Ninguém escreve ao capitão
(Publicado no semanário O JORNAL em 29 de Agosto de 2017)
Em geral, quando as pessoas pretendem que lhes façam um favor, mesmo simplesmente na forma de opinião ou de conselho, não deixam de contactar quem os pode ajudar. Mas poucos se decidem a oferecer uma palavra de afecto, de carinho, de esperança e de incentivo para que esse alguém suporte com melhor ânimo as dificuldades da idade.
A frase do título é o resquício da memória de um livro brasileiro, já de há muitos anos, que deixou a ideia de que as pessoas menos gratas e solidárias se encarregam de «passar à reforma» aqueles que deixam de lhes ser úteis. O tema também foi desenvolvido pelo escritor Virgílio Ferreira em «Manhã Submersa» quando o personagem principal, estando num lar de idosos, se lamentava de a filha não o visitar. Num lar com cerca de 100 idosos, apenas menos de uma dezena recebem visitas semanais de familiares e/ou amigos.
Não gosto de referir casos concretos, mas eles ajudam a compreender o que se passa na sociedade, por estimularem a reflexão e a curiosidade sobre o que se passa à volta. Continuo a receber, e-mails mas a quase totalidade é constituída por reenvios (FM) de remetentes que se prestam a servir de carteiros, arremessando para as caixas de entrada dos «amigos» das suas listas de endereços tudo aquilo que recebem. Estou convencido de que muitos reencaminham coisas que não viram nem leram. É impossível que um remetente de álbuns de imagens de várias partes do planeta arranje tempo para ver todas as imagens que reencaminha. Essas imagens pouco interessam a um idoso sem condições de viajar pelo mundo e que está mais interessado em analisar os comportamentos sociais da humanidade e as atitudes de governantes que agem em função de pressões de grandes empresários que actuam por interesse próprio, sem escrúpulos nem respeito pelos outros que serão atingidos pelos efeitos de jogos financeiros.
Há um outro, já na terceira idade, que envia quantidade de vídeos pornográficos que apenas podiam fazer sofrer um idoso qua já passou a fase de sentir tais prazeres e teria o desgosto de nunca ter tido oportunidade para tanta luxúria.
Mas nem tudo é mau. Há quem comungue as intenções de procurar melhorar a humanidade, pela recuperação de valores éticos e cívicos, enviando mensagens muito estimulantes. Uma amiga de Minas Gerais, bisavó, constitui um modelo de solidariedade e de amor ao próximo, com mensagens maravilhosas. Outra, do Cacém, envia mensagens a perguntar pelo estado de saúde do destinatário e a informar da evolução da sua, por vezes com pormenores da fraca qualidade do apoio que recebe que confirmam a ideia com que se fica através de notícias frequentes. Casos como este prestam-se a sermos úteis com conselhos e sugestões que alimentem a esperança e a aceitação serena do inevitável. É positivo podermos colaborar na esperança e na eliminação do stress.
A felicidade das pessoas depende mais do bom relacionamento e das amizades do que do saldo da conta bancária ou do património material e será bom que as pessoas se sintam compreendidas e apoiadas. Um verdadeiro amigo é como o sol: mesmo que as nuvens não permitam vê-lo, sabemos que ele está lá.
Qualquer idoso tem muita necessidade de afecto, coisa que hoje não é muito fácil obter em qualquer situação real. A humanidade precisa de recuperar valores cívicos para que as pessoas sintam amizade e felicidade, em vez de desprezo. Uma pessoa precisa de sentir que tem utilidade para si e para os outros, para evitar a tentação da autodestruição psíquica ou mesmo física.
António João Soares
22 de Agosto de 2017
29/08/2017
23/08/2017
MULTIPLICAR A FELICIDADE, DIVIDINDO-A
Transcrição de notícia
"O cuidar do outro devia ser mais reconhecido na sociedade"
23 DE AGOSTO DE 201700:39. Joana Capucho
Ângelo Valente é animador sociocultural no Centro comunitário da Gafanha do Carmo MARIA JOÃO GALA / GLOBAL IMAGENS
O animador sociocultural Ângelo Valente diz que os portugueses estão a começar a gostar mais de si próprios, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."
