31/01/2013

DIÁLOGO ENTRE GÊMEOS


O Cético e o Lúcido
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebés. O primeiro pergunta ao outro:
1- Você acredita na vida após o nascimento?
2- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

1- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
2- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.


1- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
2- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

1- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
2- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.


1-- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
2- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.


1- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
2- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...


PENSE NISSO.....


                           **Autor desconhecido.
Recebido por e-mail

30/01/2013

VALORIZE A VIDA


Que valor tem sua vida para você mesmo?
Vivemos a vida como se ela fosse interminável. Mas ela é muito breve.
Para as pessoas superficiais a rapidez da vida as estimula a viverem destrutivamente, sem pensar nas consequências de seus comportamentos. Para os sábios, a brevidade da vida os convida a valoriza-la como um tesouro inestimável.
Ser sábio não quer dizer ser perfeito, não falhar, não chorar, e não ter momentos de fragilidade.
Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como ocasião para corrigir rotas, cada fracasso como uma chance para ter mais coragem,  palavras de Augusto Cury.
Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria, nas derrotas são amigos da reflexão.
Aprenda a ser sábio, aquele que sabe cuidar carinhosamente de sua vida, como uma joia preciosa. 

29/01/2013

TRAGÉDIA EM SANTA MARIA / RG / BRASIL


A Maior Tragédia de  Nossas Vidas

                                    Fabrício Carpinejar


Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.

Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.

Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?

O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.

ESTAMOS DE LUTO...

28/01/2013

AS RIQUEZAS DO NOSSO PAÍS!





Mande emoldurar e ande com a moldura sempre consigo e vá dando a ler às gentes com quem se cruza, em qualquer lado. O brasileiro Scolari ensinou-nos isto, mas com as bandeirinhas. Viu o êxito que teve. Todos nós aderimos e nos sentimos orgulhosos.
AMR

PORTUGAL É UM DOS POUCOS PAÍSES DO MUNDO QUE PODE FECHAR AS SUAS
FRONTEIRAS PORQUE A NATUREZA LHE DEU TUDO QUANTO É NECESSÁRIO PARA QUE
O SEU POVO POSSA VIVER FELIZ E EM PAZ! O QUE O POVO DESCONHECE DESTE SEU "MISERÁVEL" PAÍS!

Por acaso sabe que o SEU “POBRE PAÍS” possui:

- A maior ZEE da UE... tão grande como todo o continente europeu?

- 80% de solo arável, quase em completo abandono?

- Invejável rede hidrográfica a nível mundial?

- Grandes reservas de água doce, em aquíferos subterrâneos... Inesgotáveis?

- As maiores reservas de ferro, da UE, de excelente qualidade?

- As maiores reservas de cobre da Europa (segundas no mundo)?

- As maiores reservas de tungsténio  (volfrâmio) da Europa?

- As maiores reservas de lítio da Europa?

- As maiores reservas de terras raras

- As segundas maiores reservas de urânio da Europa?

- Grandes reservas mineiras de ouro; prata e platina?

- Grandes reservas de carvão mineral de excelente qualidade?

- E as incomensuráveis riquezas que as águas do Atlântico escondem?

- Uma das maiores reservas de petróleo da Europa que já vão ser exploradas na costa do Algarve, por companhias alemães e espanhola... E vão pagar a Portugal 20 cêntimos por barril enquanto ele está nestes dias a 92 dólares o barril...

- Reservas de gaz natural e de gisto, que dá para Portugal pelo menos para 100 anos sem precisar de ninguém!

- E isto e apenas a ponta do iceberg... Portugal tem muito mais!

TUDO ISTO parecendo... SUBAPROVEITADO OU ABANDONADO! (mas ao mesmo tempo a ser roubado pela calada)...

Em contraste, aquilo que nos levou ao abismo:

- Maiores reservas de ladrões do nosso bem estar e não só, da Europa!

- Maiores reservas de BOYS (cerca de meio milhão) da Europa!

- Maiores reservas de inúteis e parasitas da UE!

- Maiores reservas de pseudopolíticos da Europa e não só!

- Maiores reservas de burocracia da Europa e não só!

- Maiores reservas de desorganização em serviços públicos da Europa e não só!

Se duvida, informe-se em fontes fidedignas e verá que a realidade vai muito além!

Este é de longe O PAÍS MAIS RICO DA U.E., na sua dimensão, levado à ruína!

