08/01/2014

Até perdi o pio!




Eis um E-mail recebido, que remeto sem comentários a propósito de ídolos:

Um traidor imortalizado pelos traídos

É admirável (para alguns) a inteligência superiormente oportunista duma figura diabólica deste país arruinado. Só tem par na acção heroica da abrilada, nesses fantásticos salvadores da PÁTRIA que, num dos maiores carnavais da nossa história, conseguiram deitar abaixo uma ditadura que há muito tinha “caído da cadeira” com o seu mentor.

É FANTÁSTICA a capacidade de carneirismo dum rebanho que, por muito que nos doa, parece mesmo merecer o pastor que o subjugou.

Nem quis acreditar nas notícias que me despertaram neste dia 30 de Maio de 2013:

Mário Soares encabeça um movimento da esquerda unida, tal luz salvadora ao fundo do túnel, para livrar este País que deu Mundos ao Mundo, do buraco sem fundo a que ele próprio ajudou a esmagar.

Vamos a ver qual a dimensão do bando de seguidores que lhe vão lamber as botas. É incrível e doloroso!

PARA OS QUE SOFREM DE MEMÓRIA CURTA:

Aquando de uma visita de Marcello Caetano a Londres, em 1973, Mário Soares, liderando um grupo de oposicionistas portugueses que protestavam contra a visita do Presidente do Conselho ao Reino Unido, pisou e cuspiu na Bandeira Nacional.

Ora quem comete tão infamante acto, não tem nível, nem perfil, nem prestígio, nem autoridade para desempenhar cargos governativos e de representação do País. Mas Mário Soares foi Ministro, Primeiro-Ministro e Eurodeputado. E mais. Foi também Presidente da
República. Por aqui se vê o nível da República.


É também por a República ter representantes pessoas como Mário Soares que sou assumidamente, e cada vez mais Monárquico, pois os nossos Reis e Rainhas não tiveram os comportamentos indignos e infamantes para com o seu País como teve Mário Soares.

Francisco Sá Carneiro também foi oposicionista do Estado Novo, e não tomou para com o seu País as atitudes indecorosas que foram tomadas por Mário Soares.

Mário Soares está também relacionado a um dos mais funestos acontecimentos da História de Portugal, que foi a descolonização do Ultramar, que ele teve a ousadia e o atrevimento de chamar de exemplar.

Os movimentos ditos de libertação surgem em pleno período da Guerra Fria, em que o Mundo era dominado pelos EUA e pela URSS, sendo que as Províncias Ultramarinas de Portugal despertavam a cobiça e o interesse de americanos e de soviéticos. Foi então que
os EUA organizaram e financiaram o UNITA em Angola, a RENAMO em Moçambique
e a UDT em Timor Leste, e a URSS o MPLA em Angola, a FRELIMO em Moçambique, o PAIGC na Guiné Bissau e a FRETILIM em Timor Leste.


Mais do que lutarem contra Portugal, os movimentos de libertação lutavam entre si, e contra si, como aconteceu em Angola, em Moçambique e em Timor Leste. Pelo que proceder-se à descolonização imediata das antigas Províncias Ultramarinas de Portugal, conforme pretendia o MFA, seria um erro político gravíssimo, com consequências nefastas.

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o poder político daí saído, no qual Mário Soares era Ministro dos Negócios Estrangeiros, em vez de preparar os povos das Províncias Ultramarinas para uma autodeterminação e autonomia progressivas, promovendo a paz e criando as condições para que as populações locais se pronunciassem em referendo sobre
que tipo de autodeterminação é que pretendiam, entregaram de mão beijada o poder aos movimentos de cariz pró-marxista e pró-soviético.


Os resultados estão à vista. Milhares e milhares de compatriotas nossos que há várias gerações se encontravam radicadas no Ultramar a terem que regressar à pressa à Metrópole
apenas com a roupa que tinham no corpo, e perdendo tudo aquilo que amealharam ao longo de toda uma vida de trabalho. Guerras civis em Angola, Moçambique e Timor Leste, com milhares e milhares de mortos e feridos. Instabilidade política na Guiné Bissau, com Golpes de Estado a um ritmo alucinante.


Mário Soares não teve a humildade sequer de pedir perdão ao Povo Português pelas atrocidades que lhes infligiu com a descolonização que ele denominou de exemplar. Pela simples razão que Mário Soares é tudo menos humilde. Se a descolonização foi de exemplar, conforme Mário Soares denomina, então foi-o pela negativa.

Claro que António Marinho e Pinto não faz referência a estes episódios, porque António Marinho e Pinto é um homem de esquerda, e estes temas são caros à esquerda. Mas os mesmos têm que ser falados, para que a caracterização de Mário Soares seja completa, e não apenas pela metade.

No demais, revejo-me integralmente no artigo que António Marinho e Pinto escreveu sobre essa sinistra personagem da nossa História.

Um abraço a quem por aqui passar

Francisco Nóbrega ... apenas mais um dos "sem fronteiras"

1 comentário:

A. João Soares disse...

Realmente M Soares fala demais, mais do que o bom senso aconselha. É o vício dos políticos.

Mas diz coisas certas. A ida de Eusébio para o Panteão Nacional é um tema que precisa de profunda análise e, depois desta, certamente, haverá a pergunta das razões que levaram para lá alguns.

Transcrevo aquilo que escrevi num comentário em 7 do corrente:

Com a proliferação de ídolos, embora efémeros, estamos a regredir para a mais antiga fase da humanidade em que o politeísmo consistia na adoração de um Deus para cada problema que o homem não percebia, o sol, o mar a lua, o vento a trovoada, etc . Mas o mundo foi evoluindo e a ciência foi dando respostas a muitas dúvidas e, então surgiu o monoteísmo.

Hoje adoram-se muitos ídolos efémeros, desde o dinheiro ao objecto tecnológico com mais capacidades que os anteriores, ao dinheiro, às pessoas que se destacam em actividades populares, mesmo que sem significado cultural sem contributo para o desenvolvimento mental e científico, como o futebol e os espectáculos alienantes. O Papa Francisco tem-se referido muitas vezes a esse culto dos ídolos efémeros que impedem o relacionamento construtivo com os familiares, colegas e vizinhos, e por vezes criam separações e conflitos clubísticos.

Abraço
João