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17/09/2018

A ACTIVIDADE ADIA O ENVELHECIMENTO

Um estudo comissionado pela empresa britânica de suporte ortopédico Neo G, apurou que fazer festas a animais, ir de férias, conviver com os amigos e passar tempo com o parceiro são actividades que ajudam a aliviar o ‘peso’ dos anos, a sentir-se mais jovens.

Os investigadores afirmam que os indivíduos mais activos sentem-se entre 12 a 15 anos mais rejuvenescidos, relativamente às pessoas menos activas.

Paul Starkey, porta-voz da Neo G, disse: “Há séculos que queremos e tentamos sentirmo-nos e parecermos mais jovens”.

“Quando se trata de reter a juventude – não é de todo cliché – sentirmo-nos jovens por dentro é um factor fundamental”.

“As pessoas que parecem e se sentem muito mais jovens do que aquilo que aparentam – os chamados jovens de espírito – sempre foram um mistério para a ciência, por isso e felizmente esta pesquisa conseguiu revelar algumas das atividades que podemos incorporar no nosso dia a dia para alcançar essa forma de estar”.

“Este estudo salienta a necessidade de continuarmos a cuidar de nós próprios, independentemente da idade e de aproveitar o melhor que a vida tem para nos oferecer – quer isso para uns signifique ser mais ativo ou passar mais tempo com os amigos e a família”, reiterou Starkey.

Recordo que aqui publiquei os seguintes postes relacionados com este assunto:
MANTER O CÉREBRO JOVEM E SAUDÁVEL http://paoesaude.blogspot.com/2018/09/manter-o-cerebro-jovem-e-saudavel.html
REGRAS PARA IDOSOS http://cvssemprejovens.blogspot.com/2018/09/regras-para-idosos.html

09/09/2018

REGRAS PARA IDOSOS

Regras para os anos dourados, a nossa idade, de «sempre jovens»!

Para aqueles de nós que alcançaram os anos dourados, está aqui uma colecção bonita do material para a reflexão. 

  20 regras a aplicar

1. É hora de usar o dinheiro que você economizou. Usá-lo e apreciá-lo.
Não o guarde para aqueles que não podem ter noção dos sacrifícios que fez para o conseguir.
Então aproveite o momento presente.

2. Pare de se preocupar com a situação de seus filhos e netos.
Você cuidou deles por muitos anos, você deu-lhes uma educação, eles são agora responsáveis por si mesmos.

3. Mantenha uma vida saudável com um exercício moderado, coma bem, ande, respeite seu sono, porque se torna mais difícil permanecer na saúde perfeita. Mantenha-se informado sem excessos.

4. Compre sempre o melhor e os artigos mais bonitos para você.
O objectivo principal é aproveitar a vida.

5. Não enfatize as pequenas coisas.
Você já superou muitas coisas em sua vida, hoje o importante é o presente.
Não deixe que o futuro o assuste.

6. Independentemente da idade, procure sempre manter o amor vivo.
O amor de tudo, da sua família, do seu ambiente, do seu país.

7. Orgulhe-se, tanto por dentro como por fora.
Não pare as saídas. Cure seu corpo, você vai se sentir melhor e mais forte.

8. Não perca de vista as tendências da moda para a sua idade, mas mantenha o seu senso de estilo.
Você desenvolveu seu próprio sentido do que parece bom para você: mantenha esta trajetória e seja orgulhoso. Mantenha sua personalidade.

9. Leia os jornais, assista ao noticiário.
Ouça, leia, certifique-se de ter um e-mail activo e
tente usar algumas das redes sociais.
Você será surpreendido por novos encontros.

10. Respeite as gerações mais jovens e as suas opiniões.
Dê conselhos, não críticas e tente lembrá-las da sabedoria de ontem que ainda se aplica hoje.

11. Nunca use as palavras: "no meu tempo". A sua hora é agora.
Você era mais jovem, mas você ainda existe agora, divirta-se e aproveite a vida.

12. Abrace a sua idade dourada.
Gaste seu tempo com pessoas positivas, feliz, elas vão se descontraindo com você e seus dias parecerão muito mais agradáveis.

13. Não ceda à tentação de viver com seus filhos ou netos, eles devem viver suas vidas e você precisa viver a sua.

14. Não desista do seu tempo de lazer.
Se você não tem um hobby, você pode-o organizar para recreação.
Encontre algo de que você goste e tenha bons momentos, divertindo-ser.

15. Mesmo que isso nem sempre encante você, aceite os convites: baptismos, festas, aniversários, casamentos, palestras. Vá em frente!
O importante é sair de casa, de vez em quando.

16. Fale menos e ouça mais.
Não conte histórias longas a menos que seja perguntado.
Tome a palavra com tom cortês e tente ser positivo.

17. Se você tem sido ofendido por outros, perdoe-lhes.
Alguém disse: "manter um dente contra o outro é como tomar veneno"

18. Se você tem uma forte convicção, mantenha-a.
Não desperdice seu tempo tentando convencer os outros.
Viva para ser fiel às suas crenças e escolhas.

19. Ria. Ria muito. Ria de tudo.
Convença-se de que está entre os mais afortunados. Você conseguiu ter uma vida, uma vida longa.

20. Não dê importância ao que os outros digam.
Orgulhe-se de ser você mesmo, orgulhoso do que você realizou.
Ainda há muita felicidade a obter, então obtenha-a!

E lembre-se: a vida é muito curta para beber vinho barato!

É apenas senso comum!!!!

05/03/2018

TERCEIRA IDADE. NÃO RECEIE

No que respeita a caducidade das chamadas “Pessoas da Terceira Idade”, os Geriatras explicam que é uma etapa da vida que varia conforme a cultura e desenvolvimento da sociedade em que tais pessoas vivem.

