balanço do passado e, sendo este positivo, projectar o futuro com mais certeza e optimismo. Será certamente este o sentimento do progenitor do nosso “Sempre Jovens”; o pequenote, bem amparado e alimentado por ele e pelos muitos amigos que foi fazendo ao longo destes dois anos, respira saúde, cheio de fôlego para apagar as duas velinhas sobre o bolo que com ele todos nós iremos partilhar a 22 de Agosto, fazendo votos para que continue a receber muitos posts, ricos na qualidade, variados no conteúdo, e assim possa continuar a crescer, robusto e saudável, a caminho do futuro.
Feliz Aniversário!

Vitor Chuva

22-08-2009
Vitor Chuva

Acidente dramático por negligência

Acerca da derrocada da falésia na praia Maria Luísa em Albufeira, uma visitante do blogue do Miradouro deixou o seguinte comentário no post «segurança dos cidadãos inexistente!!!» Um título de post que vem mesmo a propósito! Estou revoltadíssima, amigo João Soares. Arrepio-me só de falar dum tema tão a propósito hoje. Como pode este governo que nem chega ao valor de "pataca e meia", dar a cara ao País quando negligenciou coisas que eu, simples cidadã Portuguesa, venho vendo há tantos anos?

Desde sempre me preocupava não colocar a minha família sob a ameaça de queda de falésias no Algarve, quando íamos para as praias lindíssimas daquele recanto do nosso País. Desde sempre pensava porque seria que proibiam os peões de pisar as bermas no topo das mesmas e não vedavam a passagem das pessoas cá em baixo, na praia, mesmo por debaixo desses blocos de terreno? Não compreendo, amigo João Soares, não compreendo. Sinto-me de luto pela notícia que hoje ouvi e que nos envergonha. Se eu, como simples cidadã, repito, via estas coisas, porque é que o Governo não viu que isto podia acontecer e não alertou o presidente da câmara de Albufeira?

É motivo para eu perguntar, gritar bem alto: WHY??????? As minhas lágrimas caem pelo sofrimento das vítimas (não sei quantas e se houve mais do que uma) e das suas famílias. Pobre País, o nosso. Faltava só mais esta!

Maria Letra

Respondi da seguinte maneira:

Minha querida Amiga,

Foi por este seu comentário recebido por e-mail que tive conhecimento da derrocada da falésia. Pelos vistos, o perigo era iminente há muito tempo, o que leva a interrogar as autoridades:
- da protecção civil desde o governo até ao serviço municipal;
- da Câmara Municipal;
- da Autoridade Marítima.
Que medidas deviam ter sido tomadas e não foram para evitar o acidente ou, se ele ocorresse, para reduzir os seus efeitos nefastos.
Porque não foi feito um gradeamento por forma a evitar a passagem e a paragem de pessoas na área de perigo?

Falta de responsabilidade generalizada. As pessoas candidatam-se aos cargos a pensar nos seus interesses pessoais e cientes de que gozam de imunidade e de impunidade.

É de lamentar. E será bom que os eleitores não se esqueçam disto no momento de votarem.

Sobre este acidente, além de outras notícias podem ser lidos os artigos:
- Duas pessoas soterradas na derrocada de falésia em praia de Albufeira
- "Viu-se uma nuvem de poeira e as pessoas começaram a gritar"

Medo versus confiança

É comum ouvir-se que os comportamentos das pessoas e dos Estados são condicionados por duas baias o amor ou confiança por um lado e o medo pelo outro. Se nos deixamos influenciar pela confiança, o relacionamento com os outros é harmonioso e dialogante, se nos deixamos dominar pelo medo o instinto de defesa conduz a desconfiança, agressividade, e reacções menos amistosas.

Na vida internacional, já nenhum estado suporta um vizinho com intenções neo-colonialistas ou imperialistas de domínio e asfixia.

Na América Latina, a Venezuela do Hugo Chávez está a afastar-se da confiança e a aproximar-se do medo que certamente sente e do que faz sentir aos vizinhos. A forma como expressa a sua aversão aos EUA e aos vizinhos mais próximos, começando pela Colômbia, estão cada vez mais visíveis.