Pense como poderia ser a sua vida e a dos seus descendentes se este País tivesse tido VERDADEIROS GOVERNOS, compostos por gente honesta, competente e patriota!

O POVO LUSITANO MERECE MELHOR, MUITO MAIS... E ASSIM SERÁ!

26/01/2013

PARA UMA AVÓ QUERIDA - Eugénio de Sá

Você quer ser feliz? Então será feliz !!!



Dona "Maria" é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia, às 08 da manhã, ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquilhada, apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a funcionária veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direcção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela interrompeu-me com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar uma prenda.
- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona "Maria", a senhora ainda nem viu o seu quarto... Espere um pouco...
- Isto não tem nada a ver, respondeu ela: felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo a minha expectativa.
E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todos os dias quando acordo.
Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e todos podem aprender, e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois pediu-me para anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.
2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)
3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.
'Uma mente preguiçosa é a oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie mais as pequenas coisas - Aprecie mais.
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!
6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica connosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio. Não o descarte.
8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa.
10. Diga às pessoas que as ama e que ama a cada oportunidade de estar com elas.

"O que de nós vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas?"
" O mundo é de quem se atreve."
"Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."

De autor não identificado. Recebido por e-mail

Imagem de arquivo

25/01/2013

A GENTE ERA FELIZ E NÃO SABIA...






PARABÉNS... VOCÊ SOBREVIVEU... E EU TAMBÉM...
PARABÉNS A TODOS  OS MENINOS E MENINAS QUE SOBREVIVERAM AOS ANOS
1930, 40, 50, 60 E 70!

Primeiro, sobrevivemos sendo filhos de mães que fumavam, bebiam, enquanto 'nos esperavam chegar'... Nem elas nem nós, morremos por isso...

Elas tomavam aspirina, comiam queijos curtidos e azulados sem serem pasteurizados, e não faziam teste do pezinho ou de diabete.

E depois do traumático parto, nossos berços eram pintados com tintas a base de chumbo em cores  brilhantes e divertidas.

Não tínhamos tampinhas protectoras para chupetas ou mamadeiras, nem nos frascos de remédios, portas ou tomadas, e quando andávamos nas nossas bicicletas, não usávamos capacetes, isto sem falar dos perigos que corríamos quando pedíamos caronas.

Sendo crianças, andávamos nos carros sem cintos de segurança, air-bags e não ficávamos só nos bancos de trás...

E andar na bagageira ou na carroceria de uma pick-up num dia ensolarado de verão era uma diversão premiada.

Bebíamos água no jardim da mangueira e não de uma garrafa plástica. E era água pura.

Compartilhávamos um refrigerante com outros quatro amigos todos bebendo da mesma garrafa e ninguém que eu me lembre ficou sequer doente por isso .

Comíamos bolos, pão com manteiga e tomávamos refrigerantes açucarados, mas não ficávamos gordos de ficar lesos, simplesmente porque ESTÁVAMOS SEMPRE BRINCANDO NA RUA, NA CALÇADA, NO QUINTAL OU NO JARDIM, OU NA PRAÇA.

Saíamos de manhã e brincávamos o dia inteiro, desde que voltássemos antes das luzes da rua se acenderem.

Ninguém conseguia falar com a gente o dia todo. E estávamos sempre bem, tanto que sobrevivemos.

Passávamos horas construindo carrinhos de caixote para deslizarmos rua abaixo e só quando enfiávamos o nariz em alguma árvore é que nos lembrávamos que precisava ter freios. Depois de alguns arranhões, aprendemos a resolver isto também, por nossa conta...

Não tínhamos Playstations, Nintendos, Arquivos X, nenhum vídeo game, nem 99 canais de seriados violentos ou novelas peçonhentas, nenhum filme em DVD ou VT ou VHS, nem sistemas de surround sound, muito menos telefones celulares, ou computadores de bolso, ou Internet ou salas de Chat...

TÍNHAMOS AMIGOS. Íamos lá pra fora e nos encontrávamos ou conhecíamos um novo!

Caímos de árvores, nos cortávamos, quebrávamos uma canela, um dente, e ninguém processava alguém por isso. Eram acidentes.

Inventávamos jogos com paus e bolas de ténis e até minhocas e sapos eram dissecados por nós, cortávamos rabos de lagartixa para ficar olhando nascer um novo, e nos diziam o que ia acontecer se não nos comportássemos, mas nada acontecia nem quando engolíamos uma minhoca pra ser mais valente que o outro.

