13/10/2011
SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALIL
Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é ser discreto.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correcto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o carácter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão,
intolerância, ateísmo...falsidade.
Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo,
vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não
aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correcta.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!
GLÓRIA KALLIL
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3 comentários:
Caro Luís,
Bom texto que encerra os preceitos que aqui vêem sendo defendidos. Interessa mais o ser do que o ter, devemos respeitar os outros como queremos ser respeitados, não fazendo aos outros o que não queremos que nos façam.
Com muitas insistências nos mais interessantes valores éticos, a sociedade irá tornar-se melhor, mais humana e pacífica. E, nesta época de crise, as pessoas são mais sensíveis ao abanão moral da acção psicológica.
Abraço
João
Caríssimo Amigo João,
Ainda há um longo percurso a percorrer pois os exemplos de "cima" são muito maus. Senão veja-se neste ambiente de crise em que a Austeridade tem ido até à exaustão para as classes média, pobre e paupérrima não vai afectar os mais abonados nem a classe política... Os ministros continuam a receber subsídios "chorudos" de renda de casa, o Presidente desloca-se aos Açores com uma comitiva ridiculamente grande (bagageiros, mordomo, enfermeira,etc., etc.)lembrando as deslocações de Mário Soares! Apesar de alguns dos mais ricos do País se terem prestado a que as medidas de austeridade lhe fossem extensivas parece que nada se decidiu nesse sentido. E as reduções nos custos do Estado e Afins para quando? Será que querem acabar com a "galinha dos ovos de ouro" com tantos impostos sempre aos mesmos? Sinceramente é demais!
Um forte e amigo abraço.
Caro Luís,
As alterações nos comportamentos colectivos são demoradas. Roma e Pavia não se fizeram num dia. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Há que insistir com perseverança, persistência.
Os do poder estão conluiados com os vários sectores do poder, desde as religiões e seus apêndices, grupos sociais elitistas ligados ao grande capital e as diversas formas deste, como o armamento, a droga, os bancos, a Comunicação Social, etc.
Não se querem molestar mutuamente, e aliam-se sempre em prejuízo dos pobres, aqueles que deviam ser protegidos e defendidos, criando-lhes uma vida melhor. Os objectivos humanitários são esquecidos, desvirtuados e usados apenas como bandeira eleitoral na caça ao voto.
Não se pode esperar muito dos políticos, tal como os regimes estão a usar uma falsa propaganda de ilusória democracia.
Mas cuidado com as revoluções em que os algozes passam a ser outros mas a miséria não diminui e o povo será novamente o mexilhão que se lixa quando o mar bate na rocha.
Abraço
João
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