31/10/2013

AMIZADE VIRTUAL. E ASSIM SE APRENDE



Tive hoje mais uma prova da Amizade Virtual. Embora haja muita gente que se limita a receber e-mails e reenviar um ou outro de quando em vez, encontramos AMIGOS que ajudam a tirar dúvidas, a resolver dificuldades, a ensinar aquilo que sabem.

No domingo fiz uma foto de uma flor de que gostava de saber o nome. Enviei um pedido que despertou a generosidade de amigos. Não foram muitas as ajudas, mas agradeço todas por serem bem intencionadas. Vou listar as ajudas recebidas:

Uma senhora de origem suíça disse «esta flor chama-se, em francês, églantine. Tradução para português dá roseira brava». Pela consulta ao Google, não me pareceu convincente e insisti no pedido.

Uma amiga muito prestável e de vasta cultura disse:
«Essa flor eu a conheço e sempre conheci por “Figueira-do-inferno”. Também há quem lhe chame “Figueira do Diabo” – no fundo, é a mesma coisa, se partirmos do princípio de que o diabo vive no inferno . Na minha terra dizia-se que fazia mal estar à sombra dessa árvore, que as pessoas ficavam doentes».
Esta informação coincidia com as imagens que encontrei no Google, onde, no entanto surge entre outras «flores do diabo».

Por fim apareceu ma pesquisa no Facebook - https://www.facebook.com/giseleclaudya?hc_location=stream -, por uma amiga brasileira, com os seguintes dados:
https://www.google.com.br/search?q=.trombeta+de+anjo&newwindow=1&espv=210&es_sm=122&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=BIFxUqPzLNCekQeDuICYBQ&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1440&bih=785#es_sm=122&espv=210&newwindow=1&q=flor%20trombeta%20de%20anjo&tbm=isch.

Solange Castro Sardinha: Eu tinha esta planta. O nome dela é Trombeta de Anjo.
Heliodoro Neves: Nome Botanico: Datura suaveolens Willd.
Sin.: Brugmansia suaveolens (Willd.)B & JP
Nomes Populares : Datura, sete-saias, trombeta-de-anjos, entre outros.

É planta venenosa; sedativa; analgésica; é usada em pequenas doses na epilepsia, palpitações nervosas do coração, tosses, asma (fuma-se a folha ou a flor) e hidrofobia. Aplicam-se as folhas ou flores, em dores locais e reumáticas. Seu cozimento serve para lavar feridas e inchaços.
Família : Família Solanaceae
Origem: México
Parecida com a beladona (não é árvore mas apenas uma planta de pequeno) porte). É frequente ser denominada por beladona, saia-branca, boca-de-sino, estramônio, trombeta-de-anjo. http://oextensionista.blogspot.com.br/2013/07/beladona-saia-branca-boca-de-sino.html.

Os meus agradecimentos a todos os que ajudaram a conhecer esta planta e a sua flor e não poso deixar de destacar a Amiga Gisele Claudya que mostrou a importância do Facebook.

Imagem do Google Earth «apanha» Jesus e Maria




Uma imagem parecida com um esboço de Jesus e de Maria está a fazer furor nas redes sociais. A imagem foi encontrada no programa Google Earth, que mostra imagens da Terra.

Numa das imagens tridimensionais captadas está o que muitos dizem ser as figuras de Jesus e Maria, nos céus da Suíça, junto à localidade de Walensee.

A imagem é pouco nítida e parece mostrar dois vultos. O da direita, mais pequeno, seria o de Maria, e o da esquerda, com o que parece ser um manto escuro, o de Jesus.

As imagens estão a dar que falar e muitos asseguram nas redes sociais que se trata de um fenómeno paranormal. Instada pelo Correio da Manhã a comentar, fonte do Google confirmou a existência da imagem mas não quis tecer mais comentários.

O registo captado deve ser resultado do efeito de pareidolia, que permite que o cérebro humano identifique, quando sujeito a determinados estímulos como imagens ou sons, certos objetos que lhe são conhecidos. É este efeito que permite, por exemplo, olhar para as nuvens e ver imagens de caras ou outros objetos.

Redacção do Jornal A Bola,  31-10-2013

28/10/2013

Aqui está a 3ª idade no seu melhor.