Por exemplo, em países classificados como «em vias de desenvolvimento», alguém é considerado da "Terceira Idade" a partir dos 60 anos. No entanto a Geriátrica ou Geriatria, ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e as principais ocorrências na pessoa idosa, considera que somente após alcançar 75 anos a pessoa é considerada de "Terceira Idade".

Nessa idade as pessoas têm habilidades regenerativas limitadas. As mudanças físicas e emocionais expõem a perigo a qualidade de vida dos idosos.

O Geriatra Alemão Dr. Michael Ramscar considera que:

" Afinal, os cérebros das pessoas mais velhas são lentos só porque elas sabem muito.

As pessoas não declinam mentalmente com a idade.

Os cientistas acreditam que elas apenas têm mesmo mais tempo para recordar factos e acumulam muito mais informações nos seus cérebros.

Muito parecido com o que acontece nos discos rígidos dos computadores quando ficam cheios, dificultando assim o tempo de acesso às informações pretendidas.

Os investigadores dizem que esta desaceleração não é o mesmo que o declínio cognitivo.

O cérebro humano funciona mais lentamente na velhice, disse o Dr. Michael Ramscar, mas apenas porque temos armazenadas mais informações. Com o tempo, o cérebro de pessoas mais velhas não fica mais fraco. Pelo contrário, elas simplesmente sabem mais.

Mesmo quando as pessoas mais velhas se esquecem do que iam fazer na outra dependência da casa, esse não é um problema de memória mas apenas uma forma da Natureza as obrigar a fazer mais exercício físico"...



03/11/2017

CLUBE DA TERCEIRA IDADE



Este blog não podia deixar de publicar este vídeo. Foi criado por uma tentativa de criar um Clube Virtual de Seniores. As suas iniciais constam no título do blog que, por sugestão de um dos sócios se chama «Sempre Jovens». O clube não continuou por os idosos não serem atraídos por computadores. Mas mantêm actividade os Amigos Arnaldo MF e as brasileiras Circele Maria e Claudya

23/08/2017

MULTIPLICAR A FELICIDADE, DIVIDINDO-A

Transcrição de notícia

"O cuidar do outro devia ser mais reconhecido na sociedade"
23 DE AGOSTO DE 201700:39. Joana Capucho



Ângelo Valente é animador sociocultural no Centro comunitário da Gafanha do Carmo MARIA JOÃO GALA / GLOBAL IMAGENS

O animador sociocultural Ângelo Valente diz que os portugueses estão a começar a gostar mais de si próprios, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."

Na lousa que segura nas mãos exibe o seu lema de vida: multiplicar a felicidade, dividindo-a. É assim desde sempre. Ângelo Valente, de 34 anos, nasceu com lábio leporino e fenda do palato, uma má formação que o obrigou a ser submetido a mais de 20 intervenções cirúrgicas até aos 19 anos. Por ser diferente, sofreu bullying e ainda hoje passa por episódios difíceis, mas aprendeu a aceitar-se exatamente como é. É um distribuidor de alegria. Era assim na escola, nos hospitais por onde passou e é assim agora junto dos idosos com os quais trabalha. "De certa forma, a minha postura sempre foi diferente, quer pela espontaneidade, quer pela alegria, quer pela preocupação em tornar o ambiente melhor."

Há cerca de sete anos que trabalha no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo. Tem o curso técnico-profissional de animação sociocultural e, ao lado de Sofia Nunes, gerontóloga, fez que o centro se tornasse provavelmente na instituição de apoio aos idosos mais mediática do país. Fazem vídeos com milhares de visualizações, distribuem abraços, realizam sonhos. Tornaram-se um modelo que é seguido em Portugal e lá fora. O segredo? "O amor. Esta é muito mais do que uma ideia romântica. Aqui, aceitamos as pessoas como elas são e gostamos muito delas. Quando isso acontece, elas transformam-se."

Para o país melhorar, defende que tem de valorizar aquilo que as pessoas são capazes de fazer. "Infelizmente, o trabalho em Portugal é pouco prestigiante", lamenta. Refere-se, por exemplo, à profissão do cuidador. "Trabalhamos num sítio onde as pessoas ganham o ordenado mínimo para tomar conta do outro, que devia ser algo mais reconhecido na sociedade, porque é das coisas mais prestigiantes da função humana." Vivemos numa sociedade onde "auxiliares de saúde, de geriatria e enfermeiros vivem em condições salariais mínimas", mas não se refere apenas às remunerações. "Antes de sermos mediáticos, dizíamos que trabalhávamos num lar de idosos e a reação era: "Oh, coitadinhos." Agora "toda a gente quer trabalhar aqui".

Não lhe faltam ideias para o país, mas há uma que considera essencial: "Os portugueses têm de gostar mais de si próprios." Se isso acontecer, acredita que tudo vai correr melhor. "Até já estamos a começar a fazê-lo", muito graças às vitórias no Europeu de futebol e na Eurovisão e ao turismo. "Foi preciso os turistas virem para cá e dizerem que a nossa terra é incrível para nós despertarmos para o facto de que ela é incrível." Acredita que estamos melhor desde que a troika saiu, precisamente porque as pessoas gostam mais de si mesmas, mas há um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."

Com todas as qualidades e o potencial que o país tem, Ângelo acredita que pode muito bem transformar-se na Florida da Europa. "Temos um dos melhores climas para envelhecer: o inverno não é rigoroso e o verão também não." Por isso, sugere, é preciso trabalhar "os 800 quilómetros de costa portuguesa" para chamar os reformados estrangeiros.

