Tanta abóbora vazia
que eu vejo em cada dia,
rolando pela estrada
numa ânsia desalmada
na busca do ter
descurando o ser…
São abóboras vazias
cada uma a mais vazia
que em demoníaca alegria,
procuram, apenas, ter,
seja como for,
não param o furor
para seu ventre encher.
Nem sequer, pensam em ser…
Umas se enchem de vento
roubando o sustento
à natureza que fazem sofrer,
porque, sem vento,
não há polinização
e, consequentemente
a natureza sem grão,
porque estas abóboras vazias,
ocas e frias,
não param para pensar
que um dia irão rebentar
de ar como um balão,
porque, sem miolo,
como insensato e tolo,
sem coração,
abóboras vazias são!...
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Poema de - Zélia Chamusca
Fonte de imagem - Google
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Da obra a Mensagem - Podemos mudar o mundo
Chiado Editora
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