Russ e Sam, dois amigos, encontram-se todos os dias no Parque par dar de comer aos pombos, observar os esquilos e discutir os problemas do Mundo. Um dia Russ não apareceu. Sam não pensou muito nisso calculando que se tivesse constipado ou coisa parecida. Depois de uma semana sem Russ aparecer, Sam realmente preocupou-se. Como, entretanto, o único tempo que passavam juntos era no Parque, Sam não sabia onde Russ morava e assim era incapaz de descobrir o que lhe teria acontecido. Um mês passou, e Sam pensou não mais ver o seu amigo Russ. Um dia, ao aproximar-se do Parque, lá estava Russ sentado. Sam ficou muito excitado e feliz por vê-lo a ponto de lho dizer. Passado o momento de excitação disse-lhe: "Francamente Russ, o que é que lhe aconteceu?
- Estive preso! Disse Russ.
- Preso?! A que propósito?
-Bem, disse Russ, conhece aquela loirinha muito gira que trabalha na cafetaria onde às vezes vamos?

-Sim, disse Sam, lembro-me dela! O que lhe aconteceu?
- Bem, um dia ela queixou-se de mim "por violação" e eu, com 89 anos fiquei tão orgulhoso que me declarei "CULPADO"!
O estúpido do Juiz aplicou-me 30 dias de prisão por "Faltar à verdade"!   

 


RUI RIO NA A.R. EM 1998! Mas ninguém o ouviu?

27/10/2013

Porque Hoje é Domingo




O Poder do Dinheiro
É preciso evitar ceder à tentação de idolatrar o dinheiro. Significaria debilitar a nossa Fé e deste modo correr o risco de se tornar dependente do engano dos desejos insensatos e prejudiciais, aqueles que levam o homem a ponto de se afogar na ruína e perdição. 
Sobre este perigo o Papa Francisco advertiu-nos durante a homilia da missa celebrada na sexta-feira 20 de Setembro, na capela de Santa Marta «Jesus- afirmou o Santo Padre comentando as leituras- disse-nos claramente e de maneira definitiva, que não podemos servir a dois senhores: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. 
Entre eles alguma coisa não se harmoniza. Há algo na atitude de amor pelo dinheiro que nos afasta de Deus». De facto a avidez -prosseguiu- «é a raiz de todos os males. Subjugados pelo desejo, alguns desviaram-se da Fé e encontraram muitos tormentos. É o poder do dinheiro que nos faz desviar da fé pura que se debilita e, acabamos por perdê-la».
Depois o Papa explicou que o pecado ligado ao desejo do dinheiro, com todas as suas consequências, no primeiro dos dez mandamentos, peca-se por «idolatria», disse: «O dinheiro- evidenciou E por isso Jesus diz-nos: não podes servir ao ídolo dinheiro e ao Deus vivo. Um ou outro».
Os primeiros Padres da Igreja «diziam uma palavra forte-, o dinheiro é o esterco do diabo-. É assim, porque nos torna idolatras e adoece a nossa mente com o orgulho, tornando-nos maníacos de questões ociosas afastando-nos da Fé. Corrompe».
O Apóstolo Paulo por sua vez diz-nos para nos inclinarmos para a justiça, a piedade, a fé, a caridade e a paciência. Contra a vaidade e o orgulho «serve a mansidão». Aliás, «este é o caminho de Deus, e não o do poder idólatra que o dinheiro pode dar. É o caminho da humildade de Jesus Cristo, que sendo rico se fez pobre, para nos enriquecer, precisamente, com a sua pobreza. Este é o caminho para servir a Deus. E que o Senhor ajude todos nós a não cair na armadilha da idolatria do dinheiro»

(Fonte; O.R., edição semanal de 29 de Setembro, “In Missas matutinas na Domus Sanctae Marthae”)

amr

Gary and Charlotte Chaney - Double Your Pleasure


SEM TI NÃO VIVEREI - Eugénio de Sá

25/10/2013

EXEMPLO DA INTOXICAÇÃO PÚBLICA QUE SEMANALMENTE É SERVIDA.