É apaixonado pelo país, pelo trabalho, pelo surf, pela sua terra. "Praia da Vagueira, a melhor praia do mundo." Os olhos brilham e o sorriso rasga-se quando fala da sobrinha. É um homem de emoções. "São a nossa principal ferramenta." Todos os dias, das 09.00 às 10.00, Ângelo e Sofia ligam o computador na sala de estar e cantam com "a família" que formaram com os utentes. O resultado - os sorrisos - está à vista de todos. Mas não basta querer. Nos workshops e conferências que dão pelo país perguntam-lhes como se faz. "Não há uma regra. Não podemos dizer que devem chegar à sala e dizer "olá" com um ar feliz. Se não sentires, não vale a pena fazeres isto noutro sítio."

Quem entra no Centro percebe, desde logo, que aquele é um sítio bom para envelhecer. Mas será assim no resto do país? "Moro num sítio onde em cinco minutos estou num hospital, mas já trabalhei num sítio onde demorava duas horas a chegar e onde esse hospital foi fechado. Vi velhinhos que morreram por causa disso", conta. Por isso, "gostava que as oportunidades fossem iguais para todos".

Recentemente, Ângelo visitou um lar em Oiã que acolheu uma família de refugiados. "A integração daquelas pessoas foi super inspiradora". Erradamente, lamenta, a sociedade associa "energias muito negativas aos refugiados", sem se lembrar de que "fugiram de coisas muito mais terríveis do que aquelas que levaram uma parte da população de Portugal a fugir".

Há cerca de um mês, Ângelo tornou-se, a título voluntário, responsável pela comunicação do Beira-Mar. É um "comunicador nato", mas diz que não corresponde aos "padrões de comunicação". Quando o mediatismo começou, chegou a ser afastado de entrevistas televisivas "por não falar bem" e, mais recentemente, foi legendado num programa. "É como teres uma bola à tua volta: tu és diferente." Portugal não será "dos piores países do mundo a lidar com a diferença", mas "os padrões ainda estão muito marcados".

07/05/2017

HÁ IDOSOS TRATADOS DE FORMA PERVERSA


Há idosos tratados de "forma absolutamente perversa"
170507. Por Lusa

O provedor de Justiça considera que há idosos tratados "de uma forma absolutamente perversa", graças a uma sociedade que inverteu a pirâmide social e trouxe "consequências dramáticas" para as pessoas mais velhas, como o abandono ou a solidão.

Em entrevista à agência Lusa, José de Faria Costa apontou que a sociedade atual não só não está preparada para "responder aos anseios da população mais idosa", como inverteu a pirâmide social e com isso trouxe "consequências dramáticas" para as pessoas mais idosas, "nomeadamente coisas pouco bonitas", mas reveladoras do atual sistema de valores.

"Os filhos a ficarem com as pensões dos pais e serem os vizinhos a dizerem ao provedor que há uma pessoa acamada, sozinha e os filhos ficam-lhe com o dinheiro das pensões", exemplificou.

Apontou outro tipo de situação, "muito mais grave", que acontece quando se aproxima a época de verão, em que "alguns filhos" começam a diminuir a terapêutica aos pais, fazendo com que eles entrem em perda e sejam internados de urgência.

"Como os filhos sabem que só os podem deixar se eles forem internados de urgência, obviamente começam a fazer isso e isso é uma coisa maquiavélica, péssima, que dá um retrato muito feio da sociedade portuguesa", criticou.

Segundo o provedor de Justiça, que não quis alongar-se muito sobre o assunto, estas realidades foram mais presentes nos tempos da "crise profunda", mas salientou que basta haver apenas um caso por ano "para mostrar a perversidade com que é tratada a velhice".

José de Faria Costa lembrou que, durante o ano de 2016, o provedor de Justiça recebeu, através da Linha do Idoso, mais de 2.800 telefonemas, perto de oito chamadas por dia, tendo havido 105 contactos por causa de maus-tratos, além de 74 situações de isolamento ou solidão, e outras 20 por abandono.

São os próprios idosos interessados quem mais vezes recorreu no ano passado à linha telefónica, representando 48% do total de telefonemas, a maior parte mulheres (1.724), com idade entre os 71 e os 80 anos (969).

Segundo José de Faria Costa, o provedor de Justiça faz frequentemente trabalho social, revelando que são muitas vezes os serviços do provedor que conseguem uma marcação de uma consulta, encaminham a pessoa para a ajuda mais próxima quando ela não sabe ler uma fatura de gás ou luz, ou quando alguém liga ao provedor porque não sabe preencher o IRS.

Motivos pelos quais o provedor afirmou que mais do que as recomendações que possa fazer, e que podem ou não ser acatadas, importa-lhe a resolução de problemas concretos.

"O que me interessa é receber uma carta da pessoa do Portugal mais profundo a dizer-me: 'senhor provedor obrigado, o meu muito obrigado, o meu problema foi resolvido'. E eu tenho centenas de cartas. Isso é que é importante no trabalho do provedor", sublinhou.

Em matéria de recomendações, aliás, José de Faria Costa acredita que teve um "altíssimo índice de acatamento" durante os seus quatro anos de mandato, mas garantiu que o seu trabalho nunca esteve centrado na recomendação.

"Avaliar o meu exercício através do número de recomendações é absolutamente redutor. O que se deve avaliar é através das situações concretas que eu resolvi e essas estão aí e podem ser avaliadas", rematou.