Íamos de bicicleta ou a pé para a casa de algum amigo e batíamos na porta ou tocávamos a campainha ou simplesmente abríamos a porta e entravamos e ficávamos conversando com eles ou brincando.

Os dentes de leite tinham jogos de teste, mas nem todo mundo passava nem ficava desesperado. Nem os pais interferiam com suas carteiras ou com suas vozes de poder. Tínhamos que aprender a ficarmos decepcionados. Imagine só!

Quebrarmos uma lei ou outra não resultava em castigo nem bronca homérica. Eles até estavam sempre ao lado da lei e da ordem... E agora?

Foram  essas gerações que produziram alguns dos mais aventureiros solucionadores de problemas, inventores e autores de todos os tempos!

Nos últimos 50 anos nós testemunhamos uma explosão de novidades e novas ideias.

Tínhamos liberdade, podíamos errar, fracassar, ter sucesso e responsabilidade, e aprendemos que não há nada melhor que ter NASCIDO LIVRES. POIS SÓ ASSIM APRENDEMOS A VIVER E SOBREVIVER!

VOCÊ que está lendo provavelmente é um de nós. PARABÉNS!

Talvez você queira compartilhar isso com mais um de nós que você conhece e conheceu naquele tempo. No tempo que nós tivemos a sorte de sermos crianças, antes que os advogados, os pediatras e o governo estragassem nossas vidas de vez, nos transformando em bibelôs e barbies, e que nunca jogaram bola de gude...

z i z o

Reunião em Trafalgar Square

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Uma empresa inglesa de telemóveis promoveu uma mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais de 13 mil pessoas. A empresa simplesmente enviou um convite através da rede celular: "Esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário". E nada mais foi dito. Os que foram acharam que iam dançar, como acontece noutras mobilizações desse tipo. Mas, na hora, distribuíram microfones. Muitos, muitos mesmo, fizeram um karaoke gigante, de surpresa. É de arrepiar. Se você um dia apreciou os Beatles, vai-se emocionar...

Não se deixe transformar em vinagre...

Agora que a velhice começa, preciso aprender com o vinho a melhorar envelhecendo e, sobretudo, a escapar do perigo terrível de, envelhecendo, virar vinagre.

É tão importante saber envelhecer! Saber descobrir o encanto de cada idade. Sem dúvida, há limitações que a velhice traz. 

Mas feliz de quem envelhece como frutas que amadurecem sem travo... Feliz de quem envelhece por fora, conservando-se em compreensão para com tudo e para com todos, caminhando, sempre mais no amor de Deus e no amor do próximo... 

Quem conserva acesa a sua chama, quem mantém entusiasmo pelo que faz, quem sente razões para viver pode ter o rosto cheio de rugas e a cabeça toda branca, ainda assim é jovem! 

Quem não entende a vida e não descobre a razão para viver e não vibra, não se empolga, pode ter vinte anos, mas já envelheceu. 

Qualquer que seja sua idade, guarde estes pensamentos: "O importante não é viver muito ou pouco, mas realizar na vida o plano para o qual Deus nos criou. As rosas, a rigor, vivem um dia. Mas vivem plenamente porque realizam o destino de graça e de beleza que vêm trazer à Terra." 

Se sentirem que os anos passam e a mocidade se vai, peça a Deus, para si e para os que se tornam menos jovens, a graça, de envelhecendo, não azedar, não virar vinagre. 

Cada fase em nossa vida é única, e como tal deve ser vivida... O dom da vida que nos foi dado, deve sempre ser valorizado no momento atual, pois não sabemos até quando vai nossa missão nesse pequeno espaço que ocupamos... 

Saber amadurecer pode ser uma arte, mas com certeza, arte maior é saber desfrutar com todo sabor o doce de se tornar um pouco mais maduro a cada dia...

(D.Helder Câmara) 
 
 

20/01/2013

Um dia, ao olhar para trás...

... o homem verá o rastro de destruição que ele deixou na natureza.E nesse dia, haverá apenas a dor da sua própria consciência...



17/01/2013

SOL VERSUS CHUVA

SOL VERSUS CHUVA

A chuva salpicou,
molhou, pelos corpos, ruas, resvalou,
lavando calçadasa, vestuário,
e até almas,
num compasso antigo
que renovou.

