24/09/2013

Que Povo é este?


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Que Povo é este

que se deixa espoliar,

espezinhar

e humilhar

por quem elegeu para o servir?

 

Que Povo é este?

 
Que Povo é este
que permite que destruam
as estruturas fundamentais
da Nação e da democracia,
cuja instauração
tanto sofrimento
causou a tantos
que por ela lutaram?

 
Que Povo é este?
 

Que Povo é este,
valente e corajoso
que deu ao mundo novos mundos,
que expandiu a fé e o império,
desbravando mares desconhecidos
nunca antes navegados?

 
Que Povo é este?
 

Que Povo é este
que difundiu no mundo
a civilização,
transmitindo aos povos a  língua,
a cultura e a religião?
 
Que Povo é este?
 

Que Povo é este
que se deixa adormecer
nas brumas negras
do neoliberalismo,
sem escrúpulos e sem dignidade nacional,
que causa o desemprego,
que reduz os salários,
que aumenta os pobres e a pobreza,
que extermina a classe média,
explora os trabalhadores,
e rouba aqueles que trabalharam longa vida
e que tanto contribuíram
para a construção
de um Portugal, livre,
e democrático,
que, agora, repito, este neoliberalismo
sem escrúpulos e sem dignidade nacional,
 está a aniquilar?   
 

Que Povo é este? 
 

Que Povo é este
que permite a dependência económica,
a submissão e subserviência
ao capital internacional? 
 

Que Povo é este?
 

Que Povo é este
que se deixa adormecer
nas brumas negras da memória?

 
Povo, és soberano! 
Acorda Povo! 
Acorda para a VITORIA!
                                                                   «»

                     Zélia Chamusca
 
Poema de - Zélia Chamusca
Fonte de imagem - Google
 
 
 

1 comentário:

A. João Soares disse...

Cara Amiga Zélia Chamusca,

Que povo é este? Como chegou a este estado de degradação um povo descendente dos heróis dos descobrimentos?
Esta pergunta foi feita por um jovem diplomata a um velho embaixador em amena conversa de café.
A resposta do veterano foi: Senhor embaixador, nós tivemos heroicos descobridores mas nós somos descendentes não desses grandes portugueses valentes, mas daqueles que cá ficaram por falta de coragem para embarcar...

E, realmente, mesmo hoje, os que emigram são os mais válidos, os que têm objectivos ousados mas realistas e não os que, como os políticos, pretendem o enriquecimento grande e rápido por qualquer forma e exploram o povo e abusam do dinheiro dos impostos que este é por eles obrigado a pagar.

Que povo é este que permite este saque e que colabora na farsa das eleições, votando em pessoas que não conhece e que se têm mostrado ser do pior que Portugal tem.

Beijo
João