30/04/2017

RESPEITAR E APOIAR OS IDOSOS

Os idosos não precisam apenas de comer e dormir
(Publicado em O DIABO de 21 de Março de 2017)

Os idosos, principalmente quando são mendigos ou sem abrigo, não deixam de ser pessoas a merecer respeito pelos seus direitos humanos. Os apoios sociais têm desenvolvido uma actividade meritória, mesmo que ainda incipiente, no apoio material, dando comida e, por vezes, abrigo aos mais desprotegidos. Mas os idosos, mesmo os menos carentes, não precisam apenas de comer e dormir. Precisam também de ser ajudados a manter activo o seu lado espiritual, psíquico, através de ocupação cultural, de curiosidade pelo que se passa, de transmissão do seu saber acumulado durante a vida e até de fazer algo de útil, em trabalhos de lavores, de pinturas, de artesanato, de bricolage, de arte musical, etc. Esse apoio, devidamente orientado, contribuirá para manter activos os sentimentos, afectos, amizade e sentido de utilidade. Isso e a realização de contactos entre os residentes em lares e alunos de escolas poderá contribuir, pela transmissão do saber sedimentado pela idade, para ajudar estes jovens a serem mais conscientes e felizes num mundo com mais ética e civismo e a ter comportamentos sociais mais correctos e com flexibilidade para se adaptarem às condições sempre mutáveis da sociedade. Um lar bem organizado deverá ter algumas semelhanças com uma academia para séniores, com base no voluntariado.

Os dirigentes este tipo de instituições devem ter sensibilidade e humanismo para obterem os melhores resultados e serem, por isso, convenientemente respeitados e valorizados.

Recordo que o Secretário-Geral das Nações Unidas, em 26 de Fevereiro, disse que o "desrespeito pelos direitos humanos é uma doença" que se está a espalhar pelo mundo e sublinhou que, para atalhar a um tal perigo desta epidemia social, a "prevenção deve ser a prioridade". E para cimentar a convicção de que é preciso praticar activamente o respeito pelos direitos humanos, deverá, sem demora, ser respeitado o conceito de que as pessoas, além do corpo, têm uma alma que precisa de ser apoiada. E uma situação psíquica equilibrada ajuda a viver mais e melhor.

É certo que, num lar de idosos, há pessoas que já são pouco ou nada receptivas a apoio psíquico ou cultural, mas as que ainda possuem ligação com as outras deverão sentir-se melhor com estas ajudas, do que se estiverem paralisadas em frente da TV de que não tiram benefício significativo. Talvez seja preferível que olhem para os trabalhos artísticos e os lavores feitos por colegas e que olhem para os seus exercícios de dança, de ginástica, de ensaios corais, de leitura de poesias, etc.

Por outro lado, os trabalhos realizados podem ser objecto de exposição ao público, com fundo musical de alguns cantos, dança, fotografias, etc. que contribuirá para realçar a imagem do lar de idosos que levar a cabo essa actividade e, ao mesmo tempo, para divulgar a «prioridade» a que se referiu o engenheiro António Guterres. Esses trabalhos também podem ser vendidos, se os autores estiverem de acordo, e o resultado da venta ser destinado a melhoria das suas vidas ou a outro fim de beneficência.

Se a ociosidade é mãe de todos os vícios, as pessoas, dentro das suas possibilidades e energia disponível, devem evitar parar e estagnar, por que isso é provocar um fim prematuro. Devem manter-se o mais activas que puderem, quer física quer psiquicamente.

António João Soares
14 de Março de 2017

22/02/2016

IDOSOS. EVITAR O SEU ISOLAMENTO

              
Os sinais que indicam que o idoso não deve viver sozinho

Guia para saber quando é que chegou a hora de pensar em soluções para não deixar os idosos a morar sozinhos

Quando os filhos saem de casa os pais ficam sozinhos mas em idades avançadas, nem sempre têm condições para morar sozinhos e sem assistência.
Para saber quando chegou a hora de pensar a soluções para que os idosos não continuem a morar sozinhos, a editora do site Caring, Paula Spencer Scott, criou um guia para ajudar as famílias que se encontrem nesta situação.

Confirme na lista, divulgada pelo site UOL, se os idosos que conhece já passaram por situações parecidas e, por isso, devem começar a ter apoio constante:

- Acidentes ou problemas recentes, como quedas, emergências de saúde e pequenos acidentes de carro;
- Recuperação lenta de doenças;
- Agravamento de uma condição crónica;
- Dificuldades de gestão de actividades do dia a dia, como vestir-se, tomar banho e cozinhar;
- Mudanças físicas, como perda ou aumento de peso, ossos mais frágeis ou odores corporais desagradáveis;
- Diminuição das actividades sociais, incluindo passeios com amigos, visitas a vizinhos ou participação em eventos religiosos e outras actividades de grupo;
- Ficam muitos dias sem sair de casa;
- Passam dias sem contactar com familiares ou visitas;
- Há alguém nas proximidades que possa ajudar em caso de incêndio, acidentes ou terremotos?
- Correspondência desorganizada, espalhada ou fechada;
- Sinais de distraccão, como esquecer-se de pôr o cinto quando conduz ou marcas de acidentes por falta de atenção;
- Sinais de falta de memória pela casa, como alimentos fora de validade, objectos em locais inapropriados ou até mesmo sujidade de há muito tempo;
- Sinais de pequenos incêndios;
- Plantas e animais de estimação abandonados;
- Sinais de negligência, como janelas partidas ou ralos cheios de sujidade ou lixo espalhado;
- Pergunte a opinião do médico do idoso.

11/07/2015

19 CONSELHOS PARA DEPOIS DOS 60

Depois dos 60 anos, 19 regras básicas excelentes!

1. É hora de usar o dinheiro que você economizou toda sua vida.

Usá-lo agora e não guardá-lo para que não desfrutem os que não conhecem o sacrifício de havê-lo conseguido, geralmente pessoas que nem sequer são da família: genros, noras, sobrinhos. Recorde-se que não há nada mais perigoso que um genro com ideias. Cuidado: não é época para aplicações por maravilhosas que pareçam, estas só lhe trarão angustias e esta época é para ter muita paz e tranquilidade.

2. Deixe de preocupar-se com a situação financeira de filhos e netos.

Não se sinta culpado de gastar seu dinheiro consigo próprio. Provavelmente, você já lhes ofereceu o que foi possível na infância e juventude como uma boa educação. Agora, portanto, a responsabilidade é deles.