Carta Aberta
OLHOS NOS OLHOS 
 Exma. Sra. Dra. Judite de Sousa 
O programa Olhos nos Olhos que foi hoje para o ar (14.10.2013) ficará nos anais da televisão como um caso de estudo, pelos piores motivos. 
 Foi o mais execrável exercício de demagogia a que me foi dado assistir em toda a minha vida num programa de televisão. O que os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo disseram acerca das pensões de aposentação, de reforma e de sobrevivência é um embuste completo, como demonstrarei mais abaixo. É também um exemplo de uma das dez estratégias clássicas de manipulação do público através da comunicação social, aquela que se traduz no preceito: «dirigir-se ao espectador como se fosse uma criança de menos de 12 anos ou um débil mental». 
 Mas nada do que os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo dizem ou possam dizer pode apagar os factos. Os factos são teimosos. Ficam aqui apenas os essenciais, para não me alargar muito: 
 1. OS FUNDOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL da Segurança Social (Caixa Nacional de Aposentações e Caixa Geral de Aposentações), com os quais são pagas essas pensões, NÃO PERTENCEM AO ESTADO (muito menos a este governo, ou qualquer outro). Não há neles um cêntimo que tenha vindo dos impostos cobrados aos portugueses (incluindo os aposentados e reformados). PERTENCEM EXCLUSIVAMENTE AOS SEUS ACTUAIS E FUTUROS BENEFICIÁRIOS, QUE PARA ELES CONTRIBUIRAM E CONTRIBUEM DESCONTANDO 11% dos seus salários mensais, acrescidos de mais 23,75% (também extraídos dos seus salários) que as entidades empregadoras, privadas e públicas, deveriam igualmente descontar para esse efeito (o que nem sempre fazem [voltarei a este assunto no ponto 3]). 
 2. As quotizações devidas pelos trabalhadores e empregadores a este sistema previdencial, bem como os benefícios (pensões de aposentação, de reforma e sobrevivência; subsídios de desemprego, de doença e de parentalidade; formação profissional) que este sistema deve proporcionar, são fixadas por cálculos actuariais, uma técnica matemática de que o sr. Medina Carreira manifestamente não domina e de que o sr. Henrique Raposo manifestamente nunca ouviu falar. Esses cálculos são feitos tendo em conta, entre outras variáveis, o custo das despesas do sistema (as que foram acima discriminadas) cujo montante depende, por sua vez — no caso específico das pensões de aposentação, de reforma e de sobrevivência — do salário ou vencimento da pessoa e do número de anos da sua carreira contributiva. O montante destas pensões é uma percentagem ponderada desses dois factores, resultante desses cálculos actuariais. 
 3. Este sistema em nada contribuiu para o défice das contas públicas e para a dívida pública. Este sistema não é insustentável (como disse repetidamente o senhor Raposo). Este sistema esteve perfeitamente equilibrado e saudável até 2011 (ano de entrada em funções do actual governo), e exibia grandes excedentes, apesar das dívidas das entidades empregadoras, tanto privadas como públicas (estimadas então em 21.940 milhões de euros) devido à evasão e à fraude contributiva por parte destas últimas. Em 2011, último ano de resultados fechados e auditados pelo Tribunal de Contas, o sistema previdencial teve como receitas das quotizações 13.757 milhões de euros, pagou de pensões 10.829 milhões de euros e 1.566 milhões de euros de subsídios de desemprego, doença e parentalidade, mais algumas despesas de outra índole. O saldo é pois largamente positivo. Mas o sistema previdencial dispõe também de reservas, para fazer face a imprevistos, que são geridas, em regime de capitalização, por um Instituto especializado (o Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social) do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Ora, este fundo detinha, no mesmo ano de 2011, 8.872,4 milhões de euros de activos, 5,2% do PIB da altura. 
 4. É o aumento brutal do desemprego (952 mil pessoas no 1º trimestre de 2013), a emigração de centenas de milhares de jovens e menos jovens, causados ambos pela política recessiva e de empobrecimento deste governo, e a quebra brutal de receitas e o aumento concomitante das despesas com o subsídio de desemprego que estes factos acarretam, que está a pôr em perigo o regime previdencial e a Segurança Social como um todo, não a demografia, como diz o sr. Henrique Raposo. 
 5. Em suma, é falso que o sistema previdencial seja um sistema de repartição, como gosta de repetir o sr.Medina Carreira. É, isso sim, um sistema misto, de repartição e capitalização. Está escrito com todas as letras na lei de bases da segurança social (artigo 8º, alínea C, da lei nº4/2007), que, pelos vistos, nem ele nem o senhor Henrique Raposo se deram ao trabalho de ler. É falso que o sistema previdencial faça parte das “despesas sociais” do Estado (educação e saúde) que ele (e o governo actual) gostariam de cortar em 20 mil milhões de euros. Mais especificamente, é falso que os seus benefícios façam parte das “prestações sociais” que o senhor Medina Carreira gostaria de cortar. Ele confunde deliberadamente dois subsistemas da Segurança Social: o sistema previdencial (contributivo) e o sistema de protecção da cidadania (não contributivo). É este último sistema (financiado pelos impostos que todos pagamos) que paga o rendimento social de inserção, as pensões sociais (não confundir com as pensões de aposentação e de reforma, as quais são pagas pelo sistema previdencial e nada pesam no Orçamento de Estado), o complemento solidário de idosos (não confundir com as pensões de sobrevivência, as quais são pagas pelo sistema previdencial e nada pesam no Orçamento do Estado), o abono de família, os apoios às crianças e adultos deficientes e os apoios às IPSS. 
