É um artigo de uma revista chamada, "Alterosa - Para a família do Brasil"
" Quase diariamente vê-se numa esquina, em Washington, um homem muito velho, vendendo cordões de sapatos. Os que passam por ele o ouvem dizer em tom jovial: - Rapazes e moças, comprem alguns cordões! A exemplo da maioria dos cegos que desejam ganhar sua subsistência sem pedir esmolas, ele vendia seus modestos cordões tranquilamente e sem importunar ninguém. Ficava sentado numa pedra baixa, sumido dentro de um velho sobretudo, com gorro azul, providos de orelhas e óculos de grandes vidros escuros a lhe ocultar os olhos inúteis. Numa das mãos segurava uma caixa com alguns pares de sua mercadoria e na outra o distintivo de sua enfermidade — Um bastão branco.
Eu talvez não prestasse atenção se não fosse uma outra coisa. Presa por um cordão, em seu pescoço, pendia uma pequenina placa de metal, onde se lia a inscrição: "AINDA PODIA SER PIOR."
Eu talvez não prestasse atenção se não fosse uma outra coisa. Presa por um cordão, em seu pescoço, pendia uma pequenina placa de metal, onde se lia a inscrição: "AINDA PODIA SER PIOR."
Decerto outras pessoas também haviam notado sua divisa, pois eram numerosas as que o procuravam ao passar. E depois, quando se afastavam, elas se sentiam mais animadas, mais cheias de confiança.É que as palavras do velho e a sua pequena placa lhe comunicavam uma extraordinária coragem para enfrentar as suas dificuldades quotidianas."
Pessoal, tenho esta preciosidade em mãos porque me foi dada pelo meu pai. O amarelo deste papel me diz não só que é antigo, mas que meu pai o carregou consigo durante anos e me passou este modo de ver a vida durante o tempo que viveu.
Pessoal, tenho esta preciosidade em mãos porque me foi dada pelo meu pai. O amarelo deste papel me diz não só que é antigo, mas que meu pai o carregou consigo durante anos e me passou este modo de ver a vida durante o tempo que viveu.
Ah, eu sou muito feliz!!! Já passei por poucas e boas, mas sejamos francos...
AINDA PODIA SER PIOR, não?
Por: Gisele Claudya
Por: Gisele Claudya
1 comentário:
Cara Gisele,
Este vem no mesmo sentido de «O vento que canta» que transcrevi do seu Flogão e publiquei no Do Mirante.
Optimismo, coragem para vencer a crise, para ultrapassar as dificuldades.
Costumo dizer que a água do rio nos dá grandes lições. Uma está aqui, não desanimar com o obstáculo que nos aparece pela frente, parar, reflectir, ganhar força e, depois, se não o pudermos contornamos. E´´E assim que o fio de água da nascente, vai ganhando força engrossa, contorna os montes e chega ao mar. E, sendo mole, vai furando a rocha dura.
Abraço
Do Miradouro
Enviar um comentário