22/03/2012
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos
Sim, a culpa da crise é do funcionário público Vítor Constâncio que não viu, ou não quis ver o buraco do BPSN;
Sim, a culpa da crise é do funcionário público Teixeira dos Santos que não viu, ou não quis ver o buraco da Madeira;
Sim, a culpa da crise é do funcionário público Alberto João Jardim que criou "às escondidas para os do continente não cortarem nas tranches" um buraco de seis mil milhões de euros;
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos da Assembleia da República que auferiram só em ajudas de custo no ano de 2010 a módica quantia de três milhões de euros, fora os salários e demais benefícios;
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que gerem, continuamente, em prejuízo as empresas públicas como a Metro do Porto, CP, ANACOM, REFER, REN, CARRIS, EDP, PT, Estradas de Portugal, Águas de Portugal, a lista é interminável, mas não abdicam das viaturas topo de gama, telemóveis, talões de combustível... enfim a lista é interminável;
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos das Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais que ganham por cada reunião assistida;
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que presidem fundações como a Guimarães 2012 com salários imorais, na ordem dos milhares de euros. Quantas são? Enfim, a lista é interminável;
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos Deputados da Assembleia da República, já reformados, com as suas subvenções vitalícias por meros 6 anos de "serviço". Reformados alguns com apenas 40 anos de idade!!! Quantos são desde 1974? Enfim, a lista é interminável.
Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que adjudicam pareceres jurídicos a empresas de advogados, quando podiam solicitar o mesmo serviço às Universidades, pagando dez vezes menos, ajudando dez vezes mais as finanças das mesmas;
Sim, a culpa da crise é desses funcionários públicos.
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3 comentários:
Caro Luís,
Nem quero crer que haja, por esse mundo além, um país onde esta parábola possa ser real!!!
Tu estavas inspirado quando fantasiaste toda esta fábula!!!
Caro Amigo, nem tenho coragem de continuar com ironia pois, infelizmente, estes vírus, estes parasitas são reais e estão a alastrar, porque quem os pode eliminar legalmente não o quer fazer por não estar interessado em matar a galinha dos ovos de ouro, de que beneficia. Como em qualquer gangue, protegem-se entre si. O remédio contra este cancro tem de vir de fora da máfia que eles representam e, quanto a isso, não devemos desprezar a ideia do Otelo, embora a sua concretização tenha que ser bem preparada, para não se repetirem os inconvenientes da anterior em que ele tomou parte activa.
Os partidos são o alfobre de onde partiram tais bactérias infecciosas, e a população em geral é o terreno que alimenta esses alfobres, essas bactérias, esses parasitas. E o povo ainda não acordou, não mostra sensatez para agir como nos casos do Kennedy, da Indira Gandhi, do Anwar Sadat, do Ollof Palm e... nem sequer se atreve a furar dois pneus ao carro de um desses parasitas, uma vez por outra.
Com tal nação, com tais pessoas, como poderemos domesticar e civilizar esses coveiros de Portugal?
Começa a ser demasiado angustiante pensar na sorte que espera os nossos descendentes. Ontem, por acaso, vi uns minutos de TV e ouvi o Hermano Saraiva dizer a propósito de um antepassado do Duque de Palmela que aconselhou os seus chefes a «montar, cavalgar» a revolução e conduzi-la para os seus próprios objectivos, os mais eficazes para Portugal e, com isso esvaziava os objectivos dos revoltosos e pacificava o País.
Esse papel de se sobrepor e de domesticar o País é um papel que estaria ao alcance do PR, se não fosse um tímido choramingas e queixinhas cheio de tabus: suspender a Constituição, nomear uma Assembleia Constituinte e, entretanto, governar por decreto e eliminar todos os focos de contaminação referidos neste post, criando uma justa austeridade focada nos vermes que engordam à custa do dinheiro público, dos portugueses.
Abraço
João
Caríssimo Amigo João,
Tudo quanto comentaste merece toda a nossa consideração pois revela uma análise correcta do momento que vivemos.
Temos é que ter cuidado e não cairmos mais fundo, pois oportunistas é o que há mais por aí...
Um abraço amigo e solidário.
Eu também tenho muita, mesmo muita pena deles! O comum dos mortais trabalhamos parapagar as suas férias nas Caraibas ou no raio que os parta. Eu tenho de trabalhar o ano todo para poder pagar o mês que supostamente tenho de férias. Em fim até quando isto vai durar!
Adorei o blog.
Beijinhos duma estrangeira a viver em Portugal e a trabalhar para um Portugal melhor e não para os funcionárias parasitas (embora haja algumas excepções).
Viva Portugal!!
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