Na lousa que segura nas mãos exibe o seu lema de vida: multiplicar a felicidade, dividindo-a. É assim desde sempre. Ângelo Valente, de 34 anos, nasceu com lábio leporino e fenda do palato, uma má formação que o obrigou a ser submetido a mais de 20 intervenções cirúrgicas até aos 19 anos. Por ser diferente, sofreu bullying e ainda hoje passa por episódios difíceis, mas aprendeu a aceitar-se exatamente como é. É um distribuidor de alegria. Era assim na escola, nos hospitais por onde passou e é assim agora junto dos idosos com os quais trabalha. "De certa forma, a minha postura sempre foi diferente, quer pela espontaneidade, quer pela alegria, quer pela preocupação em tornar o ambiente melhor."
Há cerca de sete anos que trabalha no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo. Tem o curso técnico-profissional de animação sociocultural e, ao lado de Sofia Nunes, gerontóloga, fez que o centro se tornasse provavelmente na instituição de apoio aos idosos mais mediática do país. Fazem vídeos com milhares de visualizações, distribuem abraços, realizam sonhos. Tornaram-se um modelo que é seguido em Portugal e lá fora. O segredo? "O amor. Esta é muito mais do que uma ideia romântica. Aqui, aceitamos as pessoas como elas são e gostamos muito delas. Quando isso acontece, elas transformam-se."
Para o país melhorar, defende que tem de valorizar aquilo que as pessoas são capazes de fazer. "Infelizmente, o trabalho em Portugal é pouco prestigiante", lamenta. Refere-se, por exemplo, à profissão do cuidador. "Trabalhamos num sítio onde as pessoas ganham o ordenado mínimo para tomar conta do outro, que devia ser algo mais reconhecido na sociedade, porque é das coisas mais prestigiantes da função humana." Vivemos numa sociedade onde "auxiliares de saúde, de geriatria e enfermeiros vivem em condições salariais mínimas", mas não se refere apenas às remunerações. "Antes de sermos mediáticos, dizíamos que trabalhávamos num lar de idosos e a reação era: "Oh, coitadinhos." Agora "toda a gente quer trabalhar aqui".
Não lhe faltam ideias para o país, mas há uma que considera essencial: "Os portugueses têm de gostar mais de si próprios." Se isso acontecer, acredita que tudo vai correr melhor. "Até já estamos a começar a fazê-lo", muito graças às vitórias no Europeu de futebol e na Eurovisão e ao turismo. "Foi preciso os turistas virem para cá e dizerem que a nossa terra é incrível para nós despertarmos para o facto de que ela é incrível." Acredita que estamos melhor desde que a troika saiu, precisamente porque as pessoas gostam mais de si mesmas, mas há um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."
Com todas as qualidades e o potencial que o país tem, Ângelo acredita que pode muito bem transformar-se na Florida da Europa. "Temos um dos melhores climas para envelhecer: o inverno não é rigoroso e o verão também não." Por isso, sugere, é preciso trabalhar "os 800 quilómetros de costa portuguesa" para chamar os reformados estrangeiros.
É apaixonado pelo país, pelo trabalho, pelo surf, pela sua terra. "Praia da Vagueira, a melhor praia do mundo." Os olhos brilham e o sorriso rasga-se quando fala da sobrinha. É um homem de emoções. "São a nossa principal ferramenta." Todos os dias, das 09.00 às 10.00, Ângelo e Sofia ligam o computador na sala de estar e cantam com "a família" que formaram com os utentes. O resultado - os sorrisos - está à vista de todos. Mas não basta querer. Nos workshops e conferências que dão pelo país perguntam-lhes como se faz. "Não há uma regra. Não podemos dizer que devem chegar à sala e dizer "olá" com um ar feliz. Se não sentires, não vale a pena fazeres isto noutro sítio."