E como com vinagre não se apanham moscas, o Brasil mostra estar farto daquele país mais pequeno que está a abusar de ter petróleo. Enquanto internamente «agressões a jornalistas aumenta tensão entre governo de Chávez e imprensa», da parte do Brasil vêm as notícias «Lula da Silva reclama junto de Hugo Chávez o pagamento de exportações brasileiras» e «Senado condena «escalada de autoritarismo» e «perseguição à imprensa livre» na Venezuela» que evidenciam um clima hostil entre os dois Estados e de perigo de conflito entre eles em que a Venezuela poderá sair muito lesada devido às grandes fragilidades apresentadas pelo seu potencial económico demasiado concentrado no petróleo.

Oxalá o computador «Magalhães» vá levar capacidade de raciocínio sensato aos apoiantes de Hugo Chávez, porque se é certo que conseguiu legislação para ser reeleito até à morte, esta pode surgir sem esperar legislação especial. A oposição interna parece ser explosiva e piorará com as repressões à comunicação e à liberdade de expressão. Hoje os povos estão de olhos mais atentos e perspicazes e não toleram tais exemplos de autoritarismo e arrogância. É preciso recordar que mesmo em fins do século XVIII, quando a informação era mais restrita, foi feita Revolução Francesa.

Cientista português honra o País

Há três dias publiquei aqui uma referência a um cientista do sector da das ciências biomédicas com o que me senti muito feliz. Hoje volto com outro nome, também no mesmo ramo do saber.
O Dr. José Silva, biólogo português, de 35 anos, do Centro para a Investigação de Células Estaminais da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, publicou na edição online da revista norte-americana “Cell” a descoberta a que se refere o artigo «Português descobre gene crucial para transformar células adultas em estaminais embrionárias», fruto de 5 anos de estudos intensos feitos com muito interesse e dedicação. Quanto aos pormenores científicos, sugiro os interessados a lerem o artigo, para o que basta fazer clique no título aqui deixado.

Estes dois casos como outros aqui referidos, são excepção à regra geral definida por José Gil quando afirma que os portugueses têm tendência para a inserção sem grande apetência para a criatividade e a inovação. Realmente, vivemos muito presos ao passado com orgulho nos descobrimentos (como se nos últimos cinco séculos nada tenha havido de bom) e, apesar de ultimamente terem sido publicados muitos livros, nada surge de inovador, voltado para o futuro. Na sua maioria, são livros de recordações e memórias, por vezes vistas por uma óptica distorcida e muito parcial, expressando ódios e rancores com tricas e coscuvilhices em demasia. Mas nada de soluções para o futuro de aproveitamento das poucas potencialidades económicas a anímicas que possamos ter, nada de projectos de modernização bem ajustados às realidades nacionais para serem viáveis e eficientes.

O exemplo destes cientistas e de jovens estudantes que têm evidenciado valor a nível internacional, devia ser seguido por políticos e pensadores que se preocupam com a vida das gerações mais novas, os cidadãos de amanhã. Para sair da actual pasmaceira política do «cada vez mais na mesma», sem cérebros válidos a pensarem no futuro do regime, apenas ouvi há dias o Dr. Medina Carreira a sugerir um tipo de programa de governo e de equipa governamental muito em sintonia com o esboçado no post «código de bem governar».

O mito das duas luas

Os abusos da Internet são muito frequentes utilizando spams, falsos pedidos de ajuda, notícias erradas, brincadeiras que, além de entupirem os canais da informação, levam as pessoas em erros por vezes muito inconvenientes.

Agora está a circular a mensagem de que em 27 de Agosto, será possível vislumbrar duas luas, devido à aproximação de Marte à Terra, o que segundo os especialistas não pode ser mais errado, como é divulgado na notícia. «Duas luas? É um mito, dizem os especialistas».

