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"Para alguns sou uma provocação, para outros sou uma resposta", diz Heidemarie.
Heidemarie Schwermer vivia confortavelmente. Tinha dois carros estacionados à porta. Um emprego como professora, outro como psicóloga. Dois filhos criados. A vida perfeita para muitos. Mas não para esta alemã: concluiu que "vivia dominada pelo ter e não pelo ser". E renunciou a tudo.
Aos 53 anos, vendeu os carros e o apartamento e encerrou as contas bancárias. O dinheiro foi distribuído pelos filhos e por aqueles que considerou necessitados. Deu os móveis, os objetos pessoais e as roupas aos amigos e aos vizinhos. Desfez-se de bens materiais.
Em 17 anos de vida sem casa, nem emprego, nem dinheiro, não teve o que comer durante um dia e meio e dormiu algumas noites no Centro Cultural Wissenschaftsladen de Dortmund, que nunca lhe fechou as portas.
A experiência tem, em suma, corrido bem, sustentada pela filosofia de "troca por troca". Heidemarie troca roupas, noites, refeições em casa de amigos por serviços como tomar conta dos filhos, cozinhar ou passear os cães. Ou, simplesmente, usufrui da generosidade alheia. Já aconteceu ganhar bilhetes para a ópera por ter atuado como terapeuta num conflito familiar.
O modo de vida é admirado pelos filhos, amigos e pelos que questionam a economia atual, mas não escapou das críticas dos que consideram a sua escolha "conveniente". A história foi dissecada em dezenas de programas de televisão e foi já transformada num filme, que suscitou particular interesse nos Estados Unidos da América, na Grécia, em Itália e Espanha.
"Comecei isto devido à situação do mundo. Parece-me injusto que haja gente de morra de fome, enquanto nós deitamos comida fora. Eu tinha uma vida confortável, mas senti necessidade de fazer algo diferente", contou ao jornal espanhol "El Mundo".
Para Heidemarie, a crise financeira está a atrair mais pessoas para um modo de vida baseado numa "economia partilhada, à margem da economia oficial" e, por isso, são cada vez menos os que estranham a sua opção e procuram perceber "que tipo de vida querem afinal".
Heidemarie Schwermer vivia confortavelmente. Tinha dois carros estacionados à porta. Um emprego como professora, outro como psicóloga. Dois filhos criados. A vida perfeita para muitos. Mas não para esta alemã: concluiu que "vivia dominada pelo ter e não pelo ser". E renunciou a tudo.
Aos 53 anos, vendeu os carros e o apartamento e encerrou as contas bancárias. O dinheiro foi distribuído pelos filhos e por aqueles que considerou necessitados. Deu os móveis, os objetos pessoais e as roupas aos amigos e aos vizinhos. Desfez-se de bens materiais.
Em 17 anos de vida sem casa, nem emprego, nem dinheiro, não teve o que comer durante um dia e meio e dormiu algumas noites no Centro Cultural Wissenschaftsladen de Dortmund, que nunca lhe fechou as portas.
A experiência tem, em suma, corrido bem, sustentada pela filosofia de "troca por troca". Heidemarie troca roupas, noites, refeições em casa de amigos por serviços como tomar conta dos filhos, cozinhar ou passear os cães. Ou, simplesmente, usufrui da generosidade alheia. Já aconteceu ganhar bilhetes para a ópera por ter atuado como terapeuta num conflito familiar.
O modo de vida é admirado pelos filhos, amigos e pelos que questionam a economia atual, mas não escapou das críticas dos que consideram a sua escolha "conveniente". A história foi dissecada em dezenas de programas de televisão e foi já transformada num filme, que suscitou particular interesse nos Estados Unidos da América, na Grécia, em Itália e Espanha.
"Comecei isto devido à situação do mundo. Parece-me injusto que haja gente de morra de fome, enquanto nós deitamos comida fora. Eu tinha uma vida confortável, mas senti necessidade de fazer algo diferente", contou ao jornal espanhol "El Mundo".
Para Heidemarie, a crise financeira está a atrair mais pessoas para um modo de vida baseado numa "economia partilhada, à margem da economia oficial" e, por isso, são cada vez menos os que estranham a sua opção e procuram perceber "que tipo de vida querem afinal".
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