Quem entra no Centro percebe, desde logo, que aquele é um sítio bom para envelhecer. Mas será assim no resto do país? "Moro num sítio onde em cinco minutos estou num hospital, mas já trabalhei num sítio onde demorava duas horas a chegar e onde esse hospital foi fechado. Vi velhinhos que morreram por causa disso", conta. Por isso, "gostava que as oportunidades fossem iguais para todos".
Recentemente, Ângelo visitou um lar em Oiã que acolheu uma família de refugiados. "A integração daquelas pessoas foi super inspiradora". Erradamente, lamenta, a sociedade associa "energias muito negativas aos refugiados", sem se lembrar de que "fugiram de coisas muito mais terríveis do que aquelas que levaram uma parte da população de Portugal a fugir".
Há cerca de um mês, Ângelo tornou-se, a título voluntário, responsável pela comunicação do Beira-Mar. É um "comunicador nato", mas diz que não corresponde aos "padrões de comunicação". Quando o mediatismo começou, chegou a ser afastado de entrevistas televisivas "por não falar bem" e, mais recentemente, foi legendado num programa. "É como teres uma bola à tua volta: tu és diferente." Portugal não será "dos piores países do mundo a lidar com a diferença", mas "os padrões ainda estão muito marcados".
"O cuidar do outro devia ser mais reconhecido na sociedade"
23 DE AGOSTO DE 201700:39. Joana Capucho
Ângelo Valente é animador sociocultural no Centro comunitário da Gafanha do Carmo MARIA JOÃO GALA / GLOBAL IMAGENS
O animador sociocultural Ângelo Valente diz que os portugueses estão a começar a gostar mais de si próprios, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."
Na lousa que segura nas mãos exibe o seu lema de vida: multiplicar a felicidade, dividindo-a. É assim desde sempre. Ângelo Valente, de 34 anos, nasceu com lábio leporino e fenda do palato, uma má formação que o obrigou a ser submetido a mais de 20 intervenções cirúrgicas até aos 19 anos. Por ser diferente, sofreu bullying e ainda hoje passa por episódios difíceis, mas aprendeu a aceitar-se exatamente como é. É um distribuidor de alegria. Era assim na escola, nos hospitais por onde passou e é assim agora junto dos idosos com os quais trabalha. "De certa forma, a minha postura sempre foi diferente, quer pela espontaneidade, quer pela alegria, quer pela preocupação em tornar o ambiente melhor."
Há cerca de sete anos que trabalha no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo. Tem o curso técnico-profissional de animação sociocultural e, ao lado de Sofia Nunes, gerontóloga, fez que o centro se tornasse provavelmente na instituição de apoio aos idosos mais mediática do país. Fazem vídeos com milhares de visualizações, distribuem abraços, realizam sonhos. Tornaram-se um modelo que é seguido em Portugal e lá fora. O segredo? "O amor. Esta é muito mais do que uma ideia romântica. Aqui, aceitamos as pessoas como elas são e gostamos muito delas. Quando isso acontece, elas transformam-se."
Para o país melhorar, defende que tem de valorizar aquilo que as pessoas são capazes de fazer. "Infelizmente, o trabalho em Portugal é pouco prestigiante", lamenta. Refere-se, por exemplo, à profissão do cuidador. "Trabalhamos num sítio onde as pessoas ganham o ordenado mínimo para tomar conta do outro, que devia ser algo mais reconhecido na sociedade, porque é das coisas mais prestigiantes da função humana." Vivemos numa sociedade onde "auxiliares de saúde, de geriatria e enfermeiros vivem em condições salariais mínimas", mas não se refere apenas às remunerações. "Antes de sermos mediáticos, dizíamos que trabalhávamos num lar de idosos e a reação era: "Oh, coitadinhos." Agora "toda a gente quer trabalhar aqui".
Não lhe faltam ideias para o país, mas há uma que considera essencial: "Os portugueses têm de gostar mais de si próprios." Se isso acontecer, acredita que tudo vai correr melhor. "Até já estamos a começar a fazê-lo", muito graças às vitórias no Europeu de futebol e na Eurovisão e ao turismo. "Foi preciso os turistas virem para cá e dizerem que a nossa terra é incrível para nós despertarmos para o facto de que ela é incrível." Acredita que estamos melhor desde que a troika saiu, precisamente porque as pessoas gostam mais de si mesmas, mas há um longo caminho a percorrer. "Gostava muito de ver as melhores pessoas do país nos cargos de decisão. A política é uma carreira tão agressiva que afasta os bons."