O Núcleo Interactivo de Astronomia (NUCLIO) esclarece «Isto nunca se verifica», «Mesmo nos momentos de maior aproximação Marte nunca deixa de ser somente um ponto brilhante no céu», estando muito longe de igualar a dimensão da lua aos nossos olhos.

Segundo os especialistas, «este tipo de mensagem começou a circular em 2003 quando ocorreu uma oposição de Marte (a altura em que Marte e a Terra mais se aproximam) particularmente próxima, uns meros 56 milhões de quilómetros. Essa oposição ocorreu no dia 27 de Agosto de 2003 e foi amplamente noticiada por todo o mundo. Desde então, a história volta a circular por esta altura do ano, mencionando o dia 27 de Agosto, apesar das oposições não ocorrerem nas mesmas datas», frisou o NUCLIO.

Este ano irá registar-se uma aproximação máxima, mas a 24 de Dezembro, e terá apenas 88 milhões de quilómetros, o que fica muito longe dos 56 registados em 2003. Pois bem, a Lua vai estando a 400 mil quilómetros e, por isso, bem mais visível.

Segundo os especialistas, algo similar ao que sucedeu em 2003 só acontecerá a 31 de Julho de 2018, altura em que Marte vai estar a 57,59 milhões de quilómetros de distância da Terra.

Convém que deixe de haver pessoas ingénuas que entrem no jogo mal intencionado dos que pretendem encher as nossas caixas de entrada dos e-mails com lixo e erros grosseiros.

20/08/2009

Duas Luas no Céu!

Duas luas a 27 de Agosto de 2009 - A Não Perder!

O Planetário Internacional de Vancouver, da British Columbia - Canadá, calculou a precisão em que Marte estará orbitando perto da terra. Será no dia 27 de Agosto de 2009.
Todavia, o mais interessante de tudo é que isto estava previsto em um código Maya, encontrado na pirâmide ao lado do Observatório Estrelar em Palenque, Chiapas -México.

Com este cálculo matemático Maya, agora os Mayas estão sendo vistos como os gregos da América, e orgulho da Guatemala.

Pelo menos, quatro ou cinco gerações da humanidade não voltará a ver este fenómeno natural, e poucas pessoas sabem até o momento,embora tenha sido noticiado em 11 de Maio de 2009.


No dia 27 de Agosto, a meia noite e meia, olhe para o céu, o planeta Marte será a estrela mais brilhante do céu, e será tão grande quanto a lua cheia, e estará a 55,75milhões de quilómetros da terra.

Será como se a terra tivesse duas luas, e este acontecimento só se produzirá no ano de 2287.

Não perca!!
Recebido por e-mail.

Fernanda Ferreira

Processo de Nulidade da Licenciatura de Sócrates


José Maria Martins

http://josemariamartins.blogspot.com/2009/07/accao-de-nulidade-da-licenciatura-de.html

Blogue do Advogado José Maria Martins

Segunda-feira, Julho 13, 2009

Acção de Nulidade da Licenciatura de José Sócrates

Como todos sabem fui eu que entreguei uma queixa-crime para se averiguar da veracidade ou falsidade da licenciatura de José Sócrates, depois da investigação do Prof. António Caldeira, do blogue do http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/.

Apesar de o Ministério Público ter arquivado o processo, com argumentos que não nos convencem, decidi intentar acção judicial de nulidade da licenciatura de José Sócrates.

Entendo que não é verdadeira,nem válida, face a todos os elementos disponíveis.

Desde logo a Universidade Independente não possuía o órgão legalmente estabelecido para aprovar as equivalências, pelo que o processo está viciado. Para além de vários outros dados que não posso aqui revelar.

Depois, não se pode dar equivalência a cadeiras que ainda não estavam feitas.

Por fim, a UNI não reunia os requisitos legais necessários.

Assim, logo que o Tribunal de Instrução Criminal me entregue a certidão que já pedi - na semana passada - será intentada a competente acção de nulidade da licenciatura em engenharia civil do actual Primeiro Ministro.

Os portugueses necessitam de saber toda a verdade! Nisto e noutros assuntos...

