10/09/2007

Governos Assassinam Idosos

O governo anterior, do PSD e do partido populista* do Ponto de Encontro, com a colaboração directa da Mizé das Nozes Pintainho, planearam tratar da saúde aos idosos. Esse governo só não destruiu completamente a Segurança Social e o sistema de pensões por falta de tempo. Que desgraça, saímo-nos duma para cairmos noutra que se não terminou com o sistema, como a anterior teria feito, tornou-o inefectivo. Grande diferença!

Com este governo, que desgoverna e mente descaradamente, ouvimo-lo constantemente falar em novas ajudas e apoios sociais. Ultimamente, durante vários dias, impingiram-nos mais uma burla. A da comparticipação nos óculos e pagamento de medicamentos para idosos.

Sobre os óculos, qualquer pessoa que seja obrigado a usá-los ou tenha um familiar nessas condições, certamente conhece que o montante atribuído só consegue cobrir o custo duma armação com lentes simples e sem adições astigmáticas ou graduações de valores baixos. Ou seja, O montante atribuído só auxilia aqueles com necessidade duma correcção visual muito moderada. Aqueles cuja necessidade requer correcções menos simples e cujos óculos podem custar cinco vezes ou mais que o montante atribuído são casos obliterados pelo governo. Os que vêm pior ficam a descoberto. Será necessário lembrar que nos outros países da Europa não é assim, visto políticos e jornaleiros no-lo esconderem? Que se poderá comentar acerca de tais decisões senão que só podem ser concebidas por pura malvadez?

Quanto aos medicamentos, na semana passada, em conversa com uma médica ao serviço da Santa Casa da Misericórdia e que também faz avaliações sobre a necessidade de medicamentos dos idosos para doenças crónicas, ela lamenta-se que bem que tente ajudar os idosos mais pobres, a sua tarefa é quase impossível devido à regulamentação. Com efeito, segundo ela, só os doentes terminais têm direito a medicamentos gratuitos. O termo usado sobre as doenças terminais é mascarado sob o desígnio de «doenças crónicas especiais», em que a definição da Santa Casa para a palavra «especiais» é aquela que se conhece para doenças terminais. Repete-se aqui, judiciosamente, a mesma pergunta com que se terminou o parágrafo anterior: Que se poderá comentar acerca de tais decisões senão que só podem ser concebidas por pura malvadez?

Estes médicos – e todos os outros – criticam os governos por em Portugal os medicamentos usados em tratamentos preventivos não merecerem a mínima participação da parte do estado. Segundo eles – e não é nenhuma novidade – o estado gasta rios de dinheiro em tratamentos após as doenças declaradas, porquando na maioria dos casos se poderia limitar a relativamente pequenos montantes, caso os medicamentos preventivos fossem participados. Com efeito, quando ainda não se tem a doença e se tem pouco dinheiro, raros são aqueles que o gastam na prevenção, sobretudo quando os sintomas não os afectam demasiado. Mais tarde vêm as grandes despesas em operações cirúrgicas, custosos tratamentos permanentes, e medicamentos caros que contribuem para tornar o sistema de saúde português num dos menos efectivos que se conheça, mas num dos mais caros, autêntico sorvedouro de fundos.

Pelo que se constata, o actual governo seque o caminho traçado pelo anterior, agora na oposição. Com que falsidade podem os partidos que compuseram o último governo criticar aquilo que eles próprios se preparavam para fazer, chegando mesmo a dar início a alguns dos tópicos?

É inacreditável que em Portugal se considerem imensas doenças como pouco importantes e nem se tratem. Exactamente o que se passa nos países do quarto mundo. Cá, a saúde é só palavreado vazio e negociata corrupta. As alocuções dos políticos é que não são vazias, são autênticas burlas de comprovados vigaristas que se mascaram de salvadores para roubarem, assassinarem e parirem leis que protegem os seus actos corruptos, desresponsabilizando-os.

A máfia política portuguesa vai de vento em poupa devido à estupidez nacional e imaturidade política da população que cai em todos os seus logros crendo-se espertalhona. A maioria, enquanto chupa o dedinho, ainda se encontra num estado de crer que se votar noutros será melhor. Muitos até perguntam ingenuamente: “Então, que havemos de fazer? Como corremos com a corja num país de ovelhas?” Outros em vão votar, esperando tresloucadamente que tudo mude sem que eles intervenham, como que por milagre. Outros ainda dizem: “Chego a pensar que apenas com bombas e guerras civis se chegará a algum lado.” Tanto não será preciso, mas se odutro modo não se domarem os animais… Se isto não é atraso mental e uma verdadeira imaturidade política, então o que é? Pudera, se tudo é encoberto pela outra canalha, a banda da jornaleirada, nada se conhece nem se compreende.

Nunca se publicou em, Portugal, nem tampouco se fez a mínima menção a como a corrupção tem sido banida pelas populações dos países que a têm tido. Desde que se permitisse, como em Portugal, a corrupção existiria por todo o lado. Cabe aos eleitores e a toda a população em geral, domar as bestas políticas quando estas existem e obrigá-las a prestar contas de todos os seus actos. Países há que nem um imposto um governo pode implantar sem aprovação do povo soberano, que é mesmo soberano, ou então não é democracia, mas oligarquia. Os vigaristas corruptos dizem que isso paralisaria o país, mas não paralisa os outros porque os políticos obedecem e cá a máfia não quer dar o braço a torcer e abdicar das prerrogativas e privilégios declaradamente abusivos a que não tem qualquer direito.

É evidente que este estado de ignorância burra e a aceitação por parte da carneirada tem que ter uma origem. Ou serão os portugueses sub-humanos? A ignorância em que o povo se encontra é devida a um autêntico processo de desinformação orquestrado, ao qual a jornaleirada imunda e os interesses das grandes empresas noticiosas não podem ser alheios.

Acabemos com este estado de imundice, com a máfia política!

* Para quem desconhecer, visto em Portugal se encobrir, o vocábulo populista aplica-se a um partido da direita que usa métodos de logro para atrair votos da parte da população contra a sua política, do campo oposta, mas suficientemente incauta para cair na armadilha. O nome «Partido Popular» ou equivalente é usado mundialmente por partidos que usam esta táctica indigna.

Por Mentiroso.
Extraído do Blog do Leão Pelado

1 comentário:

A. João Soares disse...

Caro Amigo «Mentiroso»,
Sem dúvida que, com a obsessão de evitar os gastos com o bem estar da população, os idosos serão os primeiros alvos a abater. Segundo os governantes, os idosos já não produzem e absorvem em pensões e saúde boa quantidade e euros, por isso...
Se, por exemplo este ministro da saúde se mantiver e depois for substituído por outro igual, dentro em pouco, o apoio de saúde a idosos será: na primeira consulta após a reforma, terá por receita aspirina, seja qual for a doença. Como não melhorará, quando voltar de novo ser+á aconselhado a tomar um medicamento ao deitar que «de certeza o vai curar e amanhã já não sente nada».
Como este método será inevitável com este tipo de gente no governo, apenas sugiro que, por questões de equilíbrio financeiro, comecem pelos detentores de reformas milionárias com prioridade para aqueles que têm reformas múltiplas.
Mas nessa não caem porque todos eles se situam em tal grupo!!!
Parece humor, mas receio que venha a tornar-se realidade, lentamente, mas sem parar.
Um abraço