Com todas as qualidades e o potencial que o país tem, Ângelo acredita que pode muito bem transformar-se na Florida da Europa. "Temos um dos melhores climas para envelhecer: o inverno não é rigoroso e o verão também não." Por isso, sugere, é preciso trabalhar "os 800 quilómetros de costa portuguesa" para chamar os reformados estrangeiros.
É apaixonado pelo país, pelo trabalho, pelo surf, pela sua terra. "Praia da Vagueira, a melhor praia do mundo." Os olhos brilham e o sorriso rasga-se quando fala da sobrinha. É um homem de emoções. "São a nossa principal ferramenta." Todos os dias, das 09.00 às 10.00, Ângelo e Sofia ligam o computador na sala de estar e cantam com "a família" que formaram com os utentes. O resultado - os sorrisos - está à vista de todos. Mas não basta querer. Nos workshops e conferências que dão pelo país perguntam-lhes como se faz. "Não há uma regra. Não podemos dizer que devem chegar à sala e dizer "olá" com um ar feliz. Se não sentires, não vale a pena fazeres isto noutro sítio."
Quem entra no Centro percebe, desde logo, que aquele é um sítio bom para envelhecer. Mas será assim no resto do país? "Moro num sítio onde em cinco minutos estou num hospital, mas já trabalhei num sítio onde demorava duas horas a chegar e onde esse hospital foi fechado. Vi velhinhos que morreram por causa disso", conta. Por isso, "gostava que as oportunidades fossem iguais para todos".
Recentemente, Ângelo visitou um lar em Oiã que acolheu uma família de refugiados. "A integração daquelas pessoas foi super inspiradora". Erradamente, lamenta, a sociedade associa "energias muito negativas aos refugiados", sem se lembrar de que "fugiram de coisas muito mais terríveis do que aquelas que levaram uma parte da população de Portugal a fugir".
Há cerca de um mês, Ângelo tornou-se, a título voluntário, responsável pela comunicação do Beira-Mar. É um "comunicador nato", mas diz que não corresponde aos "padrões de comunicação". Quando o mediatismo começou, chegou a ser afastado de entrevistas televisivas "por não falar bem" e, mais recentemente, foi legendado num programa. "É como teres uma bola à tua volta: tu és diferente." Portugal não será "dos piores países do mundo a lidar com a diferença", mas "os padrões ainda estão muito marcados".
10º ANIVERSÁRIO
A colaboradora brasileira Gisele Cláudya, sempre atenta, recorda que hoje este Blog completa 10 anos de existência.
Estamos todos de parabéns, os colaboradores, os comentadores e todos os visitantes. E, principalmente, a colaboradora/administradora Fernanda Maria, pelo cuidado de, ao mudar a estação do ano, nunca deixa de mudar o aspecto decorativo apresentando imagens adequadas à estação que se inicia.
Desejo uma boa continuação do serviço prestado por esta página, para facilitar o envelhecimento dos menos jovens para que apresentem sempre o aspecto de juventude. Os anos contam sempre mas devemos saber envelhecer, isto é, continuar a aprender, estando abertos ao mundo, com curiosidade e entendimento.
PARABÉNS A TODOS OS AMIGOS.
14/08/2017
13/08/2017
09/08/2017
ENVELHECER COM SAÚDE
Reflexões do oncólogo Dr. Drauzio Varella.
DEFINIÇÕES
a. Terceira Idade: Oficialmente começa aos 60 anos e se supõe que termina aos 80, mas não há consenso.
b. Quarta Idade ou Velhice: Se inicia aos 80 anos e termina aos 90.
c. Longevidade: Se inicia aos 90 e termina quando se morre.