SE AS MINHAS MÃOS GRITASSEM...

Imagem da net


Se as minhas mãos gritassem,
Gritariam a saudade evadida dos dedos,
Quando mudos inventam os versos que nascem
Das memórias púrpuras que choram segredos...

Se as minhas mãos gritassem,
Ouvirias o eco da mais bela certeza,
Amor por amor é um Sol em viagem
Que derrama fulgor de espanto e beleza!


Ana Martins
Escrito a 9 de Agosto de 2009

19/08/2009

Para despedida ...


Um homem passa pela porta do plenário da Assembleia da República e escuta uma gritaria que saía de dentro:
“Filho da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Mentiroso, Pedófilo, Vagabundo, Sem Vergonha, Preguiçoso de merda, Vendido, Assaltante...”

Assustado o homem pergunta ao segurança parado na porta:
“O que esta a acontecer lá dentro? Estão a lutar?”

“Não” responde o segurança, “estão a fazer a chamada”.

18/08/2009

"Um Espírito Lutador"



Na urbanização onde moro toda a gente o conhece bem; a ninguém que com ele se cruze, ou que apenas o aviste, ele passa despercebido. Desde que o estado do tempo o permita, podemos nós vê-lo, apoiado na sua bengala, arrastando o seu corpo velho e frágil ao longo do passeio, com passo lento e tremido. A intervalos regulares, ditados pelo cansaço, tem ele que fazer uma pausa, sentando-se normalmente sobre os baixos muretes dos jardins, aí ficando até recuperar o fôlego antes de poder prosseguir para nova etapa, invariavelmente sempre curta.
Há alguns anos atrás, sofreu ele uma forte trombose, da qual nunca recuperou totalmente. A sua perna direita tornou-se um peso morto , quase inerte, que ele tem que arrastar com grande esforço; só a sua determinação obstinada, que consegue transformar nas forças que lhe faltam, o impede de desistir.

O filho, em casa de quem vive, gostaria que o “velhote” não saísse sozinho, mas ele recusa-se a dar-lhe ouvidos. “ Já tentei convencê-lo, tantas vezes … mas não serviu de nada; ele recusa-se a ficar em casa, pura e simplesmente ; ´ não quero estar preso ` , é o que me responde; é teimoso que nem uma mula velha, e a menos que o amarre lá dentro não há nada que eu possa fazer” , desabafa ele, por vezes, com os vizinhos mais chegados.

E não é que ele se contente em dar apenas um passeiozinho dentro dos limites da urbanização - nada disso! Ele chega, por vezes, a ir mesmo até ao Porto, que fica ainda a uns bons dez quilómetros de distância, não se preocupando nada com o facto de precisar da ajuda de terceiros para entrar e sair do autocarro, tão confiante ele está de que de uma maneira ou de outra lá se há-de desenrascar. Ao vê-lo, muitas são as pessoas que certamente se perguntarão: “Mas que anda esta santa criatura a fazer aqui no meio da rua, quando mal consegue mexer-se? Um destes dias ainda vai acabar atropelado por um desses malucos que por aí andam sem cuidado, quando estiver a atravessar.. e ele nem sequer olha a ver se vem algum carro … devia, mas é, estar em casa!”

Ele, certamente que pensará de outro modo; que o melhor que tem a fazer é aproveitar aquilo que a vida ainda lhe pode oferecer; gozar a liberdade dos passeios fora de casa enquanto as forças lho permitem, em vez de ficar enfiado dentro de quatro paredes, porque, lá no fundo, ele bem sabe que mais cedo ou mais tarde - porventura mais cedo do que tarde - irá ter todo o tempo do mundo à sua disposição para dar descanso àqueles seus ossos, velhos e cansados.
Vitor Chuva
19-08-2009-2009


Vitor Chuva

O Real Papel do Designer Projectista

Esse vídeo ilustra de maneira indirecta (ou bem directa talvez), o papel de um projectista ou de um engenheiro na comunidade: desenvolver meios facilitadores para a comunidade onde vive. Por mais simples que pareça esse projecto, ele atende a várias exigências de um desenvolvimento bem feito: valor prático, valor agregado, ergonomia, estética, entre outros.

