Por Zélia Chamusca
Natal
significa nascimento. Tem origem na palavra
latina “natalis” do verbo ”'nascor” (nasceris, nasci, natus sum) que
significa nascer.
É a
festa do nascimento de Cristo que, é celebrada pelos católicos, por cristãos não católicos e por alguns
não cristãos, em todo o mundo.
Os
não cristãos, por exemplo os islamitas, não seguem Jesus, não o consideram
Messias; seguem os ensinamentos de Maomé
profeta posterior a Jesus (que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), pois,
este teria vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus e dos demais profetas.
Mantêm, contudo, tal
como os de outras religiões não cristãs, uma relação de respeito, apesar de a
data não ser considerada sagrada para o seu credo.
Esta
celebração foi instituída pela Igreja Católica (única Igreja Cristã, na altura)
no sec.III para estimular a conversão dos povos pagãos.
Não
sendo referida, na Bíblia, a data do nascimento de Jesus Cristo foi considerado
o dia 25 de dezembro para a celebração.
Existem
várias explicações sobre a escolha da data da celebração mas uma provável seria
a festividade romana pagã anterior ao cristianismo e que ocorria exatamente no
dia 25 de dezembro. Esse festejo era chamado Natalis Solis Invictus, e marcava a volta dos dias mais longos
depois do solstício de inverno. Além disso, ele ocorria logo após a Saturnália,
outra festividade muito popular na Roma antiga dedicada ao deus Saturno,
durante a qual a população participava em festas e banquetes e fazia trocas de
presentes.
Porém,
a celebração da natividade não se
realiza exactamente neste dia, nos países que a celebram.
Por
exemplo:
Em Portugal,
Espanha, USA e Rússia – é celebrada a
24/25 de dezembro;
Na Holanda
de 6 a 12 de dezembro;
No México
de 16 a 24 de dezembro.
Os eslavos
e ortodoxos, cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é celebrado
no dia 7 de janeiro e os cristãos arménios
celebram-no a 6 de janeiro.
Depois
desta breve descrição histórica façamos
uma breve reflexão sobre o simbolismo do Natal.
O
Natal é sempre celebrado em todo o mundo com magia, muita cor e muita luz, com
ornamentação luminosa e festiva, nas habitações, nos estabelecimentos, nas
ruas, nas cidades, nas vilas, nas aldeias e,
fundamentalmente, com muita luz no nosso coração manifesta na alegria, no simbolismo da entrega, no dar e receber entre
todos.
A
alegria no Natal, que acabámos de celebrar, foi luz que se desprendeu da alma, se reflectiu no
olhar e iluminou o mundo, tendo culminado na passagem de ano com o espetacular
do fogo de artifício.
E, quando
olhámos bem para o céu até pudemos ver as estrelas a regozijar de alegria!
Se
mantivermos esta alegria fazendo com que um raio de luz permaneça sempre aceso dentro de nós e ilumine a nossa vida, esta luz
refletir-se-á em todos os que estiverem
à nossa volta.
Nunca percamos a alegria; se a perdermos procuremo-la
dentro de nós.
Vivamos
a vida com alegria porque é demasiado bela para não ser iluminada.
Comecemos
por nos olharmos a nós próprios e vermo-nos
iluminados pela luz da alma no respeito,
no amor e na dignidade.
Os
nossos valores encontramo-los dentro de nós. Se não formos nós próprios a
encontrá-los dentro de nós, como poderá
alguém vê-los?
Depende
de ti, de mim, de todos nós, com a luz da nossa alma aniquilarmos a escuridão
no mundo para que não mais haja quem viva mergulhado na escravidão, fome,
sofrimento, homicídio e guerra.
Se
todos nós começarmos por nos vermos iluminados pelos valores morais que
encontramos dentro de nós, transmitiremos
essa luz ao mundo fazendo jazer todo o mal e ressurgir um mundo novo, de luz
verdadeira, onde vivamos unidos pela alegria de vivermos em paz, amor e fraternidade.
Que
melhor forma de celebrarmos o nascimento de Jesus Cristo, Aquele que é a Luz
do Mundo?
“Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12)
Façamos
com que permaneça sempre acesa, em
nossas almas, a luz verdadeira que
iluminou o Natal!
«»
Zélia Chamusca