VELHICE SAUDÁVEL
Ninguém está são depois dos 50. Sãos estão os jovens: os velhos têm sempre uma ou várias doenças que são próprias da idade. Do que se trata então é de envelhecer com as doenças controladas e sem complicações
GENÉTICA
Se queres saber quanto viverás e como chegarás a essa idade, recorda os teus pais. A carga genética é fundamental para estabelecer um prognóstico de vida. Quem teve cancer ou enfarte antes dos sessenta, o transmitirá a seus filhos pelos genes e, por isso, estes terão maior probabilidade de desenvolver as mesmas enfermidades. Logicamente o desenvolvimento de uma doença crônica requer a presença de vários fatores, sendo o genético apenas um deles.
NÃO HÁ PECADO GRATUITO
"Somos o que comemos" dizem os naturalistas, e não falta razão para isso. Se além de ter uma carga genética desfavorável póes 3 ou 4 colherinhas de açúcar em cada café que tomas, saboreias todas as peles do frango assado e deleita-se com o torresmo de porco, estás convertendo tuas artérias em tubulações entupidas. Não haverá boa circulação, não haverá boa oxigenação o que equivalerá à morte celular ou, dito de outro modo, envelhecimento acelerado e prematuro.
Em consequência, se queres ter uma velhice saudáve a partir dos 50 anos, cuide da tua alimentação e deixe de comer coisas químicas e de abusar das gorduras… Um bom café da manhã, um bom almoço e um péssimo jantar são a chave para equilibrar teu meio interno.
VIVA O TRAGO
Junto com a dieta está a bebida. Abandona todas as bebidas gasosas. Estas podem ser tomadas pelos jovens, nós não. Todos esses líquidos têm carbonato de sódio, açúcar e cafeina. Na nossa idade estas substâncias prejudicam o pâncreas e o fígado até desgasta-los. É melhor tomar água, limonada, sucos… Até a cerveja é preferível, já que se faz com água fervida, tem componentes naturais e não contém sódio.
Por outro lado há bastante evidência clínica que demonstra que o consumo moderado de álcool depois dos 50 anos melhora a qualidade de vida, pois tem três efeitos definidos: vasodilatador coronário, diminui o colesterol e é um sedante moderado. Em consequência, e de forma prática, à hora do almoço ou à noite quando chegas a tua casa e não tenha mais que dirigir, tome um gole; também recomendados são o whisky, o vinho tinto e a aguardente pura.
Em lugar de tomar nitroglicerina para dilatar as artérias, ou esdtatinas para baixar o colesterol, ou um valium para acalmar-se, consegues tudo isso com um bom trago. E se o fazes com as pessoas que você gosta, o efeito se duplica. Porém, uma advertência: consumo moderado equivale a um ou dois copos, porque se exageras todos os dias, o efeito é exatamente o contrário e te matarás mais rápido que tu pensas.
TÃO-POUCO SEJAS RADICAL!
Isto quer dizer que todas estas regras são boas, porém sem exagerar e, sobretudo, sem dogmatizar. Se fazes um churrasco para tua família ou amigos não venha com “não como chouriço porque é muito gorduroso” ou “meu médico me disse para tomar só dois copos” Nada substitui a alegria e o prazer de compartilhar momentos agradáveis com os que te querem bem; não há gordura nem bebida que não se possa metabolizar-se numa boa tarde de relaxamento. Os mecanismos de compensação de nosso corpo são ainda pouco conhecidos, porém assim funciona: se desfrutas verdadeiramente o “pecado mortal” dietético se transforma em “pecado venial”;
NADA FICARÁ IMPUNE
Isso é absolutamente certo porque tudo o que comas e bebas deixará vestígios e, qual retrato de Dorian Grey, teu corpo te mostrará na velhice. As noitadas de diversão, os excessos de todo tipo farão a vida do velho muito sofrida. E não somente a ti, mas também à sua família.
PERDAS
A principal desgreaça para um ancião é a solidão. O habitual é que os casais não cheguem juntos à velhice; sempre alguém vai primeiro, com o que se desequilibra todo o statu quo que sustentava o casal. O viuvo ou a viuva começa a ser uma carga para a família.