Cientistas portugueses em destaque

Mais um caso positivo que deve aumentar a auto-estima dos portugueses. Jovens cientistas destacam-se na protecção contra a malária. Transcreve-se integralmente o artigo do Público, pelo interesse que tem. Parabéns aos jovens cientistas que defendem o nome de Portugal da forma mais elogiável.

Cientistas portugueses descobrem mecanismo de protecção natural contra formas graves da malária
Público.17.08.2009 - 20h01 Teresa Firmino

Trabalho abre portas a uma nova estratégia de combate à doença.
Os cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência publicaram hoje artigo em revista norte-americana.

Todos os anos, o parasita da malária infecta 200 a 500 milhões de pessoas no mundo e mata um a dois milhões. Então, o que é que protege naturalmente da morte a esmagadora maioria dos infectados? A equipa de Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, acaba precisamente de descobrir um mecanismo de protecção natural contra as formas graves da malária e hoje publicou os resultados na revista norte-americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Esta protecção natural acabada de identificar não tem a ver com a capacidade de o próprio sistema imunitário eliminar o parasita da malária, o “Plasmodium”. Nem tem a ver com a eliminação do parasita com medicamentos antimaláricos, pois mesmo entre quem os recebe há mortes — sem que se soubesse explicar, até agora, por que tal acontecia. A resposta da equipa de Miguel Soares é que essa protecção natural tem a ver com a capacidade de os próprios tecidos do organismo se protegerem contra a resposta em curso do sistema imunitário contra o agente patogénico.

Vamos por partes. Ao sermos picados por mosquitos anófeles, que se alimentam de sangue humano, o parasita da malária pode ser transmitido: entra na corrente sanguínea e dirige-se para o fígado, infectando as suas células e multiplicando-se aí. Em seguida, estas células rebentam e libertam o parasita de novo na corrente sanguínea, que vai infectar os glóbulos vermelhos. Poucas células do fígado são destruídas nesta fase, explica Miguel Soares, de 41 anos.

É quando os glóbulos vermelhos se rompem, depois de o parasita se ter multiplicado ali, que surgem os sintomas da doença, como ataques de febre, suores, arrepios e até a morte.

Num trabalho anterior, a equipa de Miguel Soares já tinha demonstrado que o que estava na origem desses sintomas. Quando o parasita leva à ruptura dos glóbulos vermelhos — que transportam o oxigénio dos pulmões para os tecidos do corpo através da hemoglobina —, esta proteína é lançada para a corrente sanguínea. Uma vez aí, a hemoglobina liberta os seus quatro grupos de ferro (através dos quais o oxigénio se liga a esta proteína) e são eles que causam os sintomas graves da malária.

Normalmente, estes grupos de ferros são inofensivos. Mas com a infecção do parasita da malária em curso, o caso pode mudar de figura. E são as células do fígado que vão ser atingidas por aqueles grupos de ferro. Ou nos casos mais graves de malária, as células do cérebro, como também já havia mostrado esta equipa.

“No contexto da resposta que está a acontecer — há células do sistema imunitário a fazer tudo para matar o Plasmodium —, se as células do fígado recebem um grupo de ferro ao mesmo tempo, o resultado é que morrem”, explica Miguel Soares. “Há uma hepatite. O fígado pára de trabalhar.”

Mas isto é algo que acontece raramente. É aqui que entra em cena uma enzima. Chama-se heme-oxigenase-1, é produzida nos tecidos do organismo quando são expostos a um “stress” oxidativo e tem a capacidade de degradar precisamente os grupos de ferro. Ou seja, tem um efeito protector das formas mais severas da malária, que afecta sobretudo crianças (onde se inclui a malária cerebral).

Nova estratégia de luta

Servindo-se de uma metáfora, Miguel Soares diz que o sistema imunitário está a dar marteladas no parasita, mas pelo caminho nós próprios também levamos marteladas e podemos morrer. Esta enzima protege-nos, amortecendo essas marteladas.