A chuva caiu, ligeira,
e o Sol apressado,
tenta furar a cortina que se forma,
jovem, apressado.

Mas a chuva, velha, teimosa,
não lhe permite a entrada triunfal
tão desejada,
e o obriga a um esforço ,
em que resiste,
à velha louca, apressada.

Lentamente, em exercício de insistência,
lá rompe a cortina,
sem violência,
enfrenta a velha caricata,
com paciência,
estende um raio tímido que ataca.

E tendo ultrapassado esta guarda,
a tendo combatido suavemente,
o Sol, forte, esperto, então ataca,
e se apresenta como Rei, veemente.

 isabel martins 2013-01-13

SOLA DESCOLADA

SOLA DESCOLADA

Um sapato com uma sola subitamente descolada,
schlapp, schlapp,,,, pela rua fora,
representa o imprevisto da vida
que nos apanha de súbito, e sem demora.
 

Tenta-se colar, não há alternativa,
com uma cola que se apanha à mão,
mas na realidade é sol de pouca dura,
o superficial não dura não.

Fica o exemplo, para a vida restante,
que o superficial se acaba, não perdura,
aposte-se sim no profundo, com sentimento,
que apesar de demorado é de longa cura.
 
 isabel martins 2013-01-13

UM GRANDE AMOR - Eugénio de Sá

Mais uma profecia a realizar-se



Em 1954 foi esta previsão. Na altura deve ter sido pensado que era mera publicidade.
Mas as ideias por mais estranhas que possam parecer, se tiverem utilidade para alguém, acabam por frutificar.
Aconteceu com as ficções de Júkio Verne e com as do Big Brother do romance «1984» lançado em 08-06-1949 de George Orwell.
Com a evolução das tecnologias a imaginação por mais ousada que seja é depressa ultrapassada e, em resultado, a vida torna-se menos natural, menos humana e mais maquinal.

15/01/2013

Presidente RAFAEL CORREA do Equador a descrever em Sevilha a Crise Espanhola (e a Crise Portuguesa) falando do Equador