Minha recomendação pessoal é que tratem de não perder – enquanto forem lúcidos – o controle de sua vida. Isso significa, por exemplo: eu decido quando e com quem saio, como me visto, a quem telefono ou encontro, a que horas vou dormir, como me distraio, o que leio, o que compro, onde vou morar, etc. Porque, quando já não possas fazer tudo isso, te terás transformado em um peso para a vida dos demais.
SUFICIENTE
Já não tenho mais tempo, pois o trabalho me chama e excrevi isto em uma pequena pausa de 30 minutos. Espero que seja útil. F I M
DEFINIÇÕES
a. Terceira Idade: Oficialmente começa aos 60 anos e se supõe que termina aos 80, mas não há consenso.
b. Quarta Idade ou Velhice: Se inicia aos 80 anos e termina aos 90.
c. Longevidade: Se inicia aos 90 e termina quando se morre.
VELHICE SAUDÁVEL
Ninguém está são depois dos 50. Sãos estão os jovens: os velhos têm sempre uma ou várias doenças que são próprias da idade. Do que se trata então é de envelhecer com as doenças controladas e sem complicações
GENÉTICA
Se queres saber quanto viverás e como chegarás a essa idade, recorda os teus pais. A carga genética é fundamental para estabelecer um prognóstico de vida. Quem teve cancer ou enfarte antes dos sessenta, o transmitirá a seus filhos pelos genes e, por isso, estes terão maior probabilidade de desenvolver as mesmas enfermidades. Logicamente o desenvolvimento de uma doença crônica requer a presença de vários fatores, sendo o genético apenas um deles.
NÃO HÁ PECADO GRATUITO
"Somos o que comemos" dizem os naturalistas, e não falta razão para isso. Se além de ter uma carga genética desfavorável póes 3 ou 4 colherinhas de açúcar em cada café que tomas, saboreias todas as peles do frango assado e deleita-se com o torresmo de porco, estás convertendo tuas artérias em tubulações entupidas. Não haverá boa circulação, não haverá boa oxigenação o que equivalerá à morte celular ou, dito de outro modo, envelhecimento acelerado e prematuro.
Em consequência, se queres ter uma velhice saudáve a partir dos 50 anos, cuide da tua alimentação e deixe de comer coisas químicas e de abusar das gorduras… Um bom café da manhã, um bom almoço e um péssimo jantar são a chave para equilibrar teu meio interno.
VIVA O TRAGO
Junto com a dieta está a bebida. Abandona todas as bebidas gasosas. Estas podem ser tomadas pelos jovens, nós não. Todos esses líquidos têm carbonato de sódio, açúcar e cafeina. Na nossa idade estas substâncias prejudicam o pâncreas e o fígado até desgasta-los. É melhor tomar água, limonada, sucos… Até a cerveja é preferível, já que se faz com água fervida, tem componentes naturais e não contém sódio.
Por outro lado há bastante evidência clínica que demonstra que o consumo moderado de álcool depois dos 50 anos melhora a qualidade de vida, pois tem três efeitos definidos: vasodilatador coronário, diminui o colesterol e é um sedante moderado. Em consequência, e de forma prática, à hora do almoço ou à noite quando chegas a tua casa e não tenha mais que dirigir, tome um gole; também recomendados são o whisky, o vinho tinto e a aguardente pura.
Em lugar de tomar nitroglicerina para dilatar as artérias, ou esdtatinas para baixar o colesterol, ou um valium para acalmar-se, consegues tudo isso com um bom trago. E se o fazes com as pessoas que você gosta, o efeito se duplica. Porém, uma advertência: consumo moderado equivale a um ou dois copos, porque se exageras todos os dias, o efeito é exatamente o contrário e te matarás mais rápido que tu pensas.
TÃO-POUCO SEJAS RADICAL!