“Normalmente, a maioria das pessoas com malária não morre, porque há este mecanismo de protecção natural. Os tecidos estão protegidos e os indivíduos podem usar a sua resposta imunitária natural para matar o parasita sem comprometer o fígado, os rins, os pulmões...”

Como é que os cientistas chegaram a esta descoberta? Estudando ratinhos — por exemplo, modificaram geneticamente alguns animais para que a enzima protectora não fosse produzida e, dessa forma, puderam ver os efeitos devastadores no fígado.

Portanto, a equipa de Miguel Soares revelou um mecanismo de protecção, até agora desconhecido, durante a luta do organismo contra o parasita da malária, que pode abrir a porta a uma estratégia de combate à doença completamente diferente da utilizada até ao momento. Além de continuar a matar-se o parasita com antimaláricos, poderá então provocar-se o aumento da protecção do organismo através de medicamentos que copiem o efeito da enzima. Em ratinhos, pelo menos, o fármaco que a equipa testou, um anti-oxidante banal, teve um “resultado dramático”.

A prova dos nove

Para tirar as teimas de que há um mecanismo natural de defesa dos tecidos do organismo durante a luta contra o parasita da malária, a equipa de Miguel Soares testou um fármaco banal, em ratinhos. Se nessa guerra entre parasita e hospedeiro, os tecidos se protegem com a produção de uma enzima, talvez um fármaco que imite o efeito dessa enzima também proteja os animais das formas graves da doença. Testaram o anti-oxidante N-acetilcisteína, usado em bronquites, pneumonias ou tuberculose. “Se isto for tudo verdade, este fármaco devia funcionar. E funcionou, em ratinhos”, diz Miguel Soares.

T.F.

Uma nova forma de colonialismo.

Aparentemente, sendo um problema já muito antigo, África está a ser cada vez mais, alvo de uma forte investida das multinacionais. A pergunta que se coloca é se os africanos beneficiarão com esse facto?

Mesmo considerando que tudo tem o seu preço, e que o eventual e prometido benefício traz inconvenientes de muitas outras ordens, a verdade, por mais que doa, é de que não podemos ser fundamentalistas e deixar que os africanos continuem a morrer à fome. Uma contradição? Um dilema? Uma séria ameaça ao já tão fragilizado equilíbrio do ecosistema Mundial, sem dúvida!
Introdução baseada em troca de impressões com o colega e amigo João Soares.

Um novo e feroz colonialismo ameaça o equilíbrio já tão precário deste planeta. As principais consequências são; a injusta distribuição de riquezas, as emissões de CO2 para a atmosfera devido aos transportes, e as parcas ou mesmo nulas melhorias das condições de vida de povos que já não as têm dignas.

Embora tudo seja feito em nome de uma ajuda a estes povos, o que tudo indica é bem o contrário. O verdadeiro objectivo é o de cultivar terras para alimentar os seus próprios países, ou, muito pior, para a produção de bio-combustíveis que grandes empresas compram autênticas regiões nos países pobres de África, Ásia e América do Sul com promessas de desenvolvimento económico local, mas que, sem qualquer controlo, serão apenas modos de elas próprias enriquecerem, contribuindo para o esgotamento de recursos e desequilíbrios dos ecossistemas dos países ou regiões alvos.
Em risco ficam a alimentação dos locais, que sobreviviam do cultivo dessas mesmas terras, a integridade dos ecossistemas; pela utilização de monoculturas, pelo uso excessivo de pesticidas e fertilizantes, assim como a água, que para além do risco de poluição fica sujeita ao seu esgotamento .

Resta saber se esses povos pobres terão capacidade de luta pela sua terra e pelo seu próprio alimento se não forem devida e correctamente ajudados por organizações internacionais.
Parte de um trabalho alargado da amiga Manuela Araújo do Blogue Sustentabilidade não é Palavra é Acção.
Adaptado por
Fernanda Ferreira

17/08/2009

As mortes na estrada continuam sem travões

Hoje segundo notícia do DN, «55 mortos na estrada desde o início do mês». Uma outra notícia do JN diz que «Governo quer menos mortes nas estradas». Estas palavras do Governo mostram o costume. Só palavras. Mas a contenção deste trágico fluxo de perdas de vidas não se resolve com palavras, mas com medidas eficazes já muitas vezes referidas neste blogue.