 6. É falso que o sr. Henrique Raposo (HR) esteja, como ele diz, condenado a não receber a pensão a que terá direito quando chegar a sua vez, “porque a população está a envelhecer”, “porque o sistema previdencial actual não pode pagar as pensões de aposentação futuras”, “porque o sistema não é de capitalização”. O 1º ministro polaco, disse, explicou-lhe como mudar a segurança social portuguesa para os moldes que ele, HR, deseja para Portugal. Mas HR esqueceu-se de dizer em que consiste essa mirífica “reforma”: transferir os fundos de pensões privados para dentro do Estado polaco e com eles compensar um défice das contas públicas, reduzindo nomeadamente em 1/5 a enorme dívida pública polaca. A mesma receita que Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas aplicaram em Portugal aos fundos de pensões privados dos empregados bancários! (para mais pormenores sobre o desastre financeiro que se anuncia decorrente desta aventura polaca, ver o artigo de Sujata Rao da Reuters, «With pension reform, Poland joins the sell-off», 6 de Setembro de 2013, http://blogs.reuters.com/ globalinvesting/2013/09/06/with-pension-reform-poland-joins-the-sell-off-more-to-come/; e o artigo de Monika Scislowska da Associated Press, «Poland debates controversial pension reform», 11 de Outubro de 2013, http://news.yahoo.com/poland-debates-controversial-pension-reform-092206966--finance.html). HR desconhece o que aconteceu às falências dos sistemas de capitalização individual em países como, por exemplo, o Reino Unido. HR desconhece também as perdas de 10, 20, 30, 40 por cento, e até superiores, que os aforradores americanos tiveram com os fundos privados que geriam as suas pensões, decorrentes da derrocada do banco de investimento Lehman Brothers e da crise financeira subsequente — como relembrou, num livro recente, um jornalista insuspeito de qualquer simpatia pelos aposentados e reformados. O único inimigo de HR é a sua ignorância crassa sobre a segurança social. 
 Os senhores Medina Carreira e Henrique Raposo, são, em minha opinião, casos perdidos. Estão intoxicados pelas suas próprias lucubrações, irmanados no mesmo ódio ao Tribunal Constitucional («onde não há dinheiro, não há Constituição, não há Tribunal Constitucional, nem coisíssima nenhuma» disse Medina Carreira no programa «Olhos nos Olhos» de 9 de Setembro último;« O Tribunal Constitucional quer arrastar-nos para fora do euro» disse Henrique Raposo no programa de 14 de Outubro de 2013). E logo o Tribunal Constitucional ! — última e frágil antepara institucional aos desmandos e razias de um governo que não olha a meios para atingir os seus fins. Estes dois homens tinham forçosamente que se encontrar um dia, pois estão bem um para o outro: um diz “corta!”, o outro “esfola!”. Pena foi que o encontro fosse no seu programa, e não o café da esquina. 
 Mas a senhora é jornalista. Não pode informar sem estar informada. Tem a obrigação de conhecer, pelo menos, os factos (pontos 1-6) que acima mencionei. Tem a obrigação de estudar os assuntos de que quer tratar «Olhos nos Olhos», de não se deixar manipular pelas declarações dos seus interlocutores. Se não se sentir capaz disso, se achar que o dr. Medina Carreira é demasiado matreiro para que lhe possa fazer frente, então demita-se do programa que anima, no seu próprio interesse. Não caia no descrédito do público que a vê, não arruíne a sua reputação. Ainda vai a tempo, mas o tempo escasseia. 
 José Manuel Catarino Soares 
(Professor aposentado) 
Lisboa. 15-10-2013

É TEMPO DE PARTIR - Eugénio de Sá

O MILAGRE DA DONA ADELAIDE, MÃE DE JOSÉ SÓCRATES






Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, “viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…”.(24 H)
Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar).
Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano.
Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €.(CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA.
Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa “uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje” (24H).
Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos – que , considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65). Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000 €.
Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.
Por que a “pequena fortuna ” não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).
Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os “rendimentos ” provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.
Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês.
Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?
E há mais…
A Dona Adelaide comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida.
Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa.
Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.
Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se déssemos 500 euros aos filhos?
Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFFSHORE, os tais 224.000 euros?