Isto quer dizer que todas estas regras são boas, porém sem exagerar e, sobretudo, sem dogmatizar. Se fazes um churrasco para tua família ou amigos não venha com “não como chouriço porque é muito gorduroso” ou “meu médico me disse para tomar só dois copos” Nada substitui a alegria e o prazer de compartilhar momentos agradáveis com os que te querem bem; não há gordura nem bebida que não se possa metabolizar-se numa boa tarde de relaxamento. Os mecanismos de compensação de nosso corpo são ainda pouco conhecidos, porém assim funciona: se desfrutas verdadeiramente o “pecado mortal” dietético se transforma em “pecado venial”;
NADA FICARÁ IMPUNE
Isso é absolutamente certo porque tudo o que comas e bebas deixará vestígios e, qual retrato de Dorian Grey, teu corpo te mostrará na velhice. As noitadas de diversão, os excessos de todo tipo farão a vida do velho muito sofrida. E não somente a ti, mas também à sua família.
PERDAS
A principal desgreaça para um ancião é a solidão. O habitual é que os casais não cheguem juntos à velhice; sempre alguém vai primeiro, com o que se desequilibra todo o statu quo que sustentava o casal. O viuvo ou a viuva começa a ser uma carga para a família.
Minha recomendação pessoal é que tratem de não perder – enquanto forem lúcidos – o controle de sua vida. Isso significa, por exemplo: eu decido quando e com quem saio, como me visto, a quem telefono ou encontro, a que horas vou dormir, como me distraio, o que leio, o que compro, onde vou morar, etc. Porque, quando já não possas fazer tudo isso, te terás transformado em um peso para a vida dos demais.
SUFICIENTE
Já não tenho mais tempo, pois o trabalho me chama e excrevi isto em uma pequena pausa de 30 minutos. Espero que seja útil. F I M
05/08/2017
EVITE ADORMECER AO VOLANTE
Não adormeça ao volante. Conheça os sintomas e formas de os prevenir
Transcrição de texto de: POR INÊS ANDRÉ DE FIGUEIREDO
Muitos acidentes rodoviários ocorrem pela sonolência dos condutores e a campanha 'Não conduza de Olhos Fechados' quer travar essa tendência.
A sonolência ao volante continua a estar na origem de 20% dos acidentes de viação, o que levou a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, através da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono, a Linde, a GNR e a Prevenção Rodoviária a lançar uma campanha que alerta para a causa.
“Em época de verão, de viagens mais longas rumo às férias e de regresso de tantos emigrantes ao nosso país, consideramos fundamental recordar a importância de um sono reparador antes de viajar”, explica Susana Sousa, representante da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em comunicado.
Deste modo, a campanha ‘Não conduza de Olhos Fechados’ pretende “alertar para os sinais de sonolência ao volante e reforçar o ensino de medidas de boa higiene do sono para uma viagem sem percalços”.
“Tão importante como alertar para o perigo da condução sob efeito do álcool, de não cumprir as velocidades recomendadas ou de usar o telemóvel durante a condução, é [relevante] chamar a atenção para o perigo da sonolência ao volante”, esclarece a Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono.
Para travar os acidentes de viação que têm como principal causa a sonolência é importante conhecer alguns dos principais sinais da presença de sono quando se está ao volante. Bocejos frequentes, dificuldade de concentração, dificuldade em focar e manter os olhos abertos, estar com a sensação de sonhar acordado, reagir com mais lentidão e ter os pensamentos desconexos e dificuldade em memorizar acontecimentos imediatamente anteriores são alguns dos principais factores de alerta.
Assim, e com o intuito de proteger a vida, quando se conduz é aconselhado que se durma 7-9 horas, que não se pegue num carro quando há sinais de sonolência e que se planeie a viagem com antecedência, considerando a partilha do volante em trajetos longos. Caso sinta algum dos sintomas acima referidos, deverá “parar o carro e dormir uma sesta de 15-20 minutos” para recuperar energias. Recorde-se que um estudo recente feito na Europa e que contou com quase 13 mil cidadãos, 1.093 dos quais portugueses, “concluiu que 23% dos participantes já tinham adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos dois anos e 8% referiram ter tido um risco de acidente de viação como consequência de terem adormecido”.
NOTA:
Tenha uma CONDUÇÃO SEGURA nas viagens das férias. Não coloque em risco a sua vida e a dos familiares e amigos. Vale mais prevenir do que remediar.
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