Mas as realidades são opostas às promessas do Governo. Vejamos a falta de cuidado com os sinais de trânsito, de que estas três fotos de um, de entre muitos, mostram que, além da irracionalidade da utilização de muitos sinais, há a invisibilidade aqui bem documentada.



Férias e pedido de desculpas


Fui para férias para o meu pequeno "paraíso" no Alentejo. Esperava poder ter Internet para poder continuar a estar convosco neste blog mas tal acabou por não acontecer por razões totalmente alheias à minha vontade. Portanto as minhas desculpas e aproveitando a minha vinda à capital eis-me a tentar explicar a minha ausência que por alguns amigos foi interpretada por motivo de doença, o que felizmente não foi o caso, ainda que tenha sido mordido "à má fila" por uma gata da vizinha que me levou a ter que ir ao hospital com uma infecção na perna direita. "Azar dos Távoras" que não esperava ter tido! Mas felizmente tudo acabou em bem... Prometo na "reentrada ao serviço" poder apresentar alguns textos da minha autoria a mostrar-lhes como se vive por estas bandas. Não é só no Minho nem nas Beiras que podemos gozar bons momentos, boa comida bons queijos e bons vinhos... Por cá também há tudo isso pelo que tentarei recolher dados nesse sentido e dar-lhes a conhecer também as suas belezas naturais!

Estou a tentar criar um grupo local para dar execução à nossa acção de "Limpar Portugal" aproveitando as minhas férias por aqui!

Até breve e um abraço de muita amizade

16/08/2009

"Ida ao Novo Hospital" (história curtinha, com uma pitada de ironia)

Contorcendo-se com dores, passou a porta do hospital e encontrou-se num largo “hall”. Olhando em volta, encarou com três portas, individualmente assinaladas: “cabeça”; “tronco”; “membros”. Não lhe restando quaisquer dúvidas quando ao caminho a seguir, avançou, dando entrada num espaço em tudo idêntico ao anterior, só as indicações diferiam: “membros superiores” ; “membros inferiores”. Mesmo para um leigo na matéria, como era o seu caso, não havia que errar, o problema dele situava-se claramente nos membros superiores, e prosseguiu o seu caminho. De facto, ele até estava maravilhado com tanta organização; tudo tão bem explicadinho - não havia que enganar - a este ritmo em breve estaria a ser tratado, pensou! Novo espaço, amplo e vazio , e mais três portas: “braço” ; “antebraço” ; “mão”. Por este altura, já estava ele mais que perfeitamente identificado como esta forma inovadora de encaminhamento dos pacientes; nova porta empurrada e nova sala com o mesmo número de portas: “carpo” ; “metacarpo” ; “dedo” , leu ele. Aqui chegado, terá certamente pensado: “estou quase lá; só falta mais um pouquinho”. E avançou para novo espaço, organizado à imagem dos anteriores, ou seja; com três portas , cada uma com a sua inscrição: ”falange” ; “ falanginha” ; “falangeta”. Finalmente cheguei! Empurrou, então, a porta sob a inscrição “falangeta”, avançou, e ficou surpreendido – afinal ainda havia mais portas, mas desta vez só duas, ao invés das três como até então! Olhando com muito cuidado, pôde então ler o que sobre as mesmas se encontrava escrito: “Filiados da União Nacional” ; “Não filiados da União Nacional”. Aqui não havia muito para decidir, já que ele não era membro da organização. Empurrou a porta … e encontrou-se na rua.

Só uma nota final: - O hospital desta “história”, é o de Santa Maria, em Lisboa, inaugurado durante a governação de Salazar.
Vitor Chuva
16-08-2009

Vitor Chuva