3. Já não é época de sustentar a ninguém de sua família.

Seja um pouco egoísta, mas não usurário. Tenha uma vida saudável, sem grandes esforços físicos. Faça exercícios físicos moderados (por exemplo andar regularmente) e alimente-se bem.

4. Compre sempre o melhor e mais fino: ao fim e ao cabo é para você.

Recorde-se que nesta época, um objetivo chave é gastar o dinheiro com você, com seus gostos e caprichos e os de sua parceira. Depois de morto o dinheiro só gerará ódios e rancores. Nada de angustiar-se por pouca coisa. Na vida tudo passa, sejam os bons momentos que devem ser recordados, sejam os maus que devem ser rapidamente esquecidos.

5. Independentemente da idade, mantenha vivo o amor sempre.

O amor à sua parceira, o amor à vida, o amor ao teu próximo.

6. Esteja sempre limpo, tome um banho diariamente.

 Seja vaidoso. Frequente o barbeiro, faça as unhas, vá ao dermatólogo, ao dentista, use perfumes e cremes com moderação. Mesmo que agora você não seja elegantíssimo, seja pelo menos bem-cuidado.

7. Nada de ser muito moderno, tente ser clássico. É triste e dá pena ver gente idosa com penteados e roupas feitas para jovenzinhos.

8. Mantenha-se sempre atualizado.

Leia livros e jornais, ouça o rádio, veja bons programas na TV, visite a internet com boa frequência, envie e responda "e-mails", utilize-se das redes sociais, mas sem afobação nem criar vício com elas.

9. Respeite a opinião dos jovens apesar de que as vezes podem estar equivocados.

Muitos deles estão melhor preparados para a vida do que nós estávamos quando tínhamos a sua idade.

10. Jamais use a expressão "Em meu tempo".

Seu tempo é hoje, não se confunda!!! Está certo recordar o passado, mas com nostalgia moderada e feliz de havê-lo vivido.

11. Não caia na tentação de viver com os filhos ou netos.

Ainda que de vez em quando vá alguns dias como convidado, respeite a intimidade deles, mas especialmente a sua. Se lhe falta sua companheira, consiga logo uma empregada que o acompanhe e colabore com as tarefas de casa e só tome esta decisão quando não puder dar mais de si ou o fim esteja bem próximo.

12. Pode ser muito divertido conviver com pessoas de sua geração.

E o mais importante, não dará trabalho a ninguém. Mas aproxime-se de gente positiva e alegre, nunca com "velhos amargurados".

13. Cultive um passa-tempo.

Pode viajar, caminhar, cozinhar, ler, dançar, criar um gato, um cão, cuidar das plantas, jogar cartas, golfe, navegar pela internet, pintar, ser voluntário em uma ONG, ou colecionar algo. Faça o que gosta e o que seus recursos permitam.

14. Aceite todos os convites.

De batizados, colação de grau, aniversários, bodas, conferências...Visite museus, vá ao campo... o importante é sair de casa por um tempo. Mas não se aborreça se não lhe convidam porque as vezes não se pode. Com certeza quando você era jovem tampouco convidava seus pais para TUDO.

15. Fale pouco e escute mais.

Sua vida e seu passado só interessam a você mesmo. Se alguém lhe perguntar sobre estes assuntos, seja breve e procure falar de coisas boas e agradáveis. Jamais se lamente de algo. Fale em tom baixo e com cortesia. Não critique nada, aceite as situações como elas são. Tudo é passageiro.

16. As dores e as doenças estarão sempre presentes.

Não as torne mais problemáticas do que são, falando sobre elas. Trata de minimizá-las. Afinal, elas afetam somente a você e são problemas seus e de seus médicos. Lastimando-se nada conseguirá, asseguro.

17. Ria, ria muito, ria de tudo.

Você tem sorte, você teve uma vida, uma vida longa e a morte será apenas uma nova etapa incerta, assim como foi incerta toda a sua vida.

18. Não se preocupe do que digam, menos ainda do que pensem de você.

 Se alguém lhe disse que agora você não faz nada de importante, não se preocupe. O mais importante você já fez: você e sua história, boa ou má, já passaram. Agora trata-se de passar uma fase, a mais dourada, aprazível e feliz que lhe seja possível.

19. Permaneça apegado a religião apenas o necessário, não mais.

 Rezando e implorando todo o tempo como um fanático, nada conseguirá. Se você é religioso, vivencie intensamente, porém sem ostentação. O bom é que "em breve, poderá fazer seus pedidos pessoalmente"......hehehehehe.....

E lembre-se:

"SOMOS O QUE FAZEMOS, MAS SOMOS, PRINCIPALMENTE, O QUE FAZEMOS PARA MUDAR O QUE SOMOS"

Nota : texto recebido por e-mail.Imagem de arquivo

19/06/2015

DEPRESSÃO NO IDOSO



DEPRESSÃO ACUDIDA A TEMPO É REVERSÍVEL, NÃO DESANIMAR COM OS EFEITOS COLATERAIS DO INICIO DO TRATAMENTO.
EFEITO APÓS A TERCEIRA SEMANA...

16/06/2015

IDOSOS PRECISAM DE SOLIDARIEDADE



Tenho ido visitar pessoa amiga internada numa Casa de Repouso em CASCAIS e saio sempre preocupado, com as condições do fim da vida de muita gente que, embora se encontre num lar com pessoal carinhoso e eficiente, vive abandonada pelos familiares e amigos que o esqueceram. Há pessoas muito deficientes e afastadas do mundo real, que precisam de receber visitas frequentes de familiares e de amigos.

Por seu lado, as comunicações dos residentes entre si raramente são animadoras, dado o seu estado de saúde mental e desgaste psíquico agravado pelas saudades dos seus anteriores «amigos» conhecidos e familiares que deixaram de lhes dar o indispensável afecto e carinho.

