A JMJ e a religião
Teoricamente, qualquer religião surgiu por inspiração de um
filósofo, profecta, com intenção de desafiar os crentes a ela aderentes a
realizar «sonhos de bem» e a «cultivar anseios de unidade, paz e fraternidade».
Para darem força a este projecto criaram um Deus, que, embora teórico, deve ser
adorado por todos e criador de tudo o que existe de melhor e difusor de bons
conselhos para serem exercidos em direcção aos melhores resultados.
A Jornada Mundial da Juventude, presentemente em curso em Lisboa
durante uma semana, constitui uma acção muito construtiva para melhorar a
humanidade numa data em que muitos comportamentos ofendem todas as regras de
ética, de harmonia, de paz, de fraternidade e de respeito geral entre todos os
humanos, com grande profusão de crimes, entre países, na vida pública e nas
próprias famílias.
Nesta Jornada Mundial da Juventude JMJ), iniciada há poucas
horas em Lisboa, jovens provenientes de todo o mundo que cultivam anseios de
unidade, paz e fraternidade, desejam realizar os seus sonhos de bem e estão a
estimular a população a seguir a sua intenção. Será bom que os jovens e as
pessoas fiquem mais atentos aos ensinamentos divinos e não continuem a
papaguear orações sem meditarem no significado das palavras que recitam. Merecem
muita atenção os principais ensinamentos contidos na segunda parte da oração
«Pai Nosso».
Será bom que fiquem mais atentos aos
ensinamentos divinos e não continuem a papaguear orações sem meditarem no
significado das palavras que recitam. Os principais ensinamentos contidos na
segunda parte da oração «Pai Nosso» falam de pedidos ao Pai, no entanto o Pai
não nos vem dar nada de material mas, segundo os textos bíblicos, ensina-nos a
um comportamento correcto e, na segunda parte da oração, vêm pedidos que devem
ser interpretados como comportamentos que devemos ter.
«O pão nosso de cada dia» não deve ser pedido, mas é
um conselho para evitarmos a ambição e não pensarmos em ser milionários, mas
apenas ter o necessário para vivermos. A seguir, surge outra lição de
comportamento, segundo a qual, devemos pretender que nos sejam perdoadas «as
nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». Isto é, devemos
respeitar os outros para sermos respeitados por eles a fim de podermos viver em
harmonia e paz. Depois, diz que devemos evitar «deixar-nos cair em tentação»,
do álcool, da droga, da ambição, da corrupção, etc. E, por fim, devemos
«livrar-nos do mal», dos crimes e outras infracções pequenas ou grandes.
O nosso futuro não será proveniente de milagres, mas
apenas consequência do nosso comportamento. Nisto recordo-me de ter visto no
livro «Conversas com Deus» que foi traduzido pela Editora Diário de Notícias,
em que, à pergunta do jornalista se faz milagres, foi respondido que «não faço
porque isso seria uma transgressão às leis rigorosas com que construí a
Natureza». É que aquilo que vai acontecendo na vida é apenas o resultado das
nossas acções, do cuidado com que nos comportámos e o nosso comportamento deve
seguir os conselhos constantes nos livros religiosos que foram elaborados para
o nosso bem.
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