27/10/2008

Aos amigos queridos

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e húmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai.

Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

- Nunca esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente, do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles ...

Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!

Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número deles. Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. Conforme o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados mais de 40 anos, eis o que ele aprendeu:

O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre a gente.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo pela gente, intervindo em nosso favor, e esperando de braços abertos, abençoando nossa vida!

Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

NOTA: Este texto, de autor desconhecido, recebido por e-mail é agora colocado ao dispor de todos os amigos visitantes deste blogue que ajudam a dar-lhe sentido e a estimular a sua continuação.

10 comentários:

Vivian disse...

...maravilha de ensinamento,
que eu já conhecia, mas amei
vê-lo novamente aqui para
que todos o leiam e aprendam.

obrigada!

muahhhhh

Ana Maria disse...

Ensinamentos sábios!
A amizade é nossa verdadeira companheira, quando é real.
Obrigada pela visita e pela sua amizade.
Bjs!

A. João Soares disse...

À Vivian e à Ana Maria, agradeço as palavras simpáticas.
Entretanto recebi do amigo BM este texto sobre o mesmo tema, que não resisto a colocar aqui para ficar visível por todos os visitantes deste espaço:

OS AMIGOS...

Tive um almoço demorado, com amigos de longa data, destinado a celebrar o aniversário de um deles. Foi uma festa com muita alegria e fraternidade, que exigiu voz afinada quando chegou a hora de cantar o habitual "Parabéns a Você".
Os amigos são o lastro da alegria. Mal daquele que não tem amigos, porque não conhecerá a camaradagem, a solidariedade, a partilha da vida. Os amigos são uma extensão da nossa família, com quem partilhamos anseios e preocupações, e com os quais, em certas circunstâncias, vivemos grande parte da nossa vida. Na verdade isto acontecia, até agora, a muita gente, porque a sua carreira profissional se desenrolava numa sólida empresa, donde apenas saía quando se reformava...
Hoje, já pouca gente tem emprego seguro. O mundo está em mudança, é um mundo menos seguro, onde a precariedade se tornou numa espécie de "risco civilizacional".
Com a precariedade do emprego aprende-se a viver na insegurança (o que parece lógico, num mundo cada vez menos seguro), mas há coisas que se perdem, e sem as quais a vida se torna desesperante: a amizade, a camaradagem, a fraternidade.
(P.S. - Nunca ouvi falar no Dia dos Amigos. Esta é uma ideia brilhante para apresentar ao deputado que pretendia instituir o "Dia do Cão"... )

Cumprimentos, de muita amizade
João

Pelos caminhos da vida. disse...

Belo ensinamento dentro de uma realidade.

Amigos são os amigos que escolhemos.

Obrigada minha mais nova amiga.

A postagem de hoje que fiz é tb para amigo,te espero lá.

beijooo.

São disse...

Que agradável leitura...
Um abraço.

A. João Soares disse...

São,
Julgo que estes textos devem ser reiterados para criarem nas pessoas menos atentas apetência pelo civismo. O mundo actual, demasiado materialista e pegado ao dinheiro, anda esquecido dos verdadeiros valores que tornam a vida mais agradável.
É nosso dever procurarmos ser felizes, porque a seguir, essa felicidade vai-se espalhando para os outros, e contrinbuimos para um mundo melhor.
Beijos
João

Unknown disse...

Caro João soares,

A amizade sincera e pura é de facto das coisas mais importantes que temos na vida.

Excelente post!

Deixo aqui um soneto em tom de comentário.

AMIZADE

Chega simples em silêncio, com humildade
Envolta num manto de ternura,
Revestida de compreensão e verdade,
Qual neve enfeitada de brancura.

Sorri à mágoa em tentativa de alívio,
Sussurra apelos rendilhados de esperança,
Espalha a paz com fragrâncias de rosmaninho,
Canta à vida que é bela e não se cansa.

É fiel de debruada de candura,
Sofre serena com carinho e bonomia,
Traz com ela o azul do céu em noite escura...

Cresce forte com saúde dia a dia,
Assim é a amizade franca e pura,
Uma fonte de amor com energia...

Ana Martins

Beijinhos

A. João Soares disse...

Querida Amiga Ana Martins,
Colocar um tão belo soneto no espaço pouco frequentado de um comentário é a mais bela prova de Amizade. Ele merece a visibilidade de um post e gostava de poder contar consigo na qualidade de colaboradora deste blogue que começou com muita humildade e discrição e tem ultimamente adquirido uma visibilidade muito interessante.
Beijos
João

Táxi Pluvioso disse...

Não contem ao CDS que a família não é a base da sociedade.

A. João Soares disse...

Caro Taxi Pluvioso,
Bem observado! Mas olhe que nunca vi um guia turístico, ao mostrar os Jerónimos aos turistas, falar-lhes dos alicerces do monumento e menosprezar os arcos e as esculturas nas paredes!
Um abraço
João