Muitas pessoas que conhecem um destes idosos a quem dirigiam palavras amáveis, de ocasião, provam agora que não sentiam por eles um mínimo de afecto, de amizade. Por vezes, perguntam por eles no café ou no restaurante onde os encontravam, mas não dão um passo para fazer um gesto, um carinho, um afago que anime e melhore a qualidade de vida psíquica da pessoa de quem era suposto serem amigas. Não interessa levar uma guloseima, mas é importante dizer uma palavra amiga, fazer uma carícia na mão ou na face, o que não custa dinheiro. Mesmo quem trabalha o dia inteiro, pode fazer isso, ocasionalmente, depois do trabalho ou no fim-de-semana.

A SOCIEDADE É POUCO SOLIDÁRIA E OS IDOSOS SÃO OS MAIS PENALIZADOS POR ISSO. PENSEMOS NAQUILO QUE GOSTAREMOS DE SENTIR QUANDO ESTIVERMOS EM SITUAÇÃO SEMELHANTE.

Não custa muito, num momento mais livre, comunicar com um conhecido que esteja solitário em casa ou internado num lar e transmitir-lhe uma palavra de conforto, de amizade, de afecto que o ajude a enfrentar com mais ânimo as suas dificuldades. E, numa visita a uma casa de repouso ou lar, procurar transmitir afecto também a outros residentes.

É preciso alertar na Internet as pessoas para tal necessidade de solidariedade. Devemos procurar melhorar a afectividade da humanidade.

10/01/2013

Estou velho ? Felizmente !

Fiz anos. Muitos. Mais do que esperava quando era jovem.

Recebi às primeiras horas os parabéns de uma amiga e colega de blogue, à qual dedico estas reflexões que as suas palavras me inspiraram.

Poder beneficiar da sua amizade e da sua simpatia é uma fortuna extraordinária. Sempre atenta à agenda e sempre disponível para emitir raios calorosos de felicidade que tornam o mundo melhor numa convivência mais harmoniosa e com uma felicidade contagiante. A vida é um caminho por vezes difícil e com muitos obstáculos que temos que saber ultrapassar ou tornear com sensibilidade e persistência, tirando o melhor ensinamento de cada dificuldade.

A dada altura, neste blogue levantou-se a polémica de se dizer idoso e não velho. Tomei a posição de preferir «velho» não dando importância ao dito «velhos são os trapos», porque uma pessoa não é um trapo, nem novo nem velho, e a velhice bem preparada ao longo da vida transforma as pessoas num armazém recheado de sabedoria adquirida ao longo dos anos, desde que estes sejam vividos na busca da compreensão dos outros e daquilo que nos cerca. Não é por acaso que em algumas tribos africanas, o soba, antes de tomar decisões importantes, reúne o «Conselho dos Velhos» e os ouve atentamente, para reduzir a possibilidade de erro, para não cair em entusiasmos fáceis que a experiência dos tempos mostrou não serem o melhor caminho.

A vida não é uma riqueza bem definida, sólida e com prazo de duração estabelecido, mas sim uma peça preciosa muito frágil que pode partir-se em qualquer momento e devemos estar preparados para esse momento, sem angústia e sem receio. Há pouco mais de 57 anos, estive prestes a perdê-la e entre os muitos amigos espalhados por vários pontos do país circulou a notícia de que tinha partido. Mas consegui ultrapassar essa pedra encontrada no caminho, embora só tivesse recuperado totalmente a operacionalidade do braço esquerdo cerca de sete meses depois, com uma cicatriz enorme no braço e um corpo estranho junto da artéria femoral na anca esquerda.

Aprendi então a respeitar a vida sem medos e sem o habitual sentido de posse de um bem interminável, mas com a convicção de que ela deve ser aproveitada, no dia-a-dia, para desempenharmos acertadamente as nossas tarefas e tudo o que pudermos fazer para bem dos que estão mais próximos e de toda a humanidade. O exemplo de bem viver de forma positiva, difundindo valores e princípios de bem conviver com harmonia, constitui um factor de irradiação de felicidade que beneficia a humanidade e se reflecte, retornando para nós e dando-nos alegria de viver e força anímica para continuar. Cada um de nós deve agir com rigor e eficiência no desempenho das suas tarefas e cumprir com entusiasmo e persistência os seus deveres como elemento da humanidade. O bem ou o mal do mundo depende das acções e das palavras dos seres que o constituem, porque é o somatório dos actos de cada um.

Mas, apesar desta filosofia de vida ser útil e positiva, não impede que a vida continue a ser um caminho com variados obstáculos, as pedras da picada, que obrigam a continuar a conduzir atentamente para evitar acidentes. Quem ler as minhas reflexões deixadas ao longo destes blogues compreende bem a minha dedicação ao ambiente que nos cerca, à humanidade. Mas, surgem muitas pessoas investidas de poder sem terem um mínimo de sensibilidade para os assuntos que vão interferir de forma muito incisiva nas vidas das pessoas. Há «responsáveis» que se deixam encantar cegamente pela música dos números sem terem uma noção correcta de que por trás deles há pessoas, com problemas, individuais, familiares, profissionais, dos quais saltam dificuldades demasiado corrosivas para as suas vidas. Não é por acaso que os números de crimes violentos e de suicídios têm aumentado.

Algumas de tais entidades procuram atender aos alertas de pessoas sensatas mas não mostram possuir clarividência nem sensatez para agir da forma mais correcta que inspire confiança e crie esperança em dias melhores. E, na ausência de tais qualidades, acabam por tomar atitudes do tipo de ser «pior a emenda do que o soneto» e fazem promessas fantasiosas, sem base sólida, mentirosas, falaciosas, sem plano nem agenda, não inspirando a mínima credibilidade, antes reduzindo mais a pouca existente. Só para ilustrar esta alusão cito, de entre muitas outras, uma promessa de 14 de Agosto de 2012 e uma de 9 de Janeiro de 2013.

Apesar do desprendimento da vida a que me habituei há mais de 57 anos, como atrás referi, sinto com angústia o desprezo que os governantes têm pelos idosos, os doentes e os deficientes, em resumo, os não activos, e aconselhando a deixar de recorrer ao serviço nacional de saúde porque este está em risco de encerrar por falta de dinheiro. Isto evidencia a tendência materialista e monetarista de recusar apoio aos que dele mais necessitam. Além das dificuldades crescentes no apoio de saúde, há os cortes de subsídios de férias e de Natal os aumentos de preços e, de uma forma geral, a redução do dinheiro disponível para a satisfação de necessidades vitais. Chega a ter-se a dúvida de se não terão como objectivo a eliminação de todos os inactivos, por os considerarem pesados nas contas do Estado.

Por esta razão, dadas as circunstâncias, será necessário e, mesmo, indispensável que os governantes façam um esforço para passarem a tomar decisões claras e convincentes para as pessoas e com a aceitação destas, como é próprio das democracias. Governar não pode reduzir-se a um exercício teórico em sala isolada do país e dos seus cidadãos. Será bom que sejam postos em prática conceitos de humanidade como os referidos no início desta reflexão.

À Querida Amiga (...) agradeço ter-me inspirado a estas palavras neste dia.

Iamgem de arquivo

08/08/2012

Idoso na caixa do supermercado


Isto é o que acontecerá quando formos obrigados a voltar a trabalhar depois dos 70 anos.

17/03/2012

Solidariedade nas sociedades ditas «evoluídas»

Costumo responder a todos os comentários que surgem nos meus blogues, desde que sejam expressos de forma educada, e, em resposta ao da já conhecida comentadora Rosélia, no post Desta forma a humanidade melhorará depois de alguma argumentação «prometi fazer um post sobre a conversa entre Mister Smith e Mister Brown em que se vê a diferença entre o comportamento das pessoas nas grandes cidades e na pequenas aldeias do interior. Trata-se de um texto que li algures em data e local já esquecidos, mas cuja ideia tenho fresca na memória e, já que tenho de recriar, mudo os nomes e o local da conversa, eis o caso :

Em plena primavera o velho senhor Sousa, numa sexta-feira, ao sair da galeria do Chiado Terrasse, em Lisboa, deparou com o seu velho amigo Freitas e, depois dos cumprimentos habituais, aprendidos e praticados durante muitas dezenas de anos, surgiu o seguinte diálogo:

- Amigo Freitas, ainda bem que o encontro porque não queria deixar de me despedir de si porque na próxima segunda-feira, partirei de comboio com destino à minha terra Natal, Poiares perto de Freixo de Espada à Cinta.

- Mas o Amigo Sousa vai lá passar uma semana ou um mês? Certamente, nesse interior muito atrasado irá sentir muita saudade da vida cultural de Lisboa a que está, muito habituado.

- Caro Freitas, não se trata de uma semana nem de um mês ,mas do resto da minha vida. Vou passar lá os meus últimos das.

- Nem quero acreditar, que o amigo Sousa tenha decidido prescindir dos prazeres culturais e artísticos de que tanto gosta: as conferências na Sociedade de Geografia, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, as visitas às exposições de pintura e escultura, ao bom teatro, à Ópera do S. Carlos, as horas passadas em museus e bibliotecas, ou nas boas livrarias, além dos convívios e cavaqueiras com velhos amigos de gostos semelhantes aos seus. Por outro lado, na nossa idade, precisamos de ter perto um bom apoio de saúde, que lá, de certeza, não irá ter.

- O Freitas tem muita razão em estranhar esta decisão, mas foi tomada depois de longa reflexão que, como o amigo sabe, sempre costumo fazer antes de tomar decisões importantes. Realmente, lá não tenho nenhum dos benefícios que o desenvolvimento aqui me proporciona. Mas repare que, se aqui me der um colapso e cair no passeio, as pessoas, com os hábitos actuais, passam ao lado e, quando muito, dizem «o raio do velho apanhou uma bebedeira e está aqui a corti-la». Havendo condições de apoio de saúde não as accionam, não chamam o INEM, nem gritam pela Polícia para vir socorrer. E morro anonimamente como qualquer mendigo ou sem-abrigo. Mas na minha terra, quando isso me acontecer, não há hipóteses de chamar qualquer apoio porque a sua chegada, devido à distância, já não seria oportuna nem eficaz mas, antes de fechar definitivamente os olhos, ouço palavras como «O sr Sousa teve este problema, o Sr Sousa vai-nos deixar». Portanto inicio a nova viagem tendo a companhia de gente conhecida e amiga até à partida.

Imagem de arquivo

24/09/2011

Homenagem à turma de cabelos brancos

Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

"Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo!", o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, celular, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ....," - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.

O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

- Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens porque estávamos ocupados em inventá-las. E você, um pelintra de m..da arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido de pé !

10/09/2011

Idosos merecem respeito e apoio



Filhos e netos devem ter respeito pelos seus ascendentes e dar-lhes todo o apoio possível. É gratidão, é o dividendo de uma vida de sacrifício e preocupaçções em benefício da família que foi aumentando.

19/07/2011

Trocar idosos por reclusos

UMA IDEIA A EXPLORAR?...

Colocar os nossos IDOSOS nas cadeias, e os delinquentes fechados nas casas dos velhos .

Desta maneira, os idosos teriam todos os dias acesso a um duche, lazer, passeios.
Não teriam necessidade de fazer comida, fazer compras, lavar a loiça, arrumar a casa, lavar roupa etc.
Teriam medicamentos e assistência médica regular e gratuita.
Estariam permanentemente acompanhados.
Teriam refeições quentes, e a horas.
Não teriam que pagar renda pelo seu alojamento.
Teriam direito a vigilância permanente por vídeo, pelo que receberiam assistência imediata em caso de acidente ou emergência, totalmente gratuita.
As suas camas seriam mudadas duas vezes por semana, e a roupa lavada e passada com regularidade.
Um guarda visitá-los-ia a cada 20 minutos e levar-lhes-ia o correio directamente em mão.
Teriam um local para receberem a família ou outras visitas.
Teriam acesso a uma biblioteca, sala de exercícios e terapia física / espiritual.
Seriam encorajados a arranjar terapias ocupacionais adequadas, com formador instalações e equipamento gratuitos.
Ser-lhes-ia fornecido gratuitamente roupa e produtos de higiene pessoal.
Teriam assistência jurídica gratuita.
Viveriam numa habitação privada e segura, com um pátio para convívio e exercícios.
Acesso a leitura, computador, televisão, rádio e chamadas telefónicas na rede fixa.
Teriam um secretariado de apoio, e ainda Psicólogos, Assistentes Sociais, Políticos, Televisões, Amnistia Internacional, etc., disponíveis para escutarem as suas queixas.
O secretariado e os guardas seriam obrigados a respeitar um rigoroso código de conduta, sob pena de serem duramente penalizados.
Ser-lhes-iam reconhecidos todos os direitos humanos internacionalmente convencionados e subscritos por Portugal.

Por outro lado, nas casas dos idosos:
Os DELINQUENTES viveriam com € 200 numa pequena habitação com obras feitas há mais de 50 anos.
Teriam que confeccionar a sua comida e comê-la muitas vezes fria e fora de horas.
Teriam que tratar da sua roupa.
Viveriam sós e sem vigilância.
Esquecer-se-iam de comer e de tomar os medicamentos e não teriam ninguém que os ajudasse.
De vez em quando seriam vigarizados, assaltados ou até violados.
Se morressem, poderiam ficar anos, até alguém os encontrar.
As instituições e os políticos não lhes ligariam qualquer importância.
Morreriam após anos à espera de uma consulta médica ou de uma operação cirúrgica.
Não teriam ninguém a quem se queixar.
Tomariam um banho de 15 em 15 dias, sujeitando-se a não haver água quente ou a caírem na banheira velha,
Passariam frio no Inverno porque a pensão de € 200 não chegaria para o aquecimento.
O entretenimento diário consistiria em ver telenovelas, a Fátima, o Goucha, a Júlia Pinheiro e afins na televisão.
Digam lá se desta forma não haveria mais justiça para todos, e os contribuintes agradeceriam?

NOTA: Quem teve esta ideia devia ganhar um prémio. Embora na prática actual ela possa ser encarado com ironia, repare-se como reflecte um conjunto de conceitos e de vectores que tem tanto de triste como de real! Merece profunda meditação sobre a injustiça social que nos condiciona a vida.

Imagem do Google

10/07/2011

Idosos. Amanhã seremos nós


PÚBLICO. 10.07.2011 - 08:31

As Nações Unidas colocaram Portugal na lista negra dos países que pior tratam dos seus idosos, com 39 por cento dos mais velhos vítimas de violência.

Segundo o Relatório de Prevenção contra os Maus Tratos a Idosos, da Organização Mundial de Saúde, o país tem 39,4 por cento de idosos vítimas de abusos. Os dados mostram ainda que 32,9 por cento são vítimas de abusos psicológicos, 16,5 por cento de extorsão, 12,8 por cento de violação dos seus direitos, 9,9 por cento de negligência, 3,6 por cento de abusos sexuais e 2,8 por cento de abusos físicos.

Dos 53 países europeus analisados pelo relatório, Portugal surge entre os cinco piores no tratamento aos mais velhos, juntamente com a Sérvia, Áustria, Israel e República da Macedónia.

Por dia, quatro milhões de idosos são vítimas de humilhações físicas e psicológicas na Europa. A directora da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, considera a situação “muito grave”. No caso específico de Portugal, este é considerado um "problema sério".

“A população europeia está cada vez mais envelhecida, por isso é urgente que os governos resolvam este problema social o mais rápido possível, e que os serviços de saúde prestem socorro às vítimas de maus tratos”, escreve a responsável no relatório. Em 2050, estima-se que um terço da população terá mais de 60 anos.

"As pessoas não têm vergonha de discriminar os idosos, ao contrário do que acontece com a discriminação por razões étnicas ou de género", considerou uma especialista na matéria, Sibila Marques, que em Maio publicou o ensaio “Discriminação na Terceira Idade”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos. "São os próprios idosos a acreditar na sua falta de valor”, disse a investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, aquando do lançamento da obra.

Zsuzsanna Jakab considera que os maus tratos a idosos são um "problema de saúde e social. Evitá-lo é uma questão de direitos humanos e de solidariedade social".

Em Portugal, desde 2000 que o número de idosos ultrapassou o número de jovens e actualmente quase metade das pessoas com idade superior a 65 anos têm 75 ou mais anos, segundo dados recolhidos pela Pordata. “Lutamos para que as pessoas vivam mais, temos de preparar a sociedade para que esteja habilitada a responder. Mas, não é isso que temos, o que dizemos é que os idosos são um fardo económico ao nível da Segurança Social, que não está preparada” para estes cidadãos, disse à agência Lusa Stela António, professora de Demografia e de Introdução à Gerontologia do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica.

A falta de preparação da sociedade para os idosos está relacionada com “a atitude e valores” face aos mais velhos, mas também com a própria ideia que muitos idosos partilham de que “já não servem para nada”, acrescentou Stela António.

Foto de Pedro Cunha