Rafael Correa chegou ontem à tarde à Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, onde era aguardado por uma multidão de pessoas. Veio explicar como tinha o Equador saído da crise da sua dívida ou, como ele próprio chamou, da «longa noite neoliberal» na qual afundaram o país na década de noventa: a acção conjunta de banqueiros insaciáveis, políticos corruptos e governos cegamente obedientes às medidas desreguladoras do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Parecia estar a descrever o que se está a passar em Espanha e no Sul da Europa, porque o processo era quase uma fotocópia do seguido aqui, de tal modo que, para não provocar conflitos diplomáticos, avisou no início da conferência que «não vinha dar conselhos ao governo espanhol sobre a forma de sair da crise, mas sim descrever o que tinha acontecido no país dele».
A sala onde decorreu a conferência estava a abarrotar de estudantes e havia mais três salas onde se seguia a sua intervenção por video-conferência. Mesmo assim, não era suficiente. Fora, no campus, um numeroso grupo de estudantes que tinham ficado sem lugar gritava durante metade da conferência: «Que saia Correa!»
O presidente do Equador situou a origem dos problemas económicos do seu país na década de setenta, em pleno boom do petróleo. Nessa altura, o Equador crescia a um ritmo de 10 por cento, superior ao que a China apresenta actualmente. Então, quando houve excesso de liquidez, começaram a aparecer em Quito os burocratas do FMI, do BM e da banca internacional, predicando o endividamento agressivo. O país começou a comprar compulsivamente no estrangeiro todo o tipo de coisas, entre as quais, obviamente, pacotes de armamento caríssimos.
Em 1982, o Equador já não conseguiu pagar a dívida e a situação explodiu. Naquela altura, disse Correa, «entrou em funcionamento a lógica financeira do FMI, que dá a prioridade ao pagamento da dívida, acima de tudo». Os sucessivos governos equatorianos sentiram a necessidade de endividar-se uma e outra vez para poder pagar os cada vez mais altos juros de uma dívida que continuava a crescer. «O objectivo da economia passou a ser o pagamento das dívidas do próprio Estado e dos bancos, enquanto a população empobrecia cada vez mais», acrescentou, levando os estudantes a aplaudir entusiasticamente. «O círculo infernal em que se encontram actualmente Grécia e Portugal» – afirmou Correa, que, por respeito ao país anfitrião, não incluiu a Espanha nesta referência.
No Equador, sustentou o Presidente, «a dívida privada interna (a dos bancos) foi paga à base de empréstimos externos, mas à custa do endividamento do Estado». Também desta vez não referiu Espanha, mas lembrou que dois anos antes, numa visita a Portugal, tinha avisado o governo português do risco de acontecer o mesmo no país vizinho. Augúrio cumprido.
O passo que o Equador deu em seguida também é bem conhecido nestas latitudes: «Foi o das privatizações, desregulações e cortes sociais, ditados pelo consenso de Washington, a Bíblia do neoliberalismo para a América Latina». (Algo semelhante ao que ditam actualmente Berlim ou Bruxelas). «Impuseram-nos leis», disse o Presidente, «que, diziam eles, impulsionavam a competitividade e a flexibilidade no trabalho, que é o mesmo que explorar os trabalhadores», esclareceu a uns estudantes cujos aplausos e entusiasmo continuavam a aumentar. «Demonizavam a despesa pública quando era para pagar aos professores, mas não quando era para comprar armas», voltou a esclarecer.
Foi nesta conjuntura que o Equador entrou no ano 2000, no qual 16 bancos foram à falência. «Então, os políticos, que não representavam os cidadãos mas sim os poderes económicos, tudo fizeram para que a crise fosse paga pelo povo», referiu, tendo todo o cuidado para não mencionar em momento algum a Espanha, enquanto as quatro salas aplaudiam com grande alvoroço. Correa explicou que, pouco antes da falência, o governo em funções criou um Fundo de Garantia de Depósitos, que não teria sido uma má ideia se o objectivo não tivesse sido o de cobrir as perdas das entidades financeiras que faliram imediatamente depois. “Desta forma, as perdas da banca foram socializadas”. O presidente equatoriano manteve-se firme na decisão de não fazer comparações com a Espanha.
O «quintalinho» equatoriano recebeu o nome de encautamiento de depósitos (cativação de depósitos), que se traduz na proibição governamental de os cidadãos utilizarem o dinheiro que tinham no banco. Depois chegou a dolarização, os suicídios – «chegamos a conhecer um novo fenómeno, o suicídio infantil» – e a emigração de milhões de equatorianos (alguns dos quais presentes na conferência).
Correa criticou abertamente a independência do Banco Central Europeu, «que não está a fazer o necessário para que a Europa saia da crise». «A ideia de que a economia não é política não resiste a uma análise séria e torna-se uma estupidez argumentar que os tecnocratas que a dirigem tomam decisões sem interesses políticos concretos, como se fossem seres celestiais que não estão contaminados pela maldade terrena». Nesta altura o público estava rendido. Depois, dirigindo-se aos estudantes, disse: «Quando a burocracia financeira internacional toma decisões, não está a pensar em solucionar o vosso desemprego, está a pensar no pagamento da dívida». E disse-o com a elegância de colocar como sujeito dessa acção a burocracia internacional... não os políticos locais.
Foi mais directo ao evocar um cartaz que tinha visto em Sevilha nessa manhã e que dizia «Gente sem casas e casas sem gente». «Se seguirmos a lógica dos poderes financeiros vamos chegar ao pior dos mundos possíveis, no qual as pessoas não terão casas e os bancos terão casas de que não precisam». Os despejos são inumanos, disse, e «não tem lógica que uma pessoa que entrega a casa, por não a conseguir pagar, fique endividado para sempre». O presidente explicou que, quando chegou ao governo em 2007, implementou de imediato diversas medidas: eliminou a hegemonia do seu banco central, auditou e reestruturou a dívida, eliminando o embuste da «dívida ilegítima» e recuperando títulos de dívida a 35 por cento do seu valor nominal. Depois pagou o resto, «para se livrar do condicionamento do FMI, como haviam feito o Brasil e a Venezuela». Correa terminou lembrando que «expulsei de Quito a missão do Banco Mundial e há seis anos que a burocracia financeira internacional não voltou ao meu país.  Agora estamos melhor do que nunca».
Tradução de David Mesa
Revisão de Rita Veloso
Veja-se também a intervenção de Rafael Correa na XII Cimeira Ibero-Americana, em Cadiz, no dia 17 de Novembro de 2012 (em castelhano):