23/09/2007

Um caso de amor contrariado

No DIA DA MULHER, mais uma história de amor.

Heloisa e A
belardo

Mais uma daquelas histórias que despedaçam corações.
Teremos de calcorrear muitos anos para trás no tempo para chegarmos ao local, na antiguidade, onde tal amor aconteceu.
- Era o jovem Abelardo conhecido, nesses tempos, como príncipe dos filósofos. O adro da Catedral de Notre Dame, na França romântica, era o local por ele escolhido para se dirigir aos que o escutavam e que eram muitos mais do que simples dezenas. Em breve começou a ter fama de sábio. Adorava a sua filosofia. Era no tempo em que os nobres contratavam preceptores para ensinarem os filhos, e a fama de Abelardo chegou aos ouvidos do tio de Heloisa. Má hora, triste sina, pois que este seria o ponto de partida para mais uma história de amor fadada para terminar tragicamente. Era Heloisa ainda uma criança, linda como as crianças! Quando Abelardo nela pousou seu olhar, ficou atónito pela sua juventude e beleza. Um jovem e sábio professor e uma jovem e bela aluna. Antes que corresse o boato do encantamento entre os dois, já Heloisa tinha aprendido as línguas que nesse tempo, por costume,se ensinavam. A par das línguas aprendera Heloisa também o amor.
Casaram em segredo, para desespero do tio ao tomar conhecimento do sucedido. Heloisa, porque amava muito Abelardo, procurou refúgio num convento para que seu amado pudesse continuar seus estudos. A sua relação com o tio tinha sido severamente afectada. A apreensão de Abelardo não esmoreceu mesmo assim e, na verdade, o que aconteceu a seguir provou que a sua apreensão se justificava. O tio de Heloisa manda que dois marginais se introduzam no quarto de Abelardo, pela calada da noite, para lhe infligirem uma terrível e cruel mutilação. Isto leva-o a entrar para o convento onde, mesmo com tão pesado desgosto em seu coração e em sua alma, continuou a estudar. Por seu lado, também Heloisa, ficou para sempre no convento, onde murchou como murcham as flores, e aí morreu. Separados na vida, acabam, porém, juntos na morte. Numa mesma sepultura onde finalmente puderam amar-se no segredo escuro da última morada.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Adelaide querida eu passei para
te fazer uma visita.Tá dificil enviar meu comentário faltam alguns dados.Mais realmente vc me surpriendeu com o seu poema.Gostei
pretendo voltar muitas vezes aqui.
Bjos
doraci

A. João Soares disse...

Cara Doraci,
Fica convidada a contribuir com artigos para este blog e, se desejar, a entrar para o club Sempre Jovens.
Basta enviar-me um e-mail para o endereço que encontra na minha ficha de blogger.
Poderá encontrar outros trabalhos da Milai em Pensamentos e divagações, e em Do Miradouro